Nos primeiros sete meses do ano, casos confirmados de esporotricose no AM superam o total registrado em 2023

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Segundo os números consolidados da FVS, até o mês de julho foram registrados 650 casos, enquanto ao longo de 2023 foram 575 casos. Os casos de esporotricose humana no Amazonas neste ano superam os de 2023 Henrique Souza/Semsa Manaus Os casos de esporotricose humana confirmados nos primeiros sete meses de 2024 já superam o total registrado ao longo do ano passado. Os dados são do último boletim da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinta (FVS-RCP) divulgado nesta terça-feira (30). Cadastre-se no canal g1 AM no WhatsApp Entre 1º de janeiro e 29 de julho deste ano, foram registrados 650 casos de esporotricose humana no Amazonas. Ao longo de 2023, a FVS-RCP registrou 575 casos conforme boletim divulgado em 20 de dezembro daquele ano. Os números apontam para um aumento de 13%. Do total de casos em 2024, 626 foram confirmados em Manaus e 24 casos foram confirmados em outros quatro municípios. Ainda segundo o boletim epidemiológico da FVS-RCP, além de Manaus, o município de Presidente Figueiredo registrou 15 casos da doença, seguido de Barcelos com cinco, Urucurituba com três e Careiro com um caso de esporotricose humana. Até segunda-feira (29), foram notificados 921 casos, 146 foram descartados e não houve mortes pela doença. LEIA TAMBÉM: Em quatro meses, o Amazonas já registrou 336 casos confirmados de esporotricose humana, aponta FVS É preciso colocar gelo em uma lesão? A ciência desaconselha isso, e por boas razões. Enfrentamento No Amazonas, o número de casos confirmados da doença aumentou desde 2022, quando foram confirmados 338 casos. Em relação a 2024, houve um crescimento de 192%. Para combater e monitorar a doença nesse cenário, foi criado um grupo de trabalho com diferentes unidades de saúde e meio ambiente do estado. “A FVS faz parte de um grupo técnico em conjunto com outras instituições de saúde e ambientais onde realiza ações de prevenção e disseminação da doença”, explicou a gerente de vigilância epidemiológica da FVS-RCP, Lilian Furtado. Sobre a esporotricose A esporotricose é uma infecção causada por fungos do gênero Sporothrix, que vivem naturalmente no solo, nas cascas das árvores e na vegetação em decomposição, podendo infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos. A transmissão ao homem ocorre pela implantação do fungo na pele ou mucosa, através do contato com espinhos, palha ou lascas de madeira que estiveram em contato com vegetais em decomposição contaminados pelo fungo. Os animais também podem transmitir a doença aos seres humanos e outros animais através de arranhões, mordidas ou lambidas e através do contato com secreções respiratórias e lesões na pele e mucosas. Em caso de suspeita de esporotricose animal, a orientação é levar o animal ao veterinário com urgência. “Caso as pessoas apresentem sintomas da doença, como nódulos e feridas na pele, serão encaminhadas às unidades de saúde para diagnóstico e controle da doença”, destacou o gestor.



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