A fêmea nunca havia sido vista pessoalmente pela equipe e o “romance” entre os felinos facilitou o registro. Descubra fatos interessantes sobre o acasalamento das espécies. Gravação feita com drone mostra o macho Joca Ramiro e a fêmea melânica Eduardo Fragoso/Onçafari Um registro de uma fêmea melânica de onça-pintada feito na região do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, entre os estados de Minas Gerais e Bahia, chamou atenção na internet. Tiradas no final de maio, as fotos foram divulgadas pela ONG Onçafari esta semana. Segundo o biólogo e coordenador científico da ONG Eduardo Fragoso, a equipe monitorava a fêmea de forma indireta desde 2022, por meio de armadilhas fotográficas, mas os técnicos nunca a tinham visto pessoalmente. O encontro só foi possível devido a um “romance” entre ela e um homem de pelagem normal. Vale lembrar que a onça-pintada e a onça-pintada são da mesma espécie, a diferença é que a onça-preta possui uma mutação que aumenta a produção de melanina – proteína responsável pela pigmentação. “Em abril conseguimos capturar uma onça macho que chamamos de Joca Ramiro e, seguindo-o pela coleira GPS, chegamos até ela. Os dois estavam acasalando”, conta Eduardo. Encantados com a presença dos felinos, os biólogos acompanharam o casal durante um dia e meio e, embora ainda não tenham conseguido capturar nenhuma fêmea para instalar a coleira GPS, este continua a ser o grande desejo da equipa. Dificilmente registradas, as fêmeas intrigam os pesquisadores devido ao seu movimento estar restrito a áreas menores que os machos, o que as torna animais “mais residentes”. Por terem filhotes, acompanhá-los também acaba sendo muito interessante em termos de pesquisa e turismo. Fêmea de onça melânica fotografada na região do Parque Nacional Grande Sertão Veredas Eduardo Fragoso/Onçafari “Eles costumam ficar muito tempo na mesma área, quase a vida inteira. Enquanto os machos são muito mais errantes e vão para longe e muitas vezes não voltam”, acrescenta a bióloga. No Cerrado os registros podem ser considerados raros, já que a maior parte da população de onças está no Pantanal e na Amazônia. Quando se trata do índice de melanismo, o fenômeno tem incidência de 40 e 44% na região do parque nacional. Por que as onças fêmeas sobem em árvores? Quando o casal de onças foi encontrado, a fêmea melânica estava em cima de uma árvore e o macho embaixo, como se estivesse esperando. Fêmeas de onça-pintada podem subir em árvores para fugir temporariamente dos machos Eduardo Fragoso/Onçafari Comum no período de acasalamento dos gatos, esse comportamento por parte das fêmeas serve para “dar uma folga do macho”. Isso porque o casal pode passar de 5 a 7 dias acasalando e até mesmo sem caçar, processo que pode acabar sendo desgastante para a fêmea. “Às vezes eles sobem em árvores para fugir um pouco dos machos, porque ficam obcecados pela fêmea durante o processo de acasalamento e o macho não a perde de vista.” “Acho que isso é muito estressante para a fêmea também, então às vezes ela sobe na árvore para fazer uma pausa e ficar um tempo sozinha lá em cima. Os machos raramente sobem na árvore, porque são pesados e correm o risco de cair”, acrescenta. Acasalamento poligâmico Uma coisa interessante sobre as onças é que elas não acasalam apenas para fins reprodutivos, como explicou Fragoso. A espécie é polígama, o que significa que os machos acasalam com múltiplas fêmeas e as fêmeas também acasalam com vários machos. Mas e quanto aos cuidados com os cachorrinhos? Essa responsabilidade é das fêmeas que, segundo o biólogo Onçafari, podem acabar acasalando com o macho de determinada área para evitar que ele mate os filhotes, confundindo-o sobre sua paternidade, ou mesmo para ser aceito no território. “Esse processo de acasalamento pode ser uma proteção futura para a prole dela, já que o macho, quando futuramente a encontrar, vai lembrar que acasalou e, se ela tiver filhotes, vai pensar que eles poderiam ser dele e não vai matar eles”, comenta. . Caso ela não tenha descendência, acasalar-se com ele pode ser uma forma de não ser vista como uma competidora por recursos, mas sim como uma parceira de acasalamento. O mesmo não ocorre com outros machos, que geralmente acabam se envolvendo em disputas territoriais. VÍDEOS: Destaques Terra da Gente Veja mais conteúdos sobre a natureza na Terra da Gente
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