Segundo Luiz Cezar Lustosa Garbini, o homem se recusou a devolver o dinheiro após a restituição. Manter dinheiro que não lhe pertence pode constituir crime. Jovem recebe Pix de R$ 700 por engano, devolve dinheiro, mas fica no prejuízo após banco também reverter valor Arquivo Pessoal que o professor Luiz Cezar Lustosa Garbini, morador da Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, enfrenta uma série de frustrações após quem devolveu um PIX de R$ 700 que entrou por engano em sua conta bancária. Siga o canal g1 PR no WhatsApp Siga o canal g1 PR no Telegram Após devolver o valor de R$ 700 ao homem que havia feito a transferência, o banco também devolveu o dinheiro. Ou seja: quem transferiu os R$ 700 por engano, no final, recebeu R$ 1.400. O professor disse que o reembolso foi feito pelo banco depois que o homem que fez a transferência inicial solicitou o reembolso. Segundo Garbini, ele entrou em contato com o homem explicando a situação, mas disse que não queria devolver o valor. “O valor original que eu tinha era de R$ 1.000, quando recebi os R$ 700 dele, fiquei com R$ 1.700, mas aí mandei o PIX para ele e recebi de volta meus R$ 1.000. minha conta e eu só tinha R$ 300″, explica. Como o PIX se enganou O jovem contou que, na sexta-feira (27), recebeu uma mensagem de um desconhecido que afirmava ter feito uma transferência para a conta de Garbini por descuido. O professor explica que como usa o próprio telefone como chave PIX, o homem conseguiu contatá-lo com facilidade. Após a conversa, o professor checou a conta e identificou que, de fato, tinha um valor a mais e devolveu imediatamente o dinheiro na mesma chave que havia enviado. Minutos depois, quando precisou acessar novamente sua conta bancária, percebeu o prejuízo. “Além de eu fazer o PIX para ele, o banco também devolveu o valor para ele […] Me senti desacreditado pelo cara ter tido essa atitude logo depois de eu ter sido honesto com ele”, lamentou. Ao perceber o ocorrido, entrou em contato novamente com o homem, que zombou da situação e o bloqueou no WhatsApp. LEIA TAMBÉM: Dedicatória: Garoto constrói igreja própria aos 13 anos no Paraná e sonha em ser padre Investigação: PM fora de serviço é preso suspeito de dirigir embriagado e causar acidente Prejuízo de R$ 3 milhões: Homem é suspeito de fraudar compra e venda de carros Tentativa de solução O professor disse que entrou em contato com o Mercado Pago, banco no qual tem conta, que lhe informou que abririam um processo de verificação de fraude. A instituição prometeu responder a Garbini em até 10 dias, caso a situação não seja resolvida. Garbini pretende responder a chamada da polícia. O g1 perguntou ao banco qual é a orientação para um cliente quando acontece uma situação como essa e se o processo de estorno é o procedimento padrão da instituição, porém, até a última atualização desta reportagem, isso não aconteceu. receber uma resposta. O g1 tenta entrar em contato com o homem que se recusou a devolver o valor e com o PicPay, instituição financeira na qual ele tem conta. Guardar dinheiro que não lhe pertence pode ser crime Guardar dinheiro que não lhe pertence pode constituir crime de apropriação indébita, com pena de 1 a 4 anos de prisão. Marcelo Camargo/Agência Brasil Em situações como a de um PIX por engano, ficar com o dinheiro de outras pessoas pode configurar crime de peculato, segundo o Código Penal. A pena varia de 1 a 4 anos de prisão. Porém, para o advogado Leonardo Fleischfresser, o caso de Garbini pode ser classificado como peculato –crime em que o criminoso engana a vítima para obter algum tipo de vantagem, na maioria das vezes em dinheiro. “A grande diferença entre a apropriação indébita e o crime de peculato é que no apropriação indébita recebo de boa fé da vítima a coisa apropriada. O verdadeiro dono me dá temporariamente, mas de boa fé, e eu recebo de boa fé. fé, e aí surge uma ilusão, ou seja, uma vontade de manter aquilo”, explica. “Na fraude eu já tenho dolo, vontade de me tornar dono de algo que sei que não é meu desde o início. E fazer a vítima me entregar a coisa, eu engano”, detalha. No caso de peculato, segundo o Código Penal, a pena é de 1 a 5 anos de prisão. LEIA MAIS: Fiz um PIX errado, e agora? Posso cancelar? Saiba como receber seu dinheiro de volta Universitário recebe PIX de R$ 100 mil por engano e devolve o valor: ‘Não fiz nada grande’ VÍDEOS: Mais assistidos no g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.
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