Pastor gato de ‘Renascer’ explica por que está há dez anos solteiro: ‘Só tive dois namoros. Sou péssimo de xaveco’

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Breno da Matta se considera uma pessoa tímida e diz que nunca brigou com as namoradas. Sempre com uma palavra de conforto e carinho, o Pastor Lívio traz uma pitada de esperança e otimismo aos demais personagens de “Renascer”, por mais difícil que seja a vida. Breno da Matta, intérprete do personagem, temia que o líder religioso não fosse aceito pelo público. Segundo ele, muita gente se surpreendeu ao ver um pastor na novela das nove, por preconceito. Próximos capítulos: Nos resumos de ‘Renascer’, Sandra recebe ajuda de João Pedro para administrar os campos de Egídio Transformação: Inácia de ‘Renascer’, Edvana Carvalho revela arrependimento após procedimento estético: ‘Achei horrível’ Galerias Relacionadas — Muitas as pessoas pensam que sou um pastor de verdade. Lívio é muito direto e dá “lições de moral”. Numa sociedade polarizada, tive cuidado (na composição dos personagens). Meu medo era que o público desistisse dele antes de mais nada. As pessoas pensam rapidamente no estereótipo negativo do pastor. Os evangélicos são muito diversos, mas sempre são vistos como uma coisa só. Há quem dissemine o ódio e a intolerância, mas também há quem ouça e entenda as diferenças — observa o baiano, que se considera adepto do candomblé, mas estudou outras religiões para bancar o líder protestante. Nascido em Itabuna, município baiano, Breno foi para Salvador aos 15 anos com os pais, Vandira e Rodrigão, e o irmão, Bruno. Antes de estrear na TV na trama de Bruno Luperi, o ator passou por momentos de superação. Criado por uma família humilde no bairro de Alagados, área pobre de Salvador construída sobre um manguezal, Breno pôde contar com os pais, que trabalharam muito para dar uma boa educação aos filhos. — Tive duas tias que morreram de fome quando eram crianças. Meus pais foram os primeiros da família a fazer faculdade (Engenharia Agronômica). Minha mãe insistiu para que estudássemos em uma escola particular. Houve um período em que tivemos muitos problemas, mas nunca passei fome. Eu não tinha os melhores sapatos, mas tinha um sapato pequeno. Não tinha as melhores roupas, mas tinha uma roupinha — diz o pisciano de 41 anos, que ainda não conseguiu realizar seu maior desejo: — Meu sonho é ter minha casa própria, mas eu não sei quando vou conseguir isso. Quem vem de famílias pobres e negras prioriza a compra do imóvel porque, aconteça o que acontecer, tem um teto sobre a cabeça. Também quero viajar muito e dar mais conforto aos meus pais na velhice. Minha mãe é a pessoa mais feliz do mundo em me ver na novela. Na festa de lançamento ela foi comigo e sorriu de orelha a orelha. Ao ver Marcos Palmeira (José Inocêncio no folhetim), ela enlouqueceu. A foto do WhatsApp dela é uma selfie com ele (risos). Saiba mais taboola Se hoje Breno chama a atenção em “Renascer” por sua beleza, recebendo diversos comentários em suas redes sociais, principalmente de senhoras que assistem à novela, na infância e adolescência, o artista teve problemas de autoestima. — Cresci me sentindo feio. Ele era o patinho feio quando estudava na melhor escola da cidade. Eu era o negro de classe média baixa. Então não foi interessante. Quando eu era adolescente, não pegava ninguém na escola. Só comecei a me dar bem com um homem bonito quando fui morar em Salvador, que é uma cidade negra. Comecei a ser assediado. As meninas me esperavam na porta do prédio onde eu morava e zombavam de mim, me chamando de gostosa. Eu não sabia como lidar com isso. Só dei meu primeiro beijo aos 15 anos. A autoestima sempre foi um problema. Hoje, se uso moletom, não sou um galã, mas sim um ladrão. Ando pela rua, as pessoas passam para o outro lado, seguram as malas… Tenho marcadores que “aliviam”, como cabelos lisos e linhas finas. As pessoas pensam que não sou brasileiro, mas indiano. Me sinto lindo, mas sei que tem muita gente que não vai pensar assim — diz ele, que posou na praia para o Canal Extra, de uma forma bem diferente da forma como Lívio é visto no horário nobre. Breno da Matta, pastor Lívio do Renascer Márcio Farias Formado em Farmácia, Breno trabalhou quase uma década em uma drogaria. Depois de passar em um concurso de modelos, foi morar em São Paulo, embora torcesse o nariz para o trabalho. Na Terra da Garoa, ingressou no teatro e saiu do balcão da farmácia para começar a atuar em um palco. — Nunca pensei em ser artista. Fui ver a primeira peça já adulto, aos 24 anos. Para mim, um menino do interior da Bahia, a TV era algo muito distante. Demorei um pouco para me declarar ator. Quando preenchi formulários, diziam que eu era farmacêutico, mas hoje minha primeira profissão não faz mais sentido para mim. As pessoas só veem o glamour do artista. Quem vê de perto não corre. Acham que sou rico porque estou na novela, mas não é o caso. Pouco antes de ser aprovado para o “Renascer”, já pensava em desistir e voltar para a Bahia. Não queria mais passar por problemas por medo de meu dinheiro acabar — explica. Breno da Matta opina sobre desfecho do Pastor Lívio, em ‘Renascer’ Breno da Matta é Pastor Lívio em “Renascer” Victor Pollack/Divulgação Na versão original de Renascer, exibida em 1993, Lívio (Jackson Costa) era padre que viveu em conflito com o celibato ao se apaixonar por Joana (Tereza Seiblitz). Na atual novela, o personagem virou pastor e, até o momento, não apareceu nenhum parceiro romântico para o religioso. Alice Carvalho) apareceu, porque pensei que iria acontecer, seria algo especial, mas acho que não seria legal ele ficar com alguém, já que ele tem um passado em branco também. — diz Breno, solteiro como Lívio: — Sou muito tímido e péssimo de papo. Tive dois relacionamentos, mas estou solteiro há dez anos, estou bem comigo mesmo. encontro. Acredito em bons relacionamentos, só estou onde há luz para estar. Nunca tive um relacionamento ruim na minha vida, nem briguei com nenhuma namorada. Quando o assunto é paternidade, Breno afirma que sempre quis ter filhos. O problema é a estabilidade para receber o herdeiro: — Ter filhos custa caro. Primeiro, preciso ter estrutura financeira, psicológica e rede de apoio para ter um filho. Já pensei até em adotar, mesmo não me casando. Acho que temos que deixar uma semente no mundo. Breno da Matta, pastor Lívio do ‘Renascer’ Márcio Farias Texto inicial do plugin



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