:strip_icc()/s01.video.glbimg.com/x720/12900272.jpg?w=1200&resize=1200,675&ssl=1 "Moradores fazem mutirão para alimentar animais silvestres vítimas de incêndio na Serra dos Cocais")
Acompanhado de uma bióloga, o grupo distribui alimentos na Pedra do Urubu para ajudar mamíferos, aves e outras espécies impactadas pelas chamas em Valinhos (SP). Moradores unem forças para alimentar animais silvestres vítimas do incêndio em Valinhos Um grupo de moradores de Valinhos (SP) se reuniu na tarde desta sexta-feira (6) para alimentar animais silvestres vítimas do incêndio que assola a Serra dos Cocais desde o final de semana, e que levou a prefeitura a declarar estado de emergência na quarta-feira (4). Participe do canal g1 Campinas no WhatsApp A operação aconteceu com a ajuda do biólogo Fábio Motta, pesquisador que já mapeou a fauna da Serra dos Cocais e possui registros detalhados das espécies que ali vivem. Com base nessas informações, foram coletadas e distribuídas carnes e frutas na região da Pedra do Urubu. “É uma ação emergencial que só usaríamos nesse tipo de caso. É uma ação que precisamos tomar para evitar que percamos mais animais ameaçados de extinção”, explica o biólogo. Moradores de Valinhos se unem para alimentar animais silvestres vítimas de incêndio na Serra dos Cocais Reprodução/EPTV Caso extremo O grupo se reuniu na região do Bairro Frutal, vindo de diversos pontos do município para levar os alimentos para a mata. Com todos reunidos, dirigiram-se, carregados de alimentos, para um trilho onde o verde dava lugar à desolação das cinzas do fogo. Em condições normais, Motta explica que não é recomendado alimentar animais silvestres, mas este é um caso extremo e a ação pode impedir que os animais desçam para a cidade ou para as rodovias que circundam as montanhas. Participaram voluntários de todas as idades, como os irmãos Júlia e João Pedro Galhardo, de 6 e 11 anos. Os filhos contam que fizeram questão de vir com o pai e fazer parte deste esforço para “ajudar na reconstrução da natureza”. Moradores de Valinhos se unem para alimentar animais silvestres vítimas de incêndio na Serra dos Cocais Reprodução/EPTV A bióloga explica que, para evitar a interação de carnívoros e herbívoros, as carnes e frutas foram espalhadas em locais diferentes. Em alguns pontos foram instaladas câmeras fotográficas para monitorar o comportamento dos animais. As câmeras também ajudam a entender se os alimentos, quantidades e locais escolhidos são os mais corretos, ajudando a direcionar ações futuras que podem ocorrer em mutirões, ou em grupos menores. “Todo o ecossistema foi abalado por este incêndio”, lamenta o biólogo. Voluntário fala sobre combate ao incêndio na Serra dos Cocais, em Valinhos Voluntário ajuda no combate ao incêndio Longe após inalar fumaça, Bryan Gouveia, voluntário no combate aos incêndios florestais na Serra dos Cocais, lembra de um “cenário de destruição”. As chamas que assolam a região desde o último fim de semana levaram a prefeitura a declarar situação de emergência. “Estávamos lá combatendo o incêndio, estávamos no furacão. E eu me lembro de ficar assim e cada passo era um animal morto, era um cachorro selvagem, era um pássaro. É um cenário de destruição, é muito triste”, relatou o voluntário. Gouveia passou seis dias ajudando no combate aos incêndios, mas teve que interromper o trabalho na quinta-feira (5) para procurar atendimento médico por causa da fumaça. histórico de problemas respiratórios e pulmão afetado Voluntário fala sobre combate ao incêndio na Serra dos Cocais “cada passo era um animal morto” Bryan Gouveia/Arquivo pessoal Investigação policial O incêndio na Serra dos Cocais ocorre próximo ao bairro rural Sítios Frutal. Imagens captadas pela EPTV, afiliada da TV Globo, nesta quarta-feira (4), mostram extensa coluna de fogo por toda a floresta LEIA TAMBÉM: VÍDEO: incêndios atingem pelo menos três áreas florestais e mobilizam Corpo de Bombeiros em Campinas Qualidade do ar piora em 4. horas e Campinas atinge categoria ‘muito ruim’ pela primeira vez em 2024 O incêndio começou no fim de semana e foi contido na segunda-feira (2), porém, um dia depois, as chamas retornaram à prefeitura, soldados do Exército também devem prestar atendimento. o combate. A Polícia Civil vai investigar se o incêndio foi criminoso. Os moradores tiveram que construir barricadas para evitar que as chamas chegassem às suas casas. Até a publicação, ninguém ficou ferido. “É muito perto de casa, aqui venta muito, faz muito calor e é seco e o vento espalha o fogo. Eu abria a janela do quarto e via tudo verde, lindo, agora tem fogo e tudo vai ficar preto. tinha muitos animais, é uma área de preservação, então a gente sofre, mas a natureza sofre mais”, disse a moradora Jamile Souza. VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e região Veja mais novidades da região no g1 Campinas
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