Pantanal: frio e chuva amenizam fogo, mas chamas ainda não foram extintas, diz Corpo de Bombeiros

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Em 2024, a área queimada no bioma já atingiu 764,8 mil hectares, sendo 594,4 mil hectares em Mato Grosso do Sul e 170,2 mil em Mato Grosso. Corumbá nesta terça-feira (10). Ariovaldo Dantas Na semana passada, Mato Grosso do Sul, mais especificamente Corumbá, cidade mais afetada pelos incêndios no Pantanal, registrou onda de frio e algumas chuvas, que ajudaram a combater as chamas que devastam o bioma. Mas é importante ressaltar que o fogo ainda não foi extinto, conforme explica o Corpo de Bombeiros. “Neste momento recebemos essa massa de ar mais úmida e fria aqui em Corumbá, então o fogo tende a diminuir um pouco na sua intensidade, e isso gera um pouco mais de fruto no campo, na parte de combate, porém o fogo não foi extinto”, segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, Gabriel Lopes, a mudança no clima ajudou no trabalho dos bombeiros no combate ao incêndio. Em 2024, a área queimada no bioma já atingiu 764,8 mil hectares, sendo 594,4 mil hectares em Mato Grosso do Sul e 170,2 mil em Mato Grosso. O mês de junho concentrou 53,3% das queimadas dos últimos sete meses. Segundo o PrevFogo, os incêndios só poderão ser considerados extintos depois que as temperaturas voltarem a subir. “Só podemos declarar o fogo extinto após o retorno das temperaturas, após 10 dias de sol, e se os focos de calor não retornarem nesse período, então podemos declarar o fogo extinto. manchas que ressurgiram nas áreas onde estamos atuando. Essa é a situação hoje, está bem mais tranquila que em junho”, explicou o coordenador do PrevFogo, Márcio Yule. Fogo contra fogo: técnica utilizada para prevenir incêndios no Pantanal. Araquém Alcântara A maior preocupação dos 48 bombeiros em ação neste momento é o incêndio subterrâneo ou incêndio de turfa – um dos incêndios florestais mais complexos no combate, pois atinge camadas profundas de matéria orgânica. “Estamos fazendo combate, vigilância e monitoramento e prestando atenção na quantidade de calor subterrâneo. Onde há uma falsa ideia de que o fogo acabou, certo? Pode haver um ressurgimento, que chamamos de regressão, em algumas dessas áreas” , avalia o capitão do Corpo de Bombeiros, Gabriel Lopes. Incêndio no Pantanal Sequência de imagens mostra o horror no Pantanal Araquém Alcântara No período de 1º a 30 de junho, a área queimada no Pantanal atingiu 407,1 mil hectares, segundo dados do Laboratório de Aplicações Ambientais por Satélites da Universidade Federal do Rio Janeiro Janeiro (LASA-UFRJ). A vegetação devastada equivale a 9 campos de futebol queimados por minuto no bioma, que abrange os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Ainda segundo Lasa, no mês de junho o bioma queimou mais de 13,5 mil hectares por dia; 565,3 hectares por hora, o que representa 9,4 hectares por minuto. Nem em 2020, quando as queimadas consumiram 26% do bioma, foram registrados tantos incêndios quanto em junho de 2024. Historicamente, a temporada de queimadas no Pantanal começa entre o final de julho e início de agosto, época mais seca do inverno . Porém, o período foi antecipado devido à longa seca enfrentada pelo bioma e às mudanças climáticas, segundo especialistas. Assista vídeos de Mato Grosso do Sul:



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