Fundador do WikiLeaks, Julian Assange fez acordo com os EUA e saiu da prisão no Reino Unido. Ele se declarará culpado das acusações de espionagem, mas já cumpriu pena. Julian Assange chegou durante escala em Bangkok Reprodução/WikiLeaks O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta terça-feira (25), nas redes sociais, a libertação do fundador do WikiLeaks, Julian Assange. “O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias de prisão. A sua libertação e o regresso a casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e a luta pela liberdade de imprensa”, escreveu. Assange deixou a prisão no Reino Unido nesta segunda-feira (24) após chegar a um acordo com a Justiça dos Estados Unidos para se declarar culpado das acusações de espionagem. Como o tempo de sua pena já havia sido cumprido em “prisão preventiva”, ele foi libertado. Quem é Julian Assange e o que é o WikiLeaks? Entenda a polêmica em torno do vazamento de documentos secretos dos EUA Assange pedirá perdão ao governo dos EUA e será um ‘homem livre’, diz a esposa Lula defendeu Julian Assange em declarações públicas desde 2010, quando o WikiLeaks começou a divulgar documentos secretos do governo e o fundador foi preso. Nos últimos anos, o presidente criticou diversas vezes a prisão de Assange, que ficou detido durante 1.901 dias. No terceiro mandato, em 2023, citou o caso em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, por exemplo. Julian Assange sai da prisão no Reino Unido Confissão, libertação e volta para casa Julian Assange trocou o Reino Unido pelos Estados Unidos, onde se declarará culpado de violação da lei de espionagem dos EUA, segundo documento emitido pela Justiça norte-americana. Assange enfrentará uma acusação criminal – de conspiração para obter e divulgar documentos confidenciais de defesa nacional dos EUA – em uma audiência nas Ilhas Marianas do Norte às 20h, horário de Brasília, na terça-feira. Na audiência, o fundador do WikiLeaks deverá ser condenado a 62 meses de prisão – tempo que já cumpriu no Reino Unido. Após se declarar culpado e passar na audiência, Assange será oficialmente libertado e deverá retornar à Austrália, país do qual é cidadão. Os EUA queriam julgar Assange por ter vazado 700 mil documentos confidenciais desde 2010 sobre atividades militares e diplomáticas americanas, principalmente no Iraque e no Afeganistão. Se fosse extraditado para os EUA, poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.
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