A médica Eny Aires diz estar indignada com a situação, pois não conhece o suspeito e muito menos a vítima. O uso indevido do nome e do registro profissional do médico foi denunciado à Polícia Civil. Grazielly da Silva Barbosa e a prescrição dada pela clínica onde trabalhava, em Goiânia Reprodução/Globo A médica Eny Aires atendeu um paciente em estado grave na sala vermelha de uma UPA, em Goiânia, quando descobriu que seu nome e profissional Cadastro eles estavam sendo utilizados indevidamente por Grazielly Barbosa, empresária presa após a morte da influenciadora Aline Maria Ferreira, 33, durante um procedimento estético. “Eu estava na sala vermelha com um paciente grave, na UPA de plantão. Não conheço o impostor, nem a vítima. Sinto muito pela vítima. Minha vida é salvar vidas mesmo eu colocando a minha em risco”, lamentou Eny. Clique e acompanhe o canal g1 GO no WhatsApp Grazielly foi presa pela Polícia Civil na quarta-feira (3) e sua clínica de estética, chamada Ame-se, foi fechada pela Vigilância Sanitária por não ter alvará de funcionamento ou responsável técnico. A vítima passou por procedimento para alargar o bumbum com a mulher investigada e morreu quase uma semana depois; entenda a morte abaixo. Grazielly se apresentou como médica biomédica, mas, à polícia, explicou que só estudou medicina por três semestres no Paraguai, além de fazer cursos gratuitos na área. Segundo a delegada Débora Melo, ela não apresentou nenhum certificado comprovando a conclusão desses cursos. E portanto, parece que ela não tem competência para atuar na área. O advogado Thiago Hauscar afirmou que a defesa de Grazielly Barbosa estuda o processo para decidir os próximos passos em relação aos pedidos de audiência. Além disso, o advogado manifestou solidariedade à família de Aline. MAIS SOBRE O CASO: PRISÃO: Dono de clínica é preso após influenciador passar por procedimento estético e morrer INTERDIÇÃO: Clínica é fechada após influenciador passar por procedimento estético e morrer, diz Vigilância Sanitária R$ 3 MIL: Influenciador que morreu após procedimento pagou R$ 3 mil para aumentar o bumbum, diz delegada SEM COMPETÊNCIA: Dona de clínica se apresentou como biomédica, mas só estudou medicina por três semestres no Paraguai Receitas erradas Em entrevista ao g1, a verdadeira médica relatou que não costuma acompanhar notícias e, portanto, não conhece a fundo o caso. Ela afirma que o marido chegou a comentar com ela sobre a situação, lamentando mais um caso de morte por procedimentos estéticos, mas nunca imaginou que ela pudesse estar envolvida na situação. Eny registrou boletim de ocorrência contra Grazielly após descobrir o caso. Seu nome e registro profissional foram alterados pelo investigado, na tentativa de dificultar a descoberta da fraude. Os medicamentos foram prescritos e escritos incorretamente. O carimbo foi mostrado pela médica Eny para mostrar os dados corretos. Receitas com dados de Eny Aires foram utilizadas pela clínica de Grazielly da Silva Barbosa, presa após a morte da influenciadora; Reprodução/Globo Veja como estavam escritos os nomes dos medicamentos e a grafia correta: Amoxilina (incorreto) – Amoxicilina (correto) Xarelton (incorreto) – Xarelto (correto) Nebacetim (incorreto) – Nebacetina (correto) “Os medicamentos foram prescritos errados Primeiramente , nem tudo está escrito com caneta vermelha. [estava] horrível, toda a receita dela estava errada. Era para matar, porque não existe princípio de remédio”, disse o médico. “O Toragesic não é indicado em miligramas. A amoxicilina seria 500 mg a cada 8 horas e não é um bom antibiótico para esse tipo de procedimento. Nenhum bom médico receitaria esse medicamento para isso, imagino”, explicou Eny. Suspeito investigado por quatro crimes Segundo a delegada Débora Melo, Grazielly é investigada por crimes contra as relações de consumo, por ter mentido sobre suas qualificações, induzindo