Em nova série da CBN São Paulo, o repórter Daniel Reis percorre os bairros da capital paulista conversando com moradores sobre os problemas de cada região. Nesta quinta-feira, a reportagem circulou na subprefeitura do Butantã para conversar com moradores dos bairros do Butantã, Morumbi, Raposo Tavares, Rio Pequeno e Vila Sônia.
- Eleições 2024: CBN visita seu bairro em São Paulo para saber como poderia ser melhor
Moradores do bairro Raposo Tavares, no Butantã, reclamam que o projeto do governo do Estado de ampliação do trecho urbano da Rodovia Raposo Tavares não beneficiará quem depende do transporte público. Segundo eles, faltam opções de mobilidade.
O projeto “Nova Raposo Tavares” prevê a privatização do trecho urbano da rodovia Raposo Tavares, atualmente sob administração estadual, para ampliação das faixas da rodovia.
Aline Sasahara mora no bairro há 23 anos e critica a priorização dos automóveis.
“Moramos à beira da Raposo Tavares, que é uma rodovia, e o que precisamos é de transporte público de qualidade nesse trecho. E em vez disso, o governo do Estado está impondo um projeto chamado Nova Raposo, que novamente não tem nada, que propõe o ampliação de vias com desapropriação, derrubada de árvores, derrubada de parte do Parque da Previdência, viaduto, túnel, enfim, um projeto antiquado, contrário a tudo que está sendo praticado no resto do mundo”.
O governo do Estado afirma que o projeto Nova Raposo Tavares reduzirá o trânsito no Alto de Pinheiros e no Butantã.
O governador Tarcísio de Freitas defende que as mudanças vão melhorar a fluidez do trânsito e garantir a redução do tempo de viagem.
Na época do anúncio, Tarcísio observou que o desconforto de parte da população era compreensível, mas reforçou que o projeto está muito bem estruturado. O leilão está marcado para novembro deste ano.
Comentando o tema, Rafael Calabria, geógrafo e especialista em mobilidade urbana pela USP, afirma que a prefeitura e o governo do Estado poderiam aproveitar a largura da rodovia para diminuir o congestionamento na região, oferecendo transporte público.
Ele citou alternativas que priorizem o transporte público, como corredores de ônibus ou VLT, seriam mais adequadas do que aumentar ainda mais a largura das vias para automóveis.
O transporte público é deficiente
A subprefeitura é atendida pelas estações da Linha 4-Amarela do metrô. Há também faixa de ônibus na Avenida Francisco Morato e faixas exclusivas para ônibus em avenidas como Eliseu de Almeida, Corifeu de Azevedo Marques e Jaguaré.
Mas, na verdade, a maioria dos bairros fica desassistida em termos de mobilidade. As pessoas acabam morando longe do transporte público de massa, principalmente nos bairros Rio Pequeno e Raposo Tavares.
Desigualdade chama atenção
A subprefeitura do Butantã possui mais de 450 mil habitantes. No bairro do Butantã fica a USP, uma das principais universidades da América Latina. No Morumbi fica o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado.
Mas nesta região também há uma grande desigualdade, com áreas nobres e, ao mesmo tempo, bairros com muita gente vivendo em favelas.
Na Vila Sônia, mais de 22% dos moradores moram em favelas. No Rio Pequeno esse percentual é de 20%. E no Morumbi quase 15%.
A insegurança é citada por Neuza Pereira, moradora da Vila Sônia. Ela citou a rua Dr. José Maria Whitaker como um dos locais onde há muitos assaltos e pouca polícia.
simulador de emprestimo itau consignado
quando vai ser liberado o empréstimo consignado 2023
emprestimo consignado banco pan
bancos que compram dívidas
empréstimo consignado não foi descontado em folha
banco pan empréstimo telefone
empréstimo para servidor público municipal