O pai do medalhista olímpico, que é de Votorantim (SP) e levou o nome da cidade ao mundo, é o ‘torcedor número 1’ da filha. Ainda na adolescência, ele lembra de viajar 200 quilômetros por dia para levá-la aos treinos na capital paulista. Pai de Lauren Leal, zagueira da Seleção, homenageia filha com tatuagem prateada em Paris: ‘Gravada no corpo e na alma’ Reprodução/Instagam e Gabriela Almeida/g1 Se não fosse minha família, se fosse’ Se não fosse meu pai, eu não estaria aqui hoje. Eles sonharam e sonharam comigo durante todo esse processo, então foram fundamentais para eu estar aqui hoje e para eu estar vivendo tudo que estou vivendo. A frase é da zagueira da seleção brasileira Lauren Leal, medalhista de prata nas Olimpíadas de Paris, após mostrar a mais recente – e eterna – homenagem feita pelo pai, Erymar Costa, conhecido como Lekão, nesta quinta-feira (15): o nome da filha acima do Arcos olímpicos e abaixo da Torre Eiffel, cartão postal da capital da França. “Gravado no corpo e na alma. O orgulho e a honra de ser pai da medalhista olímpica Lauren Leal. O sonho se tornou realidade!”, compartilhou Lekão nas redes sociais. Participe do canal g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Texto inicial do plugin O pai do medalhista olímpico, que é de Votorantim (SP) e levou o nome da cidade para o mundo, é o “torcedor número 1” da filha. Quando a atleta ainda tinha 11 anos, passou pela triagem do Centro Olímpico, time de futebol feminino de base da capital. Nesse período, ela e Lekão subiram de moto e percorreram 200 quilômetros todos os dias entre a casa onde moravam e a capital paulista para que ela pudesse treinar. A jornada Votorantim-São Paulo durou anos, e o apoio do pai, da mãe e da irmã serviu de combustível para ela não desistir dos seus sonhos. “Foi uma rotina muito cansativa durante três, quatro anos. Eu ia para a escola de manhã, meu pai me buscava na escola correndo, eu almoçava em casa bem rápido e íamos para São Paulo chegar no horário para treinar, eu treinava… às vezes eu treinava em duas categorias no mesmo dia e o treino acabou, voltamos, chegamos em casa e meu pai ainda foi trabalhar, porque tinha que trabalhar. Então eu cheguei, descansei e ele ainda foi trabalhar e no dia seguinte a mesma rotina, então foi muito esforço dele, da minha família e de mim também”, lembra ela. Expectativa que se tornou realidade Lauren Leal, zagueira da Seleção, conquistou medalha de prata nas Olimpíadas de Paris Rafael Ribeiro/CBF Com apenas 21 anos, Lauren coleciona convocações para a Seleção e já disputou uma Copa do Mundo sub-20, onde foi medalhista de bronze, uma Copa do Mundo de 2023, disputada na Austrália e Nova Zelândia, e agora, nos Jogos Olímpicos de Paris, onde foi medalhista de prata. Quando adolescente, ela via o futebol profissional como um sonho não realizado. Durante treino da seleção feminina em Itu (SP), ela pegou as chuteiras e viajou até a cidade para acompanhar de perto as jogadoras que, para ela, foram referência em sua vida. Lauren Leal, de 13 anos, ao lado de Marta Arquivo pessoal Ali, conseguiu autógrafos de vários atletas, entre eles Marta, a Rainha do futebol. Anos depois, os dois se tornaram companheiros e disputaram os dois principais eventos esportivos: os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo. “Marta é uma referência mundial no desporto feminino e, claro, no futebol feminino […] Ela é uma referência, é uma pessoa espetacular dentro e fora de campo. Então essa relação de estarmos juntos nas últimas Olimpíadas também foi muito legal. Claro que queríamos o ouro e queríamos dar o ouro a ela, para que ela terminasse da melhor maneira possível, mas também ficamos felizes por ela ter terminado com medalha”, afirma. LEIA TAMBÉM: A primeira de Lauren, a última de Marta: zagueira da seleção destaca prata nas Olimpíadas ao lado da Rainha Na primeira fase dos Jogos Olímpicos, a seleção brasileira viveu altos e baixos: estreou com vitória sobre a Nigéria e foi derrotada por Japão e Espanha, terminando na terceira colocação do Grupo C. Para se classificar, a seleção precisava de uma vitória da Alemanha e dos Estados Unidos para garantir uma das melhores campanhas dos terceiros colocados. E ele conseguiu. Porém, mesmo com a classificação, a Seleção sofreu críticas nas redes sociais e virou alvo de memes, como aquele que dizia tratar-se de uma “classificação culpada, quando não há intenção de classificação”. TN1 dá as boas-vindas à medalhista olímpica Lauren Leal Lauren afirma que, ao longo do momento, a equipe tentou se proteger do que acontecia lá fora, mas que algumas informações, como o meme, acabaram chegando até eles. “Nós realmente não gostamos desse comentário. Estamos fazendo o nosso melhor, e para alguém dizer isso assim […] No final conseguimos a classificação, e ainda bem que essa oscilação foi na fase de grupos, porque quando começou a fase de mata-mata o time se aproximou e se uniu cada vez mais e conseguiu fazer grandes jogos”, afirma. Após a primeira fase, a seleção brasileira venceu a França por 1×0 nas quartas de final, eliminou a Espanha, atual campeã mundial, por 4×2, e foi vice-campeã olímpica após perder para os Estados Unidos por 1×0 na final. “O jogo contra a Espanha é um jogo memorável para quem assistiu e para quem jogou também. Dentro de campo foi um jogo em que todos deram tudo de si e foi um jogo muito bom de se fazer, foi muito legal toda a história do jogo, como aconteceu, e passar por uma final olímpica como essa foi muito bom”, lembra Lauren pós-medalha Life Medalha de prata para a zagueira da seleção brasileira, Lauren Leal Diogo Del Cistia/g1 Após a competição, Lauren teve uma agenda lotada e passou pela região de Sorocaba na sexta-feira (16), antes de retornar à rotina ao chegar. na cidade onde cresceu, ficou surpreso com o carinho recebido pela população “Fico muito feliz com o carinho das pessoas da região, ontem à tarde também estive acolhendo as pessoas, as crianças, e também estive. muito feliz com o carinho do povo da região, porque acho que as pessoas se sentem um pouco representadas por ter uma pessoa da região aqui, então fico muito feliz com todo carinho e apoio”, diz, olhando a medalha ao redor. pescoço e após ler diversas homenagens de moradores da região. Ela diz: a ficha ainda não caiu. “Está caindo aos poucos, agora que as coisas estão desacelerando um pouco, estou com minha família, estou entendendo um pouco mais o que significa ter uma medalha. É pesado, dói no pescoço [risos].” “Se eles dissessem há quatro anos que iriam acontecer tantas coisas como eles, eu não teria acreditado, porque minha vida mudou tão rapidamente em tão pouco tempo… Estou muito feliz por estar nesta Olimpíada e estar em campo, estar jogando, estar numa final olímpica com um estádio lotado, um estádio muito bonito, que representa muito para o futebol também, e ter minha família lá também. Eles sempre me apoiam, estão sempre presentes, mas raramente estão todos juntos, é sempre ou minha mãe, meu pai, ou minha irmã, mas dessa vez foi a primeira vez que todos estavam ali juntos me apoiando, na torcida. Foi muito legal e especial”, finaliza. Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista reportagens da TV TEM
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