Netanyahu diz que Israel deu ‘golpes esmagadores’ em aliados do Irã | Mundo

Netanyahu disse que o país estava preparado e cobraria um “preço alto” por qualquer ataque. E que continua a resistir à manutenção de um cessar-fogo.

Até agora, ninguém assumiu a responsabilidade pelo ataque. O grupo fundamentalista palestino atribuiu o míssil ao governo israelense.

Segundo a imprensa local, Ismail Haniyeh foi morto num ataque aéreo depois de participar na tomada de posse do novo presidente iraniano, esta terça-feira. Outras autoridades estiveram presentes na posse do presidente, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Um comunicado do Hamas disse que o ataque que matou Ismail foi realizado por um míssil disparado contra o quarto onde ele estava hospedado na residência militar em Teerã. Com isso, ele teria sido atingido diretamente pela arma, que era uma espécie de drone. O local onde ele estava foi destruído.

Na manhã desta quarta-feira, o líder supremo do Irão, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu retaliação e afirmou que é responsabilidade de Teerão vingar a morte de Haniyeh. Segundo o The New York Times, Khamenei emitiu uma ordem para o país atacar Israel diretamente.

No cenário internacional, o governo brasileiro divulgou um comunicado no qual “condena veementemente” o assassinato de Haniyeh.

Na nota, o Itamaraty diz que o Brasil repudia o desrespeito à “soberania e integridade territorial do Irã”. E que os actos de violência dificultam ainda mais as possibilidades de uma solução política para o conflito em Gaza, ao impactarem negativamente as negociações que decorriam para um cessar-fogo e a libertação dos reféns.

O porta-voz de segurança do governo dos EUA, John Kirby, disse que os bombardeamentos israelitas “não ajudam” a reduzir as tensões no Médio Oriente, mas não há provas de uma escalada regional “iminente”.

Ainda hoje, o grupo fundamentalista libanês Hezbollah confirmou que um dos comandantes do grupo terrorista foi morto num ataque aéreo israelita em Beirute, capital do Líbano, esta terça-feira.

Os dois ataques aumentam a tensão devido à expansão do conflito em Gaza envolvendo outras nações do Médio Oriente. Também ameaça negociações para um cessar-fogo entre o grupo palestiniano e o governo israelita. Como líder político do Hamas, Ismail Haniyeh participou em rondas de negociações diplomáticas.

O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se de emergência na sequência de um pedido do governo iraniano. O pedido foi apoiado por nações como Rússia, Argélia e China. A reunião começou às 17h, horário de Brasília.