A população brasileira deverá parar de crescer a partir de 2042. Novas projeções do IBGE mostram que o Brasil deverá atingir o pico de 220 milhões e 425 mil pessoas em 2041 e depois começar a encolher. A estimativa é que o número de habitantes caia progressivamente e chegue a 199 milhões e 228 mil brasileiros em 2070. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, com base no Censo 2022.
Rio Grande do Sul e Alagoas deverão ser os primeiros estados a reduzir sua população, a partir de 2027; seguido pelo Rio de Janeiro, em 2028. Mato Grosso deverá ser o último a ver diminuição no número de pessoas, após 2070.
Segundo o IBGE, a queda na taxa de fecundidade é o principal fator responsável pela diminuição da população nos próximos anos – chegando a 1,50 filho por mulher em 2070. De 2000 a 2023, o número passou de 2,32 para 1,57 filho por mulher – o o número mínimo para garantir a reposição populacional é de 2,1 filhos por mulher.
A publicitária Letícia Sardenberg, 27, não pensa em engravidar e pensa até em fazer laqueadura.
‘A minha escolha passa por vários pontos, tanto pela falta do sentimento de querer ser mãe, como também porque não me vejo desempenhando esse papel, que é uma escolha para toda a vida, afetando todas as fases da nossa vida. Por levar esse assunto muito a sério, este ano comecei a pensar na laqueadura e vou me aprofundar no assunto. Quero conversar com meu ginecologista, fazer os exames necessários e conversar com meu psicólogo, para ter ainda mais certeza da minha decisão”, afirma.
A tendência é que a idade média em que as mulheres dão à luz aumente de 27,7 anos em 2020 para 31,3 anos em 2070
A pesquisa mostra ainda que o número de nascimentos deve cair de 2 milhões e 600 mil em 2023 para 1 milhão e meio em 2070. A mortalidade infantil tende a cair de 28,1 para cerca de 12,5 mortes por mil nascidos vivos no mesmo período.
A demógrafa Isabel Marri, do IBGE, explica que a maior presença das mulheres no mercado de trabalho e o acesso aos métodos contraceptivos são fatores que contribuem para mudanças no planejamento familiar.
‘A expansão das mulheres no mercado de trabalho, a maior escolaridade das mulheres, o nível de escolaridade das mulheres… Há urbanização, com a população já concentrada nas áreas mais urbanas, e em meados da década de 1960, já há pílula anticoncepcional. Isso permite que as pessoas comecem a planejar o tamanho da família que desejam. Na década de 1960, a média de filhos por mulher era de 6. Depois começou a cair e acreditamos que vai cair um pouco mais”, afirma.
A expectativa de vida deverá passar de 76,4 anos em 2023 para 83,9 em 2070. O IBGE projeta que a proporção da população idosa mais que dobrará em relação a 2023, atingindo 37,8% em 2070 – o que corresponde, em média, a um em cada três Brasileiros com mais de 60 anos.
O doutor em Demografia José Eustáquio Diniz destaca que esta é uma tendência observada em outros países, onde a população vive mais.
«Em primeiro lugar, a taxa de mortalidade cai, o que aumenta a esperança de vida. As pessoas estão vivendo mais. Isto é muito importante para o desenvolvimento económico e a prosperidade social de qualquer país. A perspectiva é que a esperança de vida continue a crescer ao longo do século XXI e que a taxa de fertilidade continue a cair até meados do século; Depois, estabilizará ou até aumentará um pouco, mas permanecerá abaixo do nível de reposição. Por conta disso, veremos uma diminuição da população brasileira a partir da década de 2040”, detalha.
Atingindo quase 38% em 2070, o grupo de idosos deverá se tornar o mais representativo, acima dos grupos de 40 a 59 anos, 25 a 39 anos, 0 a 14 anos e 15 a 24 anos.
O percentual de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos, inclusive, tende a diminuir de 20,1% em 2023 para 12% em 2070
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