O líder da oposição afirmou que não reconhece a decisão do órgão que controla as eleições no país, que declarou Maduro vencedor das eleições realizadas no domingo. Nicolás Maduro vence eleições na Venezuela A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, afirmou que não reconhece a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano de declarar Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais. “Queremos dizer ao mundo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González Urrutia”, disse Machado. Num discurso em Caracas, o oposicionista afirmou que ‘ganhámos e todos sabem’, mencionando que as sondagens internas da campanha de González indicavam a vitória da oposição com ampla margem em relação a Maduro. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) afirmou que Nicolás Maduro foi o vencedor das eleições realizadas neste domingo (28) com 51,2% dos votos e 80% dos votos apurados. A oposição ainda não se manifestou. os resultados foram divulgados no mesmo dia da eleição, horário de Brasília) e em meio a reclamações da oposição sobre irregularidades na apuração dos votos por parte da oposição, que pediu a seus apoiadores que fizessem vigília nos locais de votação e facilitassem a contagem paralela dos votos . Antes do anúncio feito pela CNE, tanto a oposição como o governo manifestaram optimismo com os resultados. González afirmou que “os resultados são inconcebíveis” e que “o país escolheu uma mudança pela paz”, Maduro não comentou. Os aliados, porém, indicaram que acreditavam na vitória do presidente. “”Não podemos dar resultados, mas podemos dar rostos”, disse Jorge Rodríguez, coordenador da campanha de Maduro, apontando o dedo para seu rosto e sorrindo. Os países exigiram transparência e respeito pelos resultados Durante a espera pela divulgação dos resultados, organizações internacionais os líderes exigiram transparência e respeito pelos resultados. A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou que “a vontade do povo venezuelano deve ser respeitada” e o subsecretário americano para a América Latina, Brian Nichols, disse que cabe a isso. as autoridades eleitorais “para garantir a transparência dos resultados e o acesso de todos os partidos políticos e da sociedade civil à contagem” dos votos. O presidente chileno, Gabriel Boric, afirmou que “a entrega dos resultados desta eleição transcendental para a Venezuela deve ser transparente, oportuna e refletir plenamente a vontade popular expressa nas urnas”. Celso Amorim, assessor especial de Lula para assuntos internacionais, disse esperar que o resultado seja respeitado por todos os candidatos. O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que os venezuelanos “optaram por acabar com a ditadura comunista de Nicolás Maduro”. Em resposta, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, disse que o governo obteve uma “vitória esmagadora”. Votação teve longas filas e clima tranquilo Apesar do clima tenso – a eleição de 2024 foi considerada a mais desafiadora para o chavismo em seus 25 anos – a votação ocorreu sem grandes episódios de violência. Havia longas filas em vários locais de votação. O horário oficial de votação foi das 7h às 19h, mas os eleitores que ficaram na fila após o término do horário de votação. Maduro votou no início do dia e disse que reconheceria os resultados oficiais. González votou pouco depois das 14h, e afirmou acreditar que as Forças Armadas respeitariam os votos. “Reconheço e reconhecerei o árbitro eleitoral, as cédulas oficiais e garantirei que sejam respeitadas”, disse Maduro aos repórteres após deixar o local de votação. “A comunidade internacional da qual faz parte o nosso país Chile não aceitaria outra coisa”, garante Boric. Neste período, representantes de vários países exigiram transparência na divulgação dos dados e em 2018, o presidente Nicolás Maduro recebeu 6.248.864 votos, sendo eleito com 67,85% dos votos válidos. A votação contou com a participação de 46% do eleitorado. Os resultados foram contestados pela oposição e entidades internacionais. Maduro entrou na disputa num contexto de profunda crise económica e humanitária na Venezuela. Em 10 anos, o Produto Interno Bruto (PIB) venezuelano caiu 80%, levando mais de 7 milhões de pessoas a deixar o país. Pela manhã, após a votação, Maduro afirmou que reconheceria o árbitro eleitoral e garantiria que os resultados fossem respeitados. Em 17 de julho, declarou que o país poderia enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” se não fosse reeleito. Por sua vez, ao deixar o local de votação, González disse acreditar que as Forças Armadas Venezuelanas respeitariam o resultado. Ele foi escolhido para liderar a chapa depois que as opositoras María Corina Machado e Corina Yoris foram impedidas de concorrer pelo regime de Maduro. Filas, mas sem grandes episódios de confusão O dia foi marcado por longas filas em algumas assembleias de voto. Os pontos de votação deveriam abrir às 6h no horário local (7h no horário de Brasília), mas, cerca de 2h40 depois, 5% deles ainda não haviam sido abertos, segundo a CNE. Num ponto de votação em Caracas, houve confusão com empurrões e empurrões na fila de eleitores antes da abertura dos portões. “Não nos deixam entrar, por quê? Queremos votar, queremos ser uma nação venezuelana livre e não chavista ou madurista, para que estejamos todos juntos”, disse o eleitor Oscar Marquina, segundo a Reuters. No mesmo local, a polícia impediu mesmo a entrada de pelo menos oito representantes de partidos autorizados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, noticiou a agência noticiosa AP. VÍDEO: Confusão entre eleitores venezuelanos Voluntários de partidos de oposição e pró-governo enfrentam seguranças que exigem entrada no centro eleitoral Andrés Bello, em Caracas, Venezuela, 28 de julho de 2024 Reuters/Leonardo Fernandez Viloria Eleições na Venezuela Juan Silva/g1
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