Fernando Machado Paropat, André Marcelo Strogenski e Rogério Barbosa de Sousa e Silva, ambos de Porto Seguro, foram alvos de decisão unânime da Justiça baiana. Juízes baianos são investigados por venda de penas Grilagem de terras, corrupção e agiotagem estão na lista de crimes destacados na decisão que levou ao afastamento de três juízes em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia. Os magistrados foram alvo de decisão unânime do Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a pedido da Inspetoria-Geral da instituição. Associada à acusação de grilagem de terras, a investigação apontou a aquisição de terrenos por partes dos desembargadores destituídos, que teriam unido forças em um investimento imobiliário de alto padrão, razão pela qual foram chamados de “Justiça”. Liga” por funcionários do cartório. Veja abaixo o que se sabe sobre o caso: Quem são os investigados? O que a investigação mostrou? Como foi possível fazer o esquema funcionar? Como o grupo sobrepôs as matrículas? O que dizem os investigados? 1. Quem são os investigados? Juízes foram afastados das atividades Reprodução/Fantástico Fernando Machado Paropat, titular da 1ª Vara de Fatos Relativos às Relações de Consumo, Registros Civis, Comerciais e Públicos; Rogério Barbosa de Sousa e Silva, titular da Vara da Infância e da Juventude e Execução de Medidas Socioeducativas; André Marcelo Strogenski, titular da 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais. 2. O que a investigação mostrou? A investigação afirma que houve associação entre os juízes com um promotor, advogados, empresários e um secretário municipal de Obras num esquema de grilagem de terras que permitiu aos juízes se tornarem proprietários de ativos imobiliários milionários. Segundo o inquérito, 101 matrículas de casas e terrenos em praias paradisíacas do Sul da Bahia estão em nome dos desembargadores. Para a Corregedoria, a movimentação financeira das transações de compra e venda de imóveis sugere que os valores estão acima do razoável para quem só teria rendimentos com os salários dos juízes. NOTÍCIAS: faça parte do canal g1BA no WhatsApp Sede do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em Salvador Alan Oliveira/G1 3. Como foi possível fazer o esquema funcionar? Segundo a Corregedoria, o esquema só foi possível porque os empresários tinham controle do Cartório de Registro de Imóveis de Porto Seguro e conseguiram emitir documentos fraudulentos. Em alguns atos, apareciam como proprietários de áreas que já tinham dono. Fernando Paropat foi responsável pela supervisão das atividades do local durante 13 anos. Para a Corregedoria, há indícios de corrupção. 4. Como o grupo sobrepôs as matrículas? O grupo criou sobreposições cadastrais, que na prática podem ser consideradas as “certidões de nascimento” de um imóvel. Os investigados registraram diversas placas em seus nomes, inclusive do condomínio de luxo Costa Verde, que está em construção e onde nasceu o apelido de “Liga da Justiça”. Foi lá que os juízes Fernando Paropat e Rogério Barbosa, além do promotor Wallace Carvalho, também afastado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), e um advogado investiram em um projeto com área de 60 mil quadrados metros e 76 lotes. Segundo a Corregedoria, cada um dos magistrados tinha oito. Outro indício de irregularidades foi a identificação de uma das áreas públicas com “mancha cadastral significativa”, ou seja, manchas. A titularidade do terreno era dos pais de um magistrado punido com aposentadoria compulsória, justamente por sua atuação em processos imobiliários. André Strogenski e Fernando Paropat também possuem um empreendimento de luxo na praia do Espelho, em Trancoso, considerado um dos mais bonitos do Brasil. A investigação revelou que os magistrados não tinham interesses apenas no setor empresarial. Durante as investigações, a Corregedoria descobriu que os juízes atuavam como agiotas, atividade incompatível com seus cargos. LEIA MAIS PF e MP realizam operação contra investigados por lavagem de dinheiro e associação criminosa na Bahia Operação Faroeste: juiz vira réu por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na Bahia Grileiros voltam a atacar indígenas Pataxó no sul da Bahia; Secretaria de Justiça da Bahia acompanha o caso O que dizem os envolvidos? Ao Fantástico, programa da TV Globo que noticiou o assunto neste domingo (25), a defesa do juiz Fernando Paropat disse que a notícia sobre o caso contém informações prematuras e inverídicas, e que qualquer conclusão no procedimento preliminar será apenas especulação. irresponsável. Segundo a defesa, os fatos mencionados nunca foram praticados pelo juiz. Ele também repudiou “conclusões indevidas e frívolas baseadas em investigações em andamento”. A defesa do juiz Rogério Barbosa afirmou que seu afastamento não se deu por fato ligado ao exercício do poder judiciário e que ele nunca atuou em processos imobiliários na Justiça Cível de Porto Seguro. A nota dizia que o terreno do juiz não faz parte da “Liga da Justiça” e que ninguém o acusou de praticar agiotagem. A defesa de Henrique Daumas Nolasco afirmou que este não praticou quaisquer atos ligados aos supostos ilícitos investigados, que é inocente e prestou depoimento à Corregedoria como testemunha. As defesas do juiz André Strogenski, do promotor Wallace Carvalho e de representantes do projeto Arraial Costa Verde não foram identificadas. Entenda a grilagem de terras O que é grilagem de terras, uma prática comum no Cerrado brasileiro Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista vídeos do g1 e da TV Bahia
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