Para evitar dor, famosos optam por tatuagem com sedação; entenda riscos

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No ano passado, MC Cabelinho disse que tomou anestesia geral para fazer uma tatuagem. Na semana passada, Rafaella Santos e Igor Kannário foram sedados antes de rabiscarem o corpo. Rafaella Santos e Igor Kannário – tatuagens Reprodução/Instagram e Capone Club Quando se trata de tatuagens, uma pergunta muito comum é: doeu? Para “evitar” a dor da agulha, alguns influenciadores optaram por uma sessão de tatuagem sedada. É o caso do cantor Igor Kannário, que decidiu “fechar o corpo” em apenas uma sessão. Ou a influenciadora e irmã do jogador Neymar, Rafaella Santos, que tatuou um leão nas costas. MC Cabelinho também revelou que fez anestesia geral em uma das tatuagens. “Contratei uma equipe médica, fechei um centro cirúrgico, os médicos disseram que era possível e tomei anestesia geral, dormi 8 horas, fui entubado, porque era nas costas. Tatuei as costas inteiras”, explicou em entrevista ao “Na Piscina com Fê Paes Leme”. O g1 conversou com especialistas para entender as diferenças entre sedação e anestesia geral, os riscos e quando os procedimentos são indicados. Quais são os riscos? Assim como qualquer outro tipo de intervenção, a anestesia apresenta riscos, explica Esthael Cristina Querido Avelar, anestesista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. “Alguns tipos de medicamentos causam inibição da respiração espontânea do paciente. Quando fazemos anestesia geral, necessariamente provocamos isso e se o médico, por algum motivo anatômico, não conseguir acessar a via aérea do paciente, há risco de hipoxemia ou falta de oxigênio nos tecidos”, afirma o anestesista, que também é coordenador do Núcleo de Dor da Clínica Atualli Spine Care. Além disso, o médico explica que alguns medicamentos podem causar queda muito abrupta, dependendo da dose, da pressão arterial e da frequência cardíaca do paciente. Portanto, o procedimento deve ser realizado em ambiente seguro e realizado por um anestesista. George Miguel Goes, anestesista especialista em tratamento da dor do Hospital Israelita Albert Einstein, destaca que para receber anestesia o paciente precisa de preparo, como jejum de oito horas. “Existe o risco de broncoaspiração, o alimento que está no estômago indo parar nos pulmões, se ele não estiver em jejum. pesado antes da anestesia.” O tempo também deve ser levado em consideração. “Quando falamos em sedação para endoscopia falamos em 10 minutos. Quanto mais tempo, mais medicação e mais risco”, acrescenta o médico do Hospital Israelita Albert Einstein. Sedação versus anestesia geral Os especialistas lembram que existem diferenças entre sedação e anestesia geral. Nos casos de Rafaella e Igor Kannário, dizem que foram sedados. MC Cabelinho diz que tomou anestesia geral. Anestesia geral: o paciente para de respirar, fica inibido de respirar espontaneamente. É aplicado em ambiente hospitalar e necessita de carrinho de ventilação. Sedação: pode ser leve, moderada ou até profunda. É possível tirar um pouco da dor do paciente. Ele é induzido a dormir, mas pode acordar durante todo o procedimento. Nesse caso, existem clínicas autorizadas pela Anvisa para procedimentos de sedação. “A sedação não tira completamente a sensibilidade da pessoa, seu nível de consciência diminui, mas ela não fica totalmente inconsciente. Na anestesia geral, o paciente fica na mão do anestesista, perde o controle da respiração, precisa de um aparelho de ventilação. o sono mais profundo e a anestesia geral são um estado de inconsciência”, salienta George Miguel Goes. Igor Kannário faz tatuagem de corpo inteiro em clínica de cirurgia plástica de Salvador



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