A Justiça determinou que o Governo de Goiás elabore, no prazo de 180 dias, um plano piloto para reduzir o número de mortes causadas pela polícia em Anápolis, cidade a 55 km de Goiânia. Entre as medidas obrigatórias está o uso de câmeras nos uniformes dos policiais militares.
Em nota, a Procuradoria-Geral da República do Estado de Goiás (PGE) disse que “ainda não foi formalmente convocada”, mas que, em momento oportuno, tomará as medidas cabíveis e recorrerá da recente decisão.
A decisão foi publicada nesta terça-feira (3) e foi assinada por Gabriel Consigliero Lessa. Ao justificar a determinação, afirmou que a presença de câmeras pode prevenir comportamentos abusivos dos policiais, bem como comportamentos agressivos dos cidadãos, promovendo uma cultura de respeito mútuo e responsabilização.
“A utilização de câmaras corporais é uma medida importante para a melhoria da política de segurança pública, dado que a câmara tem uma dupla função de garantia, nomeadamente, para os cidadãos, ao coibir abusos e desvios de conduta por parte dos agentes de segurança, e para a polícia, ao proteger contra acusações inverídicas sobre o uso da força nas paradas”, avaliou.
Conforme determina a decisão, o plano de estudo piloto deve conter medidas objetivas, mas não precisa ter data para sua implementação.
MP recomenda que PMs usem câmeras em uniformes e carros, em Anápolis
Esta ação civil pública foi proposta pelo Ministério Público de Goiás em agosto do ano passado. Entre as justificativas apresentadas pelos procuradores estão dados que revelam que os índices de mortalidade por confrontos policiais em Anápolis representam 42,4% do total de ocorrências desse tipo no Estado, entre os anos de 2020 e 2022.
Os promotores também mencionam a redução significativa, de até 60%, no uso da força por agentes de segurança em estados que adotaram câmeras uniformes, como Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.
Trata-se de uma decisão parcial de mérito, que resolve definitivamente parte das questões ou solicitações apresentadas no processo, mas sem encerrá-lo como um todo. Esse tipo de decisão acontece quando o juiz entende que uma ou mais questões do processo estão maduras para julgamento, ou seja, já existem elementos suficientes para decidir sobre esses pontos, mesmo que outras questões ainda dependam de mais provas ou etapas processuais.
Neste caso, por exemplo, o juiz entendeu que, com base nos elementos já apresentados, era possível decidir imediatamente sobre esta parte do pedido, enquanto outras questões ainda podem estar pendentes de novas provas ou debate.
Mas a PGE afirma que, em abril de 2023, obteve a suspensão da liminar relacionado ao tema, o que foi confirmado pelo presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, desembargador Carlos Alberto França. Segundo o órgão, essa suspensão deverá vigorar até que a decisão sobre o mérito da ação principal transite em julgado.
Pleno da Procuradoria-Geral da República de Goiás
Atendendo à demanda, a PGE-GO, na qualidade de representante judicial do Estado de Goiás, esclarece que ainda não foi formalmente citada. No momento oportuno, tomará as medidas cabíveis e recorrerá da recente decisão.
Isso porque, em abril de 2023, a PGE obteve a suspensão da liminar relativa ao tema, o que foi confirmado pelo presidente do TJ-GO, desembargador Carlos Alberto França, em junho de 2023.
Portanto, a suspensão concedida pelo Presidente do Tribunal deverá permanecer em vigor até que a decisão sobre o mérito da ação principal transite em julgado.
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