Cerca de 72% dos autores de feminicídio em Minas Gerais já foram responsabilizados na esfera criminal. É o que aponta um estudo sobre mortes violentas de mulheres realizado pelo Ministério Público de Minas Gerais. A pesquisa traz dados do período entre 2021 e 2023 no estado e foi divulgada nesta sexta-feira (23).
Os números mostram que, no caso dos julgamentos, 94% dos arguidos foram condenados, com pena média, em primeira instância, de 22 anos e nove meses de prisão. Além disso, 44% dos perpetradores foram presos em flagrante.
A procuradora e coordenadora do Centro de Apoio Operacional ao Combate à Violência Doméstica, Patrícia Habkouk, afirma que os dados demonstram um cenário de enfrentamento aos feminicídios na esfera judicial.
“Quando vemos que 72% desses crimes viraram ação judicial, significa que a Polícia Civil concluiu as investigações, encaminhou ao Ministério Público e foi instaurada ação penal. responsabilizar a violência. É isso que precisamos mostrar. Não estamos tolerando o feminicídio”, afirmou.
A pesquisa também mostrou que 82% dos perpetradores eram cônjuges ou ex-namorados das vítimas. Nesta amostra, 99,5% dos autores de crimes são homens.
O MP aponta ainda que 28% dos casos não tiveram investigações concluídas e ainda estão em investigação. No recorte temporal da pesquisa, entre 2021 e 2023, as principais ocorrências de feminicídio foram registradas em Belo Horizonte, Contagem, na região metropolitana de BH, Ipatinga, no Vale do Rio Doce, Montes Claros, no Norte de Minas e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.
Outro destaque da pesquisa é que 12% das vítimas contaram com medidas protetivas urgentes contra os agressores. Para o procurador, os dados mostram a necessidade de reforçar ainda mais a aplicação das leis que protegem as mulheres.
“A pesquisa mostra o tamanho desse desafio. Mulheres são mortas pelas mãos de seus parceiros e ex-companheiros. Não é fruto da violência urbana, é uma violência que acontece em casa e de um autor que já conhecemos quem ele é. Então, isso reforça a ideia e também é um aspecto da pesquisa para fortalecer a aplicação da lei Maria da Penha em todo o estado e evitar que essas mortes continuem ocorrendo”, destacou.
O estudo foi apresentado em evento realizado pelo Ministério Público de Minas Gerais em comemoração ao Dia Estadual de Combate ao Feminicídio.
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