O soldado foi investigado em inquéritos militares por lesões corporais em outras abordagens. A defesa afirma que só se pronunciará depois de ter todas as informações sobre o caso. Mulher é esbofeteada, arrastada e puxada pelos cabelos pela PM durante abordagem no Paraná O policial militar Jader Aparecido Camilo, que esbofeteou e chutou uma mulher de 28 anos, ignorou as agressões no boletim de ocorrência do caso registrado na madrugada do último sábado (24) em Itambaracá, no Norte Pioneiro do Paraná. Acompanhe o canal g1 Londrina no WhatsApp Acompanhe o canal g1 PR no Telegram Sua defesa informou que só se manifestará “após ter acesso a todas as informações do caso”. A vítima estava em um bar com amigos quando a polícia chegou para responder a uma perturbação do sossego. A violência cometida pelo agente foi filmada por um cliente do estabelecimento. Veja o vídeo acima. No boletim de ocorrência, ao qual o g1 e a RPC tiveram acesso, os policiais escreveram: “De acordo com a denúncia, havia volume excessivo de som no local, quando a equipe chegou ao local constatou-se que havia um grupo de pessoas, porém não houve nenhum som, apenas conversa, diante do exposto, foram devidamente orientados. Não mais.” O documento é assinado por Camilo, que é militar, e por um cabo da PM, que também respondeu à situação. Camilo foi afastado do cargo por ordem do secretário estadual de Segurança Pública, Hudson Teixeira. Em entrevista, o governador Ratinho Junior (PSD) cobrou esclarecimentos e avaliou que “houve claramente um excesso” por parte dos militares. A RPC apurou que Jader Camilo foi investigado em 13 Inquéritos Policiais Militares (IPMs) relacionados ao crime de lesão corporal durante abordagens. Em apenas uma das investigações houve indícios de transgressão à disciplina militar, ou seja, crime militar. Nesse processo, Jader foi disciplinado. Polícia Militar agrediu e arrancou cabelo de mulher durante abordagem em Itambaracá (PR) Divulgação LEIA TAMBÉM: Onça-pintada é vista correndo em plantação no Paraná: VÍDEO Homem usa filha como ‘escudo’ ao ser preso por ameaçar juiz e promotor Ataques foram filmados Imagens do episódio gravado no último final de semana mostra o policial xingando e mandando as pessoas no bar abaixarem o volume da música. Em outro trecho, ele aparece discutindo com a vítima, que leva dois tapas e chutes. Ela também é arrastada pelas pernas, puxada pelos cabelos e jogada na calçada. A mulher disse que teve ferimentos em diversas partes do corpo e questionou a alegação de que havia barulhos altos no bar. “O que mais dói é meu joelho, mas estou com hematomas nas pernas, minha cabeça está muito inchada também. Uma parte da minha costela, que foi quando caí na calçada, também dói muito. Estávamos num baile e depois fomos para o bar, mas não tinha música alta, não tinha nada.” Após ser agredida, a vítima procurou atendimento em um hospital e posteriormente recebeu alta. LEIA MAIS: Mulher agredida por policial desabafa: ‘Dói o que fica na cabeça’ Fala Comando da PM Em nota, o Comando Geral da Polícia Militar do Paraná informou que “tomou conhecimento do vídeo contendo imagens com provas de irregularidades cometidas durante a resposta a um incidente.” A PM informou que “a ação não reflete os valores e o profissionalismo da corporação, que se dedica à proteção e ao bem-estar da população”. O Ministério Público do Paraná (MPPR) disse apenas que acompanhará as investigações. Mais assistidos no g1 PR Veja mais no g1 Norte e Noroeste.
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