Nº de mulheres candidatas às prefeituras da região de Piracicaba cai em 2024: ‘disparidade na política’, analisa especialista

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Este ano, em 11 municípios da região, todos os candidatos a prefeito são homens. Fila para votar na Escola Estadual Prof. Hélio Penteado De Castro em Piracicaba, em 2020 Alessandro Maschio/G1 A região de Piracicaba (SP) teve queda no número de candidatas mulheres a cargos majoritários nas eleições de 2024. Entre os 61 candidatos a prefeitos da região, apenas 8 são mulheres, ou seja, 13%. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mostram que esse índice caiu. Em 2020, entre os 90 candidatos, 13 eram mulheres, representando 14% do total. Entre no canal g1 Piracicaba no WhatsApp Neste ano, em 11 municípios da região, todos os candidatos a prefeito são homens. Em três há igualdade na disputa, ou seja, 50% dos candidatos são mulheres. Nos outros quatro, as mulheres participam, mas são minoria. Em 2020, o número de cidades com apenas candidatos do sexo masculino era dez. Em oito cidades houve participação de mulheres, mas elas também eram minoria. Na disputa de 2020, apenas uma cidade da região elegeu uma candidata mulher: em Iracemápolis (SP), Nelita Michel (PL) teve 37,60% dos votos. Disparidade Segundo a advogada, professora universitária e acadêmica de ciências sociais, Maria Lúcia Bressane Cruz, essa queda mostra que embora houvesse mais mulheres na última eleição, a maioria não foi eleita, o que fez com que o número caísse. Isso, explica ela, ocorre porque há pouco engajamento das próprias mulheres para votar em candidatos. “O número de candidatas a cargos majoritários ainda é baixo porque ainda temos uma grande disparidade na participação das mulheres na política. Se você analisar, por exemplo, quem são os presidentes dos maiores partidos do Brasil, você encontrará muito poucas mulheres. Se você pensar em diretórios estaduais, diretórios municipais, há poucas mulheres no espaço de liderança e isso acaba fazendo com que elas tenham menos visibilidade e menos chance eleitoral”, completa. Segundo Maria Lúcia, falta educação política para que as mulheres votem mais nas mulheres e, assim, para que elas alcancem cargos mais elevados. “Se conseguirmos educar e mostrar, demonstrar a importância de mais mulheres nos conselhos municipais, isso acaba, por implicação, multiplicando as mulheres para deputados estaduais e federais, prefeitura, senado”, argumenta. A advogada explica que é preciso partir dos níveis mais baixos, “sensibilizando e mostrando que as mulheres na política fazem bem à comunidade e à sociedade”. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região D Veja mais novidades da região no g1 Piracicaba



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