Atleta de ginástica e judô foram os primeiros brasileiros medalhistas de ouro nos Jogos de Paris As ruas francesas viraram um verdadeiro baile de favela com as conquistas de Rebeca Andrade e Beatriz Souza nas Olimpíadas de Paris. E não apenas lá. O Brasil inteiro assistiu com olhar atento e emocionado duas mulheres negras colocando no pescoço o prêmio principal, que representa o sonho de anos e simboliza a esperança de muitas outras meninas e meninos do país que se inspiram nelas: o tão desejado medalha de ouro. Mas, antes do pódio e da glória, Rebeca e Bia compartilham outras semelhanças em suas histórias de superação para chegar ao topo da ginástica artística e do judô. Conheça a história: Rebeca Andrade foi criada pela mãe longe do pai, que chorou ao lembrar da distância em homenagem ‘Fiz ela reconhecer isso’: amiga de Simone Biles cita Rebeca Andrade como a maior ameaça ao americano ao levar Subindo ao pódio e se consagrando como primeira mulher campeã olímpica em provas individuais, entre sorrisos e lágrimas, a judoca movimentou uma legião de pessoas que acreditaram nela até o último segundo da prova que a tornou campeã. Não pela vitória em si, mas por quem ela foi e continua sendo tão importante para chegar lá. Bia lembrou da avó e da mãe, mulheres que lutaram com ela para chegar ao lugar mais alto possível do pódio. Galerias Relacionadas Texto inicial do plugin “Funcionou, aparentemente não virá nos próximos anos (risos). Eu consegui. Funcionou, mãe. Eu consegui. Eu consegui. Foi para a avó. É para avó, mãe. Eu te amo mais do que tudo. Eu te amo. Obrigada”, comemorou a brasileira de 26 anos, em videochamada com Solange Rodrigues Silva Souza. O choro do atleta teve um motivo especial. Ela perdeu a avó dois meses antes dos Jogos. Nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021, a judoca tentou a classificação, mas perdeu a chance para a experiente Maria Suelen Altheman, que acabou sendo sua treinadora no ciclo olímpico de Paris. Enquanto Beatriz Souza se inspirava no pai, o ex-atleta profissional Possidônio José de Souza Neto, que treinava em uma academia de Peruíbe, cidade litorânea de São Paulo, Rebeca vivia uma realidade um pouco diferente. A atleta, que estampou páginas de jornais de todo o mundo e viralizou com a foto representativa onde as ginastas negras norte-americanas Simone Biles e Jordan Chiles — segunda e terceira colocadas no chão — se ajoelham e se curvam diante dela no pódio, tem uma história de superação muito semelhante à de muitos meninos e meninas brasileiros. Galerias Relacionadas Rebeca é filha de mãe solteira e passava pouco tempo com o pai, que saiu de casa, deixando a empregada Dona Rosa para cuidar sozinha dos sete filhos. Rosa contava com a ajuda do filho mais velho para levar Rebeca de bicicleta ou a pé até os treinos, em Guarulhos, na Grande São Paulo, quando ela não tinha dinheiro para dirigir. A orgulhosa matriarca, que viu a filha sair de casa aos 9 anos para investir na carreira, esteve na capital francesa para seguir os passos de Rebeca. Ela conquistou quatro medalhas olímpicas e quebrou o recorde da história do esporte brasileiro. Os dois trocaram um abraço emocionado e apertado após conquistarem o segundo lugar na prova de salto. Bia voltou ao Brasil com medalha de bronze por equipes e outra de ouro na categoria +78kg. Já Rebeca trouxe ouro no solo, prata no individual geral, prata no salto e bronze no coletivo. E, se houvesse dúvidas, as meninas são a cara do Brasil. Eles continuam a inspirar e trazer representação a milhares de outras crianças que sonham em praticar desporto. O atleta, que contou com doações de amigos e parentes para participar dos campeonatos e hoje é sargento do Exército Brasileiro, fez questão de incentivar os futuros judocas do país: “Homens e mulheres negras de todo o mundo, acreditem. . Às vezes pensamos que podemos estar pagando demais, mas vale cada centavo quando alcançamos o que queremos!” Beatriz Souza exibe bronze por equipes e ouro por individual Rafael Bello/COB Assim como Bia, Rebeca também é fruto de projetos sociais onde tiveram a oportunidade de desenvolver seus talentos e poder mudar sua realidade de vida: “Para mim é um uma honra poder conversar, apoiar, incentivar, dizer o quanto o esporte mudou minha vida, e consequentemente fazer com que outras pessoas queiram praticar esporte também. Não apenas a ginástica, mas todos os esportes. Às vezes, descobrimos nosso talento assim. Para mim, é um enorme motivo de orgulho. Estou muito lisonjeado, não foi fácil chegar até aqui, lutei muito, tive que abrir mão de muitas coisas, passar por muitos processos, mas hoje tenho muito orgulho de onde estou’ alcancei e tudo o que represento para o meu país e agora para o mundo”. Rebeca Andrade conquistou mais uma medalha de prata na final individual geral da ginástica artística em Paris Luiza Moraes/COB Após vencer na categoria +78kg no judô, Beatriz Souza garantiu a primeira medalha de ouro para o Brasil em Paris Luis ROBAYO/AFP A brasileira Rebeca Andrade vence a medalha de ouro na ginástica artística feminina de solo Gabriel BOUYS / AFP Saiba mais taboola
taxa de juro para empréstimo consignado
emprestimo simulador online
itaú empréstimo consignado
refinanciamento para representante legal
empréstimo consignado taxas
emprestimo loas bradesco
zap pan
0