Através das redes sociais, tentam mostrar que a vida real vai além das existências perfeitas que se mostram através de telas de computadores, tablets e celulares. Gesson Nunes, do Gospelmente, usa o humor para abordar temas cristãos Cristina Boeckel/ g1 Influenciadores e artistas cristãos enfrentam desafios ao lidar com um público cada vez mais amplo e heterogêneo. Através das redes sociais, tentam mostrar que a vida real vai além das existências perfeitas que se mostram através de telas de computadores, tablets e celulares. O g1 conversou com produtores de conteúdo que falaram sobre as alegrias e dificuldades em lidar com o público. Gesson Nunes, do Gospelmente, é influenciador há 12 anos. Natural de Anamã, no Amazonas, o principal desafio é encontrar uma linguagem para falar com todos no ambiente cristão, que seja amplo e diversificado. “O influenciador tem dificuldade de se comunicar com todos os públicos, pois o ambiente cristão é muito diversificado. Há pessoas que, por exemplo, aceitam tatuagens e outras que não. Alguns aceitam um tipo de música, outros não. A maior dificuldade é encontrar um meio-termo para se comunicar com todos”, destacou Gesson. Para ele, a criatividade é o que conquista o público. Com mais de 3 milhões de seguidores no Instagram, Gesson aposta no humor, mas destaca que é preciso ter cuidado para não ofender nenhum segmento. “Os conteúdos e influenciadores cristãos hoje usam uma criatividade que, antes, tinham medo das pessoas não gostarem desse tipo de conteúdo. Eu, por exemplo, uso muito a comédia a meu favor”, destacou. Ao cobrir um evento como a Expo Cristã, ele faz questão de que o público se veja caminhando com ele pelos corredores, mesmo que não tenha tido a oportunidade de comparecer. “Venho para um evento como esse e quero que meus seguidores se sintam aqui. Não mostro apenas o show, as arquibancadas, mas o que as pessoas estão sentindo, se estão emocionadas porque ouviram um elogio. Venho para estar ao lado do povo”, explicou. LEIA MAIS: Expo Cristã: de cadeiras a roupas, o comércio busca atender às necessidades de um mercado amplo e em expansão Dez Pragas do Egito e Travessia do Mar Vermelho: exposição imersiva na Expo Cristã leva os visitantes a um trecho da Música do Antigo Testamento A cantora Sarah Beatriz é uma das atrações da Expo Christian Reprodução/TV Globo Para a cantora Sarah Beatriz, atração do Festival Bem na noite de domingo (8), que faz parte do evento, a música é a principal forma de se conectar com um público que está muitas vezes bastante jovem. As redes sociais são um importante canal de conversa e através do qual você se comunica com quem acompanha seu trabalho. “Nunca foi difícil para mim, sempre foi fácil, porque sempre achei muito fácil falar com os jovens e comunicar com as pessoas através daquilo que confiavam dentro de mim. Acredito que se trata de espalhar o amor de Jesus. E estou feliz fazendo isso, não só na igreja, mas fora dela. Para que as pessoas possam ser alcançadas através das canções”, disse Sarah Beatriz. A artista tem 26 anos e, só no Instagram, 2 milhões de seguidores. Brunno Ramos fala sobre trap cristão Outro cantor que aposta na música para conversar com o público mais jovem é Brunno Ramos, que usa o trap como forma de abrir o diálogo. “Hoje, nas redes sociais, alcançamos muitos jovens e recebemos muitos testemunhos. E sabemos quando partimos. Hoje cheguei aqui na Expo e uma criança me recebeu e disse: ‘Nossa, estou ouvindo sua música’”, disse Bruno. Ele ressalta que ainda existe alguma resistência à armadilha cristã, mas vem diminuindo ao longo dos anos. “Acho que ainda existe um pouco de barreira, mas estamos seguindo o mesmo caminho do rock e do rap. Acho que o trap está cada vez mais popular nas igrejas”, destacou. Vida real DG Moraes mostra a vida real, sem filtros, para se aproximar do público Reprodução/ Instagram DG Moraes, influenciador carioca com mais de 280 mil seguidores no Instagram, diz que a mensagem cristã ajuda a furar a bolha de vidas perfeitas que estão expostos no Instagram. “Percebi que as pessoas estavam cansadas. E eu queria mostrar outro lado. A vida de um homem de Deus, que tem família e que pega transporte lotado e sofre dificuldades. Por mais que a Internet mostre glamour, para muitos isso não é realidade. As pessoas começaram a seguir isso. E as pessoas estão torcendo por mim, torcendo pelo meu sucesso e vendo que me veem crescer e estão crescendo também”, destacou DG. Mostrando seu cotidiano com Daniela, com quem é casado, ele fala com bom humor sobre o papel de Deus em sua própria vida. Uma das pinturas que criou para falar com o público é “Olá, Pai”, na qual explica um problema que vivencia e o ensinamento que o ajuda a resolvê-lo. Influenciador desde 2019, ele afirma que o diálogo não é aberto apenas aos cristãos. “Por mais que o conteúdo seja cristão, muitas pessoas de outras religiões me seguem por falar de Jesus de uma forma leve e por mostrar a vida real de uma forma bacana”, finalizou.
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