Mensagens trocadas entre o influenciador Mateus da Silva Ferreira, 22, e a namorada mostram que ele havia saído de casa para pegar um pacote, quando levou um tiro na cabeça na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio, na última sexta-feira (21). ). Policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) realizaram uma ação na comunidade e outros três homens também morreram.
A Polícia Militar afirma que os agentes foram agredidos e que houve confronto. Durante a ação, segundo a corporação, foram encontrados quatro feridos, sendo apreendidos três fuzis, granadas, munições e drogas.
Mateus foi levado ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, também na Zona Oeste, mas chegou morto e sem vida, segundo a direção da unidade.
Imagens da conversa entre Mateus e a namorada, às quais a CBN teve acesso, mostram que ele saiu de casa para pegar o pacote às 18h49. Às 18h51, ele pede à namorada o código de liberação. O entregador chegou ao destino às 18h53.
Conversa com entregador antes de Mateus da Silva Ferreira, 22, ser baleado — Foto: Arquivo pessoal
Às 19h02, ela escreve: “Matheus, tiro, você está bem?” A jovem de 20 anos ainda liga duas vezes para o namorado, mas sem sucesso.
Conversa de namorada com Mateus da Silva Ferreira, 22, quando ele saiu e foi baleado — Foto: Arquivo pessoal
A namorada disse que se desesperou ao ouvir os tiros e descobriu que Mateus havia sido baleado cerca de meia hora depois.
“Começou o tiroteio e comecei a mandar mensagem para ele dizendo que levei um tiro aqui e ele não me respondeu. os barulhos diminuíram um pouco os tiros, e eu vi que tinha um morto, mas o Mateus não estava lá. Depois de mais meia hora, olhei de novo e o Mateus estava caído no chão e o portão estava cheio de sangue. a mãe foi lavá-lo no dia seguinte, então, sei que ele tentou voltar correndo para casa, mas não deu tempo”, disse ela, que preferiu não se identificar.
Ela também conta que foi impedida de prestar atendimento:
“No momento que vi o Mateus comecei a gritar de desespero dizendo: ‘O Mateus não está envolvido’, ‘Não acredito’. Eles me trataram com arrogância, não deixaram eu chegar perto do Mateus para ver se ele estava vivo”, afirmou ela.
Mateus viveu com a namorada e os pais dela em Muzema durante cerca de três anos. Os dois se conheceram na escola e namoravam desde 2020. Anteriormente motoboy, Mateus sonhava em se tornar um influenciador. Ele tinha mais de 70 mil seguidores nas redes sociais, onde era conhecido como Mateus Doido por postar manobras perigosas de moto.
O jovem foi sepultado no Cemitério Pechincha, na Zona Oeste, no domingo. Muitas pessoas compareceram à cerimônia vestindo camisetas em homenagem a ele. No mesmo dia, moradores organizaram uma grande passeata de motociclistas na comunidade para homenageá-lo.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia da Barra da Tijuca e na Delegacia de Homicídios da Capital. A Polícia Civil do Rio informou que as armas dos policiais envolvidos na operação foram recolhidas e estão sendo analisadas. Os agentes também prestaram declarações
Protesto e arrombamento de casas
Após a operação, moradores afirmam que agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais arrombaram e invadiram casas sem ordem judicial.
Namorada de Mateus Ferreira diz que viu policiais dentro do prédio e que o portão foi arrombado — Foto: Arquivo pessoal
Em protesto, os manifestantes ergueram cartazes pedindo paz.
Protesto após morte do influenciador Mateus Ferreira, de 22 anos — Foto: Arquivo pessoal
Protesto após morte do influenciador Mateus Ferreira, de 22 anos — Foto: Arquivo pessoal
A namorada de Mateus conta que viu três policiais do BOPE dentro do prédio e que o portão foi arrombado.
“Inclusive no dia do tiroteio, tinham três pessoas aqui no prédio e elas desceram correndo. Até tentaram abrir a minha porta, porque eu estava na sala e vi a maçaneta mexendo. Não vi, que não estava em casa, porque tive medo deles invadirem e fazerem alguma coisa comigo”, disse.
A Polícia Militar informou que até o momento não recebeu nenhum relato de invasão. A corporação também afirmou que não tolera nem tolera má conduta, crimes ou abuso de autoridade.
A região do Muzema abrange comunidades menores, como o Morro Dona Dalva, onde a influenciadora foi encontrada morta, e tem sido alvo de disputa entre criminosos rivais. Anteriormente sob o poder da milícia, há cerca de seis meses, a comunidade é controlada por traficantes do Comando Vermelho.
A Polícia Militar afirma que realizava uma ação de inteligência para um pedido de busca na região, quando a equipe foi atacada com armas de fogo por cerca de 10 criminosos. Houve confronto no local e foi solicitado apoio de funcionários do Bope. Segundo a corporação, foram apreendidos três fuzis, 10 granadas caseiras, uma granada lacrimogênea, além de grande quantidade de drogas.
A PM informa ainda que um dos suspeitos foi encontrado no apartamento de um prédio.
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