Passar horas no trabalho sem se exercitar prejudica a saúde. Saiba o que fazer para reduzir os riscos

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Neste artigo, a fisiologista do exercício físico da Escola de Saúde e Sociedade da Universidade de Salford, Ashley Gluchowski, discute os malefícios do sedentarismo. Foi comprovado que fazer pausas para exercícios de força e alongamento aumenta o fluxo sanguíneo, melhora a função cerebral, incluindo excitação mental e concentração, e reduz a sensação de fadiga. Freepik A inatividade física é uma assassina. Quando ficamos inativos, perdemos força muscular e, portanto, temos maior probabilidade de ter uma série de problemas de saúde. Estes incluem declínio cognitivo, problemas músculo-esqueléticos, mais quedas, lesões graves, hospitalizações e o desenvolvimento de diabetes, doenças cardíacas, demência, fragilidade, incapacidade funcional e até algumas formas de cancro. A fraqueza causada por estilos de vida sedentários representa um fardo insustentável para os prestadores de cuidados e para os sistemas de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o custo da inatividade física para os sistemas públicos entre 2020 e 2030 será de cerca de 300 mil milhões de dólares. Em 2022, o governo do Reino Unido afirmou que o sedentarismo estava associado a uma em cada 6 mortes no país. Historicamente, as pessoas tornaram-se menos propensas a praticar exercícios à medida que envelheciam. Mas agora isso mudou. Os jovens, especialmente aqueles envolvidos em empregos fisicamente exigentes, como o trabalho de escritório, estão a tornar-se fisicamente mais fracos, a tirar mais licenças por doença de longa duração e a reformar-se mais cedo. As condições das profissões “estacionárias” podem levar à fadiga mental, dores e sofrimentos, e podem até ser um factor que contribui para o registo histórico de inactividade económica no Reino Unido. Os grandes empregadores – aqueles com pelo menos 1.000 empregados – gastam cerca de 2 milhões de libras por ano em faltas por doença. Passar muito tempo sentado pode reduzir sua expectativa de vida; veja quanto na calculadora g1 O treinamento de força é um dos exercícios mais eficazes para a saúde do corpo e da mente e é uma das duas principais recomendações listadas nas diretrizes de atividade física da OMS. Infelizmente, é também a forma que as pessoas têm menos probabilidade de praticar. Para os trabalhadores de escritório, foi demonstrado que fazer pausas nos exercícios de força, como agachamentos com peso corporal em sua mesa, aumenta imediatamente o fluxo sanguíneo, melhora a função cerebral, incluindo excitação mental e concentração, e reduz a sensação de fadiga. No entanto, na minha experiência como fisiologista clínico do exercício, as pessoas tendem a pensar que não são jovens, não estão em forma, têm energia ou são ativas o suficiente para iniciar um treinamento muscular intenso. No entanto, pesquisas descobriram que o oposto é verdadeiro: aplica-se a qualquer idade e nível de condicionamento físico. Todos que o praticam recebem os benefícios do aumento dos níveis de energia e do aumento espontâneo da atividade física. Outras barreiras para iniciar os treinos incluem a falta de tempo, experiência e espaços confortáveis ​​em academias comerciais. Estas barreiras são exacerbadas para as mulheres que têm uma maior carga de responsabilidades de prestação de cuidados, deixando pouco tempo para se concentrarem na sua própria saúde. Se conhecemos a importância e conhecemos as barreiras que impedem as pessoas de participar, porque é que continuamos a ficar aquém do desafio global de melhorar os níveis de actividade física? Por que existe uma escassez de programas bem-sucedidos em ambientes reais? Minha última pesquisa descobriu que pessoas entre 40 e 60 anos conheciam os benefícios de ter força muscular, mas careciam de orientação prática para participar. Pediram mais apoio para saber onde encontrar os detalhes necessários e ganhar confiança suficiente para começar a treinar o corpo. Atualmente, os interessados ​​têm que pesquisar no Google e torcer para que as informações encontradas sejam seguras e baseadas em evidências. Os participantes da pesquisa também sentiram que o local de trabalho era uma oportunidade perdida para melhorar o condicionamento físico. Levante-se: entenda porque ficar em pé é essencial para combater o sedentarismo; Veja 5 dicas sobre como se tornar mais ativo Mantenha uma força de trabalho saudável Os funcionários acham que simplesmente distribuir passes gratuitos para a academia como parte de um pacote de bem-estar de alguma forma supera as barreiras de tempo que enfrentamos tentando chegar à academia depois do trabalho e sabendo o que fazer quando chegaremos lá? Os empregadores terão de se esforçar mais se quiserem evitar as consequências das condições sedentárias nos escritórios. Não podemos esperar que as pessoas cheguem a uma crise de saúde para intervir. É preciso oferecer suporte proativo e prático para que eles possam cuidar da saúde no trabalho. E o trabalho é feito por pessoas saudáveis. Melhor para todos. Isso pode significar contratar um fisiologista ou treinador do exercício para ir ao local de trabalho ou usar a tecnologia para oferecer sessões virtuais sob demanda aos funcionários. LEIA TAMBÉM O sedentarismo e o excesso de peso em crianças e adolescentes afetam o desempenho dos alunos, mostra pesquisa Por que o sedentarismo pode ser tão prejudicial quanto o tabagismo Os programas podem até transformar a participação em um jogo para criar camaradagem dentro e entre departamentos ou empresas. Além do mais, este hábito saudável provavelmente levará mais pessoas a mantê-lo até a aposentadoria – ou seja, mais fortes, mais ativas, independentes e sem problemas por mais tempo. Apoiar o treino de força durante 30 minutos, duas vezes por semana, é um pequeno sacrifício para uma força de trabalho mais saudável, feliz, produtiva e resiliente. Qualquer pessoa que procure a maneira mais fácil de melhorar os níveis de saúde e a cultura do escritório, tudo ao mesmo tempo, não precisa procurar mais. Implementar o treinamento de força no local de trabalho parece um investimento muito forte e eficaz. *Ashley Gluchowski é Fisiologista do Exercício na Escola de Saúde e Sociedade da Universidade de Salford. **Este texto foi publicado originalmente no site The Conversation Brasil. Problemas causados ​​por muito tempo sentado



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