Márcio Barcelos Costa, titular do 3º Juizado Especial da Comarca de Palmas, substituirá Helvécio de Brito Maia Neto. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento pelo período de um ano. Desembargador Márcio Barcelos é titular do 3º Juizado Especial da Comarca de Palmas Divulgação/TRE O juiz Márcio Barcelos Costa, titular do 3º Juizado Especial da Comarca de Palmas, foi convocado para substituir o desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, afastado por ordem de Superior Tribunal de Justiça (STJ). Helvécio é um dos investigados pela Polícia Federal por um suposto esquema de venda de penas no Judiciário do Tocantins. Cadastre-se no canal g1 TO no WhatsApp e receba as novidades no seu celular. A remoção ocorreu na sexta-feira (23), durante a operação Máximus. Os policiais cumpriram dois mandados de prisão preventiva e 60 mandados de busca e apreensão nos estados de Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Tribunal de Justiça do Tocantins, localizado na ala norte da Praça dos Girassóis Divulgação/Vilma Nascimento Entre os presos está Thales André Pereira Maia, filho do juiz exonerado. O advogado que representa os dois, Felipe Carvalho, afirmou nesta segunda-feira (26) que não se manifestará até ter acesso aos autos da investigação. Manutenção dos trabalhos do tribunal A convocação do juiz, prevista no Regimento Interno do Tribunal de Justiça (TJTO), foi feita por meio de decreto assinado nesta sexta-feira (23) pela presidente, desembargadora Etelvina Maria Sampaio Felipe. Márcio Barcelos deverá assumir as funções de Helvécio durante o período que o juiz ficará afastado. Segundo decisão do ministro João Otávio de Noronha, do STJ, o prazo de afastamento é de um ano. Helvécio de Brito Maia Neto foi presidente do TJ em 2019 Divulgação/Tribunal de Justiça Segundo o TJTO, a intimação será avalizada pelo Tribunal Pleno e “visa garantir a continuidade dos trabalhos do Tribunal enquanto durar a medida cautelar”. Ao anunciar o nome do juiz, o TJ afirmou que o Poder Judiciário do Tocantins “defende a apuração dos fatos com honestidade e transparência, e permanece à disposição do STJ e da Polícia Federal para contribuir com as investigações”. LEIA TAMBÉM: STJ determina afastamento de juiz investigado em suposto esquema de venda de sentenças Juiz é afastado do cargo durante operação que investiga suposto esquema de venda de sentenças Operação da Polícia Federal investiga suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins PF apreende armas no endereço do juiz durante operação que investiga venda de sentenças sentenças no Tocantins Operação Máximus A operação da Polícia Federal cumpriu mandados no gabinete do juiz, no Fórum de Palmas, e no gabinete do juiz, na sede do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO). Além do filho de Helvécio, também foi preso o advogado Thiago Sulino de Castro. Conforme apurado, ele tinha ligações com o gabinete de um juiz. Sua defesa informou que “não comentará o procedimento que está sendo realizado sob sigilo, não tendo ainda tido acesso ao teor da decisão”. Advogados e procuradores do governo do Tocantins também estão sendo investigados. A polícia não detalhou a participação dos alvos no suposto esquema de venda de sentenças. Além do Tocantins, foram cumpridos mandados em Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. O juiz José Maria Lima, ouvidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), também foi afastado de suas funções durante operação da Polícia Federal que investiga suposta venda de penas no Poder Judiciário. O nome do magistrado foi confirmado pelo TJTO na tarde desta sexta-feira. As proibições relacionadas ao juiz não foram informadas. O g1 não conseguiu contato com a defesa do juiz. Em Araguaína, uma casa do juiz João Rigo Guimarães, atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins, foi alvo da operação, onde a polícia apreendeu duas armas de fogo. Por meio da chefe de gabinete, o juiz informou que ainda não teve acesso à decisão do STJ e como ainda não tem conhecimento de nada, não há como se manifestar neste momento. Mas “assim que ele tomar consciência, no momento apropriado ele se manifestará”. Agentes da PF saindo da casa do juiz João Rigo com armas Claudemir Macedo/TV Anhanguera Também foram determinadas medidas cautelares para sequestro e indisponibilidade de bens, direitos e valores dos envolvidos. Segundo a PF, o nome da operação faz referência ao personagem do filme Gladiador (Máximus), que lutou contra a corrupção na cúpula do poder no Império Romano. Veja os posicionamentos dos citados e dos órgãos: Tribunal de Justiça O Poder Judiciário do Tocantins (PJTO) informa que a Presidência do Tribunal de Justiça foi notificada, na tarde desta sexta-feira (23/8), das medidas cautelares para afastar o juiz Helvécio por Brito Maia Neto e o juiz José Maria Lima, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e tomaram as medidas necessárias para cumprir as ordens. Como instituição comprometida com a Justiça e os princípios constitucionais, o Poder Judiciário do Tocantins defende a apuração dos fatos com equidade e transparência, e permanece à disposição do STJ e da Polícia Federal para contribuir com as investigações, garantindo a imagem e a valorização do Poder Judiciário do Estado. o Estado, que atua para oferecer justiça de qualidade ao cidadão. TRE-TO O Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) informa que não é alvo da ação da Polícia Federal lançada nesta sexta-feira, 23. E que as unidades da Justiça Eleitoral, como a sede em Palmas (TO) e todas as 33 zonas eleitorais do Estado mantenham atendimento nesta data. Secretário de Estado da Comunicação Ainda não tivemos acesso aos autos e não podemos afirmar se a decisão se refere às suas atividades privadas como advogados ou de alguma forma se relaciona com as suas funções públicas. Portanto, aguardaremos para poder nos posicionar sobre o tema. Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.
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