O que faz uma pessoa ser considerada um influenciador? O Brasil é o primeiro país do mundo em número de influenciadores no Instagram, e o segundo considerando todas as plataformas, atrás apenas dos Estados Unidos. No país, segundo estudo da agência de pesquisas Nielsen, existem dez milhões e meio. Ou seja, um influenciador para cada 20 habitantes. Pode parecer que o critério é apenas o número de seguidores, mas não é tudo.
Rodrigo Azevedo é CEO da agência Influence.me, que também realiza pesquisas na área. Segundo ele, a classificação tem peso no mercado.
‘Pra mim, o influenciador, ele é um cara que tem seguidores engajados, né? Quem segue ele, porque ele publica, ele é criador de conteúdo, ok? Então, na verdade, é outra expressão que também é muito utilizada para influenciadores, eles são criadores de conteúdo. Então, eles são seguidos pelo seu conteúdo, porque o conteúdo deles é um conteúdo que lhes interessa sobre um tema e que pode até gerar influência digital nas decisões de compra, certo? Tem outro indicador além do número de seguidores, que é o engajamento, que é uma métrica que diz o seguinte: a porcentagem de seguidores que aquele cara tem que realmente se envolvem com o conteúdo dele.’
‘A maneira mais simples é a quantidade de seguidores e ter uma classificação para isso. Os influenciadores são classificados por tamanho e, por exemplo: mega, megas são aqueles que possuem mais de um milhão de seguidores. Celebridades são aquelas com mais de 10 milhões de seguidores. Depois você tem as macros, que vão de 500 a um milhão. Você tem micros, certo? Eles vão de cinquenta mil a até duzentos mil seguidores, e tem até nanos, os nanos que são muito pequenos’.
Para Azevedo, uma das explicações para o grande número de influenciadores é que, além dos brasileiros gostarem de boas fofocas, a quantidade de celulares é imensa. Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, o Brasil possui mais de dois dispositivos digitais por habitante. Com 1,2 smartphones por pessoa, totalizando 249 milhões de smartphones em uso no país.
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Com a evolução da profissão de influenciador digital, a concorrência também aumenta e aos poucos vão surgindo cursos de especialização e produtos voltados para esse nicho. Em agosto do ano passado, o Sebrae disponibilizou um kit de influenciadores e, em menos de um ano, quase dez mil materiais foram baixados gratuitamente. Segundo a analista Naira Silva, do Sebrae Rio, o influenciador que está começando é quem mais procura o serviço e os cursos.
‘O kit vem com o objetivo de ajudar o influenciador, principalmente esse perfil de influenciador que procura o Sebrae, que não tem agência, ainda não tem milhões de seguidores, está muito engatinhando… ele precisa pelo menos fazer um trabalho profissional, agora chegar ao mercado de forma mais profissional. Então ele tem um modelo de proposta comercial, tem um modelo de contrato, tem um modelo de mídia kit, tem uma calculadora para pelo menos calcular o preço do seu serviço, e também tem um código de boa conduta, de boas práticas , porque a internet é terra de ninguém’, declarou.
A regulamentação é outro fator impulsionado pelo advento da profissão. O Congresso Nacional tem pelo menos 10 projetos suspensos para regulamentar o trabalho, o que, segundo as propostas, facilitaria a responsabilização pelo conteúdo e também contribuiria para a arrecadação. Mas, segundo o especialista em Direito Digital, Márcio Chaves, dificilmente teriam efeito prático, além disso, outras legislações já abrangem o exercício da profissão.
‘As consequências de um ar, por exemplo, causado por um influenciador que causa danos, que lhe dá orientações erradas porque ele não pode dar essas orientações, que é específico de uma profissão regulamentada, o influenciador não pode dar opinião médica se for não é médico, por exemplo, nem jurídico, se não for advogado. Já temos disposições legais para isso. O exercício irregular da profissão, das profissões regulamentadas. Já temos isso nas leis dessas profissões e até no próprio Código Penal, o Código de Contravenções Penais. Então, um desafio seria aprendermos e conseguirmos separar muito bem o que precisa ser regulamentado do que não é necessário”, relatou.
O advogado diz ainda que um problema comum no campo do direito digital é a quantidade de ações movidas contra influenciadores por postagens patrocinadas, como tem sido visto ultimamente em publicações sobre ‘apostas’, tigrinho e criptomoedas. Segundo ele, caso fique comprovado que o influenciador tinha conhecimento claro dos riscos de fraude, ele poderá ser responsabilizado. No ano passado, aliás, alguns até foram parar no IPC por causa da publicidade.
Mas o que leva os influenciadores a aceitarem estas famosas ‘propagandas’, mesmo tendo consciência da nocividade das apostas, por exemplo? A resposta é simples: eles são milhões. Como diz o CEO da Influence.me.
‘A realidade do dia a dia é uma marca gastar 50 mil, 100 mil reais, 150 em campanha, está começando a ficar bom. Quando aparecem 150 campanhas aqui, já falamos que é um bom orçamento, isso é normal. Agora, quando se trata dessas empresas de apostas, as campanhas ultrapassam um milhão. Não são campanhas que superam muito, são milhões de reais investidos. Aí chega o cara, e ele está acostumado a receber propostas de 3 mil reais, 5 mil reais, 10 mil, e de repente ele tem uma proposta de contrato de longo prazo, seis meses, para ganhar 50 mil reais por mês. mês, alguém, né?’, afirmou Rodrigo Azevedo.
Segundo pesquisa realizada pela agência, o ganho médio de 41% dos influenciadores é de apenas 500 reais por mês. Apenas 8% ganham mais de 10 mil e quem ganha milhões corresponde a menos de 1%.
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