O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União solicitou mais uma vez a suspensão do processo de adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal. Desta vez, a entidade cita que o aumento de quase 300% nos salários do governador Romeu Zema, do Novo e de outros gestores é um obstáculo à adesão. Na semana passada, o MP já havia questionado o pagamento de jetons a secretários como impedimento para adesão ao RRF.
Em nova representação, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu mais uma vez ao Tribunal a suspensão do processo de habilitação de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal. Desta vez, o MP aponta que os reajustes de quase 300% nos salários do governador de Minas, Romeu Zema, Novo, do vice Mateus Simões e dos secretários inviabilizam a adesão ao RRF.
Segundo a representação, assinada pelo vice-procurador-geral Lucas Rocha Furtado, no caso de Zema, o reajuste levou os salários mensais do governador de R$ 10,5 mil para R$ 37,5 mil, em maio de 2023. Em contrapartida, o estado concedeu um aumento de apenas 4,62% nos salários do restante dos servidores públicos do estado.
O subprocurador destaca ainda que o RRF limita a concessão de aumentos salariais à recomposição da inflação e, portanto, tal reajuste fere o princípio da “moralidade administrativa”.
Além disso, segundo o documento, essa medida tem alto efeito cascata nas contas públicas, uma vez que Minas já tem uma dívida de cerca de R$ 165 bilhões. Por fim, o MP das Contas destacou que o Ministério da Fazenda já apontou que esse aumento pode ser um obstáculo para a ratificação da adesão de Minas Gerais ao RRF.
Portanto, a recomendação é que o Tesouro Nacional suspenda a habilitação de Minas e os benefícios atualmente oferecidos ao estado para pagar a dívida, até que cesse o reajuste salarial de 300% de Zema e demais agentes públicos e enquanto o Plenário do TCU não analise o caso .
Na semana passada, o Ministério Público do Tribunal de Contas da União já havia solicitado a suspensão, mas usou como justificativa o pagamento de jetons a secretários estaduais. Neste caso, o órgão questionou o facto de os prémios adicionais pagos pelo desempenho dos dirigentes em órgãos de administração de empresas públicas, autarquias e sociedades de economia mista serem também um entrave ao RRF.
A CBN entrou em contato com o governo de Minas e aguarda posicionamento sobre essa nova recomendação.
Atualmente, o projeto de lei de adesão de Minas Gerais ao RRF está paralisado na Assembleia Legislativa do Estado, enquanto o STF decide pela prorrogação do prazo para Minas pagar a dívida com a União. Ao mesmo tempo, governo e deputados aguardam a aprovação do Propag, novo programa de renegociação de dívidas, que tramita no Senado e que oferece melhores condições de pagamento.
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