O Palmeiras, que já está fora da Copa do Brasil e da Libertadores, vem de três vitórias consecutivas no Brasileirão, com 12 gols marcados e nenhum sofrido. Aos que ainda duvidam do quão devastador é o calendário do futebol brasileiro, sugiro olhar para o desempenho do Palmeiras nos três jogos após a eliminação do time no play-off com o Botafogo pela Libertadores: duas vitórias por 5 a 0, sobre o Cuiabá (Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas) e Criciúma (Allianz Parque), e 2 a 0 sobre o Athletico, em Curitiba. Ou seja: 12 gols em três jogos, e a certeza de que o fim da maratona colocaria o time de Abel Ferreira novamente na disputa pelo título. Botafogo e Flamengo, fortemente envolvidos com a Libertadores, terão que conviver com esse fantasma. Flamengo 1 x 1 Vasco É difícil até analisar um confronto em que apenas uma equipe entrou em campo disposta a vencer. Mas, mesmo não tendo um desempenho esplendoroso, o Flamengo foi quem praticou um futebol de melhor qualidade, com mais vontade de vencer. E ele venceria, se não fosse vítima do orgulho traiçoeiro que derruba os melhores. E também a vontade suprema de ganhar tudo, tantas vezes criticada pelo seu santo Pep Guardiola. Taticamente, o Vasco se encolheu diante da superioridade técnica do adversário. E perderia o jogo por opção do seu treinador, que demorou para renovar o ímpeto do time. Sofreram um gol após diversas tentativas dos Rubro-Negros, mas conseguiram empatar justamente por meio de uma associação articulada pelos quatro que saíram do banco — Rayan, Emerson Rodríguez, Pumita Rodríguez e Philippe Coutinho. Empate perverso para um, reconfortante para outro. Botafogo 2 x 1 Corinthians A vitória foi mais difícil do que se imaginava, levando em consideração que o time paulista havia vencido apenas uma partida nas 13 partidas disputadas como visitante. O Botafogo fez o que tinha que fazer e manteve a liderança da tabela. Mas o desempenho deixou incerteza. A equipa de Artur Jorge teve dificuldade em controlar o jogo, mesmo com mais posse de bola e número de remates. Os espaços nos corredores laterais defensivos necessitam de ajustes. Juventude 2 x 1 Fluminense As cinco mudanças que mudaram o perfil do time que venceu por 1 a 0 no confronto em Caxias do Sul custaram caro a Mano Menezes, após 19 anos. As saídas de Thiago Santos, Bernal, Marcelo, Ganso e Serna quebraram o ritmo e o Juventude de Jair Ventura virou o placar com dois gols em dois minutos. Um castigo para o Fluminense que afrouxou o empate e melhorou a autoestima para o confronto com o Atlético-MG, pela Libertadores.
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