Só neste primeiro fim de semana do Rock in Rio, mais de cem opções para os fãs estiveram disponíveis em palcos de todos os tamanhos. O volume é alto e impressionante: só neste ano, 8.275 shows e eventos de rock foram realizados ou estão programados em todo o Estado do Rio. A maior parte acontece na capital, mas também tem havido muita confusão na Região Metropolitana e no interior. São mais de 22 por dia, em média, em pelo menos 50 casas que abrem espaço para o gênero ou se dedicam inteiramente a ele. As opções – não importa o subgênero, punk, metal, progressivo, qualquer que seja – são muitas. O Rio é rock o ano todo. Operação Verão: ação da PM é lançada neste sábado no Rio, após aprovação judicial Tempo seco: é anunciado fechamento de parques estaduais no Estado do Rio, para focar no combate a incêndios O relato foi feito pelo publicitário e gerente de projetos Rob Alves, que há muito tempo é dedica-se a compilar e programar todos os eventos de rock realizados no estado. Vai desde pequenas apresentações em bares especializados até aquelas realizadas em grandes palcos. Além de organizar os números da turnê, Rob criou uma página no Instagram para divulgar os shows semanalmente. A @agendarockrj já conta com quase 37 mil seguidores. Lifestyle Neste primeiro fim de semana do Rock in Rio, por exemplo, mais de uma centena de eventos estão listados por lá. A maioria são covers e homenagens, mas tem muita gente apostando em seguir o caminho das próprias composições. Eles são responsáveis por mais de 900 shows de norte a sul do Rio em 2024. — A pesquisa serve de insumo para que quem se apresenta saiba onde há mais procura, qual área da cidade tem mais cobertura, qual lugar tem mais originais. E a agenda ajuda o público a encontrar o lugar certo para se divertir — explica Rob, que aposta na consolidação gradual do que chama de Norc, a Nova Onda do Rock Carioca. Definir o que é rocha é uma tarefa difícil. Os conceitos são muitos, mas todos de uma forma ou de outra convergem para a constatação de que ser roqueiro tem a ver com atitude perante a vida, mais do que com um riff de guitarra ou uma batida rápida de bateria. Liberdade, inquietação e energia lá em cima fazem parte da receita que, convenhamos, cai como uma luva (de preferência com o punho cerrado e apenas os dedos indicador e mínimo para cima) para definir também o Rio. No clima Rock, bares da cidade são uma extensão do festival que acontece na Barra Guito Moreto / Agência O Globo Na geografia do rock na cidade, o epicentro é a Praça da Bandeira. Ali, quatro casas — o icônico Garage Grindhouse, O Pecado Mora ao Lado, Duck Walk e Heavy Beer —, juntamente com a produtora Bonde Music, organizaram uma tremenda comemoração do Dia Mundial do Rock, em julho: cem bandas se revezaram em dez palcos , dois deles em plena Rua Ceará, numa maratona de mais de 12 horas de puro rock. Pelos cálculos dos organizadores, seis mil roqueiros bateram cabeça ali durante todo o dia. O sucesso da empreitada levou o grupo a garantir as próximas “100 bandas”, previstas para julho do ano que vem, e outros três eventos em 2025: Carnarock, com estreia do Bloco Sabbath, nos dias de folia; o Viradão do Metal, em junho, e o Festival AfroRock, em comemoração ao Dia da Consciência Negra. — Todos estes eventos serão gratuitos, ao ar livre e os bares também abrirão as portas, promovendo a circulação do público. Tudo isso só foi possível após a mobilização conjunta de produtores, curadores, bares, bandas e principalmente do público que chegou junto — explica André Paumgartten, da Bonde Music. Quando se trata de vibrações rock, o tamanho não importa. Inaugurado há pouco menos de dois anos na Travessa dos Tamoios, no Flamengo, o pequeno Lado B Rock Bar, nascido da inquietação — e paixão mútua pela música — do casal Renata Ribeiro e Roberto Horta, tem mesas na calçada e recebe bandas e DJs regularmente em noites repletas do gênero que ambos amam. — A experiência oferecida aqui é única e complementa outros estabelecimentos da cena carioca. A receptividade vem aumentando entre o público amante do rock, que ficou órfão de lugares com boa música, bom ambiente, boa comida e boas bebidas — aposta Roberto. Outro lugar da cidade que está sempre de braços e ouvidos bem abertos é o Audio Rebel, em Botafogo. No próximo ano, a casa comemorará 20 anos de excelentes serviços prestados à música carioca. — Comecei na cena punk carioca, tinha uma banda chamada River Raid, e logo percebemos que os clubes que existiam não iriam abrir espaço para nós. Então entramos naquela onda do “faça você mesmo”. Este foi o embrião de Rebel. Hoje abrimos o espaço para muita gente boa, de estilos diferentes. No caso do rock, a colheita é boa, surgiram muitas bandas novas, como Texuga, Kliptoria e Trash no Star — diz Pedro Azevedo, sócio-fundador do clube. É na Audio Rebel que Bacalhau — antigo baterista dos Planet Hemp e Autoramas, atualmente na banda de punk rock legalize de Korja — promove há oito anos o Bacafest, que se repetirá no dia 21 com as bandas Prese, NDR e Clava. — Nesses oito anos não repeti bandas. Abraçamos tudo no festival, todos os aspectos. Tem gente legal fazendo música de todos os estilos: punk rock, hardcore, emo, hardcore melódico, metal, do power ao black, passando pelo heavy metal tradicional, cena que nunca parou — confirma Bacalhau. Criado durante a pandemia, a partir da preocupação do músico Pedro Serra, o coletivo Rockarioca reúne 25 bandas (24 fixas e uma rotativa) com um objetivo muito claro: fortalecer a cena rock carioca. O grupo publica uma playlist exclusiva no Spotify e transmite diariamente pequenos programas temáticos via YouTube. — Tem muita coisa acontecendo, às vezes até me surpreende. Muitos artistas novos, muita gente querendo se expressar e se organizando para isso. E tem um público que quer esse tipo de renovação. Rock é um conceito muito amplo, é atitude. O que eu chamo de rock é mais extenso. Elza Soares, por exemplo, pode ser mais rock do que muitos garotos de camisa preta por aí — observa Pedro Serra. Palcos na Lapa Toda segunda quinta-feira do mês, o movimento promove o Rockarioca Convida, com shows no autoproclamado “bar mais fueda da Lapa”: o La Esquina. Na semana passada foi a vez de Nervoso e os Calmantes e Esquadrão Sonzera Total. Bem perto, o Circo Voador, ninho do Brock, o rock nacional surgido no início dos anos 1980, segue firme: — Quando surgiu o circo, em 1982, o rock era tecnologia de ponta em termos de atitude, era o fim da ditadura , O que surgiu foi um movimento de jovens para jovens, que trouxe um enorme potencial de mudança, não era apenas um gênero, começou a ter um significado mais amplo. Nesse sentido, o Circo continua e nunca deixará de ser um espaço roquenrou — analisa o produtor Alexandre Rossi, conhecido como Rolinha, no Circo desde 1989.
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