A chamada ‘máfia das creches’ em São Paulo movimentou quase um bilhão e meio de reais entre 2016 e 2020, segundo investigação da Polícia Federal. Os investigadores descobriram que um dos grupos de empresas associadas ao esquema movimentou, entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2020, R$ 1 bilhão, e um segundo grupo movimentou outros R$ 466 milhões.
A longa investigação resultou, esta semana, no indiciamento de mais de cento e dez suspeitos de desvio de dinheiro da educação infantil na Prefeitura de São Paulo. Além de concluir que houve desvio de recursos, a PF manteve aberto inquérito para apurar o possível envolvimento do atual prefeito da capital, Ricardo Nunes.
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Segundo a investigação, o alegado esquema operava com uma complexa rede de organizações sociais, escritórios de contabilidade e ‘noteiras’, que são empresas de fachada especializadas na emissão de faturas frias.
Trinta e seis organizações sociais estavam envolvidas no suposto esquema e administravam 152 creches. Destes, 112 tiveram contas fraudadas pelo grupo, com base na investigação.
Além dos cinco escritórios de contabilidade, a máfia das creches também contava com oito empresas ‘cartoriais’.
Segundo a PF, um dos principais ‘notadores’ transferiu mais de um milhão de reais para a Associação Amiga da Criança e do Adolescente, a Acria, dirigida por um funcionário da empresa familiar de Nunes, além de transferir R$ 20 mil à Nikkey Serviços, empresa que estava registrada em nome da esposa e da filha do Prefeito Ricardo Nunes.
Esse principal ‘cartório’ também teria repassado mais de R$ 11 mil a Nunes, por meio de dois cheques. O prefeito Ricardo Nunes já negou que os pagamentos fossem ilegais e prestou depoimento à PF.
A PF suspeita que o prefeito, quando ainda era vereador, tenha participado do esquema por meio da empresa de controle de pragas de sua família.
Um dia após a conclusão da investigação, o prefeito Ricardo Nunes rejeitou qualquer irregularidade.
‘É um processo que está em investigação desde 2019 ou 20, se não me engano, pediram-me alguns esclarecimentos, acho que é muito importante, quem é figura pública tem sempre que prestar esclarecimentos, acho que isso é fundamental, dei todos os esclarecimentos a eles, nunca tive nenhum indiciamento, não tenho nenhum caso, nenhuma condenação, então temos uma pessoa que está indiciada, uma pessoa que já foi indiciada, que tem uma questão muito forte em relação à prática de ilegalidades, querendo actuar num processo eleitoral de uma forma completamente justa’.
Seu gabinete também se posicionou afirmando que o inquérito da PF começou em 2019, foi concluído dois meses antes da eleição, e que o prefeito não foi indiciado. A CBN pediu um novo cargo ao prefeito e aguarda feedback.
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