pacientes ao erro por não fornecer informações adequadas sobre os procedimentos realizados e, ainda, por não explicar os riscos que envolvem a aplicação do polimetilmetacrilato, substância plástica conhecida pela sigla PMMA. Além disso, Grazielly também é investigada por praticar medicina ilegalmente e realizar uma investigação. serviço altamente perigoso Segundo o delegado, a empresária não confirmou ter usado PMMA no influenciador, tendo mudado algumas vezes a versão “Às vezes ela (Grazielly) dizia que era PMMA, outras vezes dizia que era PMMA. bioestimulador. Por isso os objetos que apreendemos serão examinados para confirmar qual substância foi efetivamente utilizada. Mas, segundo relatos de testemunhas, tratava-se mesmo de polimetilmetacrilato. A influenciadora Aline Maria Ferreira morreu após passar por uma cirurgia estética. Reprodução/Redes Sociais Paralelamente, foi aberta outra investigação sobre a possível lesão corporal seguida da morte da influenciadora Aline Maria. O delegado aguarda a conclusão de laudo pericial que indicará se o preenchimento da bunda teve ou não relação com a morte do influenciador. R$ 3 mil para aumentar bumbum A Polícia Civil investiga se a chamada “bioplastia de bumbum” foi realizada ou não com aplicação de polimetilmetacrilato, substância plástica conhecida pela sigla PMMA, considerada de risco máximo. Marcelo Sampaio, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explicou ao g1 que bioplastia bumbum é o nome comercial do preenchimento de glúteos com material inabsorvível. Na área estética é conhecida como “cirurgia plástica sem bisturi”, pois estimula a produção de colágeno apenas com a injeção do preenchedor. Dessa forma, o bumbum fica bem contornado, volumoso e alegre. Durante as buscas na clínica, a polícia não encontrou contratos de serviços, prontuários ou qualquer documento que registrasse a entrevista com os pacientes. Isso, segundo a polícia, indica que não houve verificação se Aline apresentava alguma condição de risco. Esta etapa deve ser a primeira a ser realizada antes de realizar qualquer procedimento. No dia do procedimento, segundo o delegado, a região do bumbum da influenciadora foi limpa e depois Grazielly marcou onde seria aplicado o produto. O marido da influenciadora, que acompanhou o procedimento, conta que foram aplicados 30ml de PMMA em cada nádega. “Limpe a área, marque onde será aplicado e aplique o produto. Parece muito simples, o problema são os efeitos adversos”, disse o delegado. Clínica Ame-se, localizada em Goiânia, Goiás Divulgação/Polícia Civil Segundo uma testemunha, deveriam ter sido realizadas três sessões de aplicação do produto, mas o influenciador faleceu após a primeira sessão. Ela pagou R$ 3 mil. A morte da influenciadora Aline veio de Brasília para Goiânia e passou pelo procedimento no dia 23 de junho. O marido da influenciadora contou à polícia que a cirurgia foi rápida e eles voltaram para Brasília no mesmo dia, com Aline aparentando estar bem, apesar de já sentir muitas dores. Com o passar dos dias, segundo o delegado, as dores não diminuíram e a influenciadora começou a sentir fraqueza e febre. À polícia, o marido afirma ter contactado a clínica, que explicou que a reação “foi normal” e que Aline “deveria tomar remédio para a febre”. Mesmo medicada, a influenciadora continuou com febre e, na quarta-feira (26), começou a sentir dores na barriga. Na quinta-feira (27), Aline piorou e desmaiou. O marido a levou ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde ela permaneceu por um dia, pois a unidade não possuía Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Depois, Aline foi transferida para um hospital particular da Asa Sul. Lá, ela precisou ser entubada na UTI e teve duas paradas cardíacas. Ela morreu na terça-feira (2). . Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
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