Os países que compõem o G20 aprovaram o documento oficial da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Esta é a principal iniciativa da presidência brasileira no grupo, que teve seu pré-lançamento nesta quarta-feira (24), no Rio de Janeiro.
Com a decisão, a partir de agora, nações de todo o planeta poderão aderir ao plano. Mas, existem regras a serem seguidas.
A primeira é que deve ser um plano de Estado e não de governo. Além disso, é preciso criar metas para combater a fome até 2030 e levar em conta políticas que já foram testadas e funcionaram em todo o mundo, como transferência de renda e merenda escolar.
O presidente Lula reuniu-se no Rio de Janeiro com autoridades do G20 para discutir o assunto. Em discurso, o Chefe do Executivo brasileiro afirmou que não é aceitável, no século 21, que os líderes globais discutam a fome e a pobreza:
“A fome é algo que exige decisão política. Nós, governantes, não podemos olhar constantemente apenas para quem está perto de nós. E não é possível que, em pleno século XXI, quando já estamos a discutir inteligência artificial, ainda sejamos obrigados a ter uma discussão, dizendo aos nossos líderes políticos em todo o mundo: ‘por favor, olhem para os palácios. pobre'”, disse ele.
Lula também defendeu a tributação das grandes fortunas:
“É que muito dinheiro nas mãos de poucos simboliza a miséria, simboliza a prostituição, simboliza o analfabetismo, simboliza o empobrecimento e simboliza a fome. emprego, uma sociedade consumista e uma sociedade que vive com decência”, defendeu.
Queda na insegurança alimentar no Brasil
A insegurança alimentar grave caiu 85% no Brasil em 2023, em comparação com 2022. Em números absolutos, 14,7 milhões de pessoas deixaram de passar fome no país.
Em 2022, 17,2 milhões de brasileiros deixaram de comer pelo menos uma vez por semana porque não tinham o que comer. Em 2023, o número caiu para 2,5 milhões, uma redução de 8% para 1,2% da população.
Os dados são da edição 2024 do Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial, divulgado nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro.
Segundo a metodologia da FAO, a insegurança alimentar grave é quando uma pessoa está de facto sem acesso a alimentos e passa um dia inteiro ou mais sem comer. Representa a fome concreta que, se mantida regularmente, acarreta graves danos à saúde física e mental, principalmente na primeira infância, ao desenvolvimento e à formação cognitiva.
Promessa de sair do Mapa da Fome até 2027
Apesar dos avanços, Brasil ainda permanece no Mapa da Fome da ONU. Atualmente, 8,4 milhões de brasileiros ainda sofrem com a fome no país.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, prometeu no lançamento do Relatório que o Brasil sairá do Mapa da Fome até o final do mandato do presidente Lula, ou seja, até 2026.
“Confesso para vocês que chegamos a um patamar até um pouco inferior ao de quando nós mesmos trabalhávamos no Ministério. Dissemos que até 2027 seria possível sair do Mapa da Fome. Hoje afirmo com segurança que, no caminho que estamos, é possível, dentro deste governo do presidente Lula, até 2026, sair do Mapa da Fome”, disse Dias.
O ministro atribuiu a redução significativa a programas de transferência de renda como o Bolsa Família e disse que o benefício foi ampliado, considerando agora o número de familiares. Além disso, outras iniciativas como o plano de alimentação escolar e o Programa de Aquisição de Alimentos.
No cenário global, não houve muitos avanços no planeta: estima-se que 733 milhões de pessoas no mundo estavam em situação de fome em 2023, praticamente o mesmo número indicado na edição de 2022: 735 milhões de pessoas.
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