O índice subiu 6,54% no mês e fechou em 136.004 pontos, maior desempenho em nove meses. O dólar fechou agosto cotado a R$ 5,6325, queda de apenas 0,38% no mês. Ibovespa dispara em agosto, mas dólar segue zerado Freepik Agosto acumulou a maior alta em nove meses para o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, a B3. O índice subiu 6,54% no mês e fechou em 136.004 pontos, maior desempenho desde novembro de 2023. O levantamento foi feito por Einar Rivero, da consultoria Elos Ayta. Este também foi o melhor mês de agosto para o índice desde 2017. Já o dólar fechou o mês praticamente em zero, com leve queda de 0,38% em relação a julho, mas ainda em patamares muito elevados, cotado a R$ $ 5,6325. Este é um movimento atípico. Embora o dólar e o Ibovespa sejam completamente independentes, seus retornos costumam ser inversos — ou seja, quando um sobe, o outro cai. Isso acontece porque uma alta do dólar costuma representar uma busca dos investidores por mais segurança. Quando estão preocupados em perder dinheiro no mercado, mudam as suas apostas para títulos do Tesouro dos EUA, por exemplo, que são quase uma garantia de lucro. Esse dinheiro geralmente sai dos mercados de ações, especialmente em países emergentes, onde os lucros das empresas são mais arriscados. O efeito tende a ser uma desvalorização das ações das empresas e queda dos principais índices, como o Ibovespa. Em agosto tudo foi diferente. O Ibovespa teve um mês bastante positivo, renovando seus recordes em diversas sessões consecutivas. Foi neste mês que o índice atingiu a máxima histórica de 107.344 pontos, alcançada na última quarta-feira (28). Mas o dólar também teve fortes altas. Neste mês, a moeda atingiu a maior alta do ano, cotada a R$ 5,74. Caiu no meio do mês, mas logo voltou para R$ 5,60. Abaixo, o g1 explica por que o dólar e a bolsa contrariaram essa “lógica milenar” no mês de agosto. Taxas de juro nos Estados Unidos Nenhuma questão afectou tanto os mercados globais como as taxas de juro americanas no último mês. Nos primeiros dias de agosto, houve pânico generalizado no mercado, que se preocupou com a possibilidade de recessão na economia americana. A folha de pagamento, um dos principais relatórios de emprego nos Estados Unidos, mostrou que o país criou muito menos empregos do que o esperado em julho. Foram 114 mil contra os 175 mil esperados pelo mercado financeiro. A sensação era de que as taxas de juros americanas, que estão no nível mais alto em duas décadas, poderiam provocar uma freada repentina na maior economia do mundo. Na mesma semana, porém, tornou-se claro, a partir de novos dados, que não havia nenhuma tragédia à vista e o mercado recuperou-se. Na última sexta-feira (23), chegou mais um marco importante. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, falou no Simpósio de Jackson Hole e disse que “chegou a hora de mudar a política (monetária)”, indicando que chegou o momento para o início dos cortes nas taxas de juros. A próxima reunião acontece em setembro. Dólar cai quase 2% e Ibovespa sobe após Powell sinalizar corte de juros em setembro O movimento é esperado pelo mercado há meses. Conforme mencionado, as taxas de juro mais baixas nos EUA incentivam os investidores a procurar ativos mais arriscados para manterem uma boa rentabilidade nos seus investimentos. A bolsa de valores volta a ser uma opção, o que anima os mercados de todo o mundo. No final de 2023, esperava-se que o Fed começasse a cortar as taxas de juros em março. As contas foram reajustadas para maio, junho, julho e chegaram a setembro. Agora, Powell confirma que as taxas de juro vão cair. Como resultado, os investidores estão a começar a transferir dinheiro de activos seguros para activos mais arriscados, o que é bom para os mercados bolsistas. Luan Aral, especialista em investimentos e câmbio da Genial Investimentos, explica que esse é o primeiro fator de influência para o bom desempenho do Ibovespa. “A expectativa por esse corte acaba favorecendo uma entrada de risco, principalmente nos países emergentes”, afirma. Aral destaca que o mercado agora tem dúvidas sobre a magnitude do corte promovido pelo Fed e quanto tempo deve durar essa política de juros mais facilitada. Hoje, os investidores estão divididos entre aqueles que esperam uma primeira queda de 0,25 ponto percentual, e outros, de 0,50. Esta semana, outro indício de incerteza complicou as projeções. Os dados de ontem mostraram um aumento de 3% do PIB no segundo trimestre de 2024, actividade económica bem acima das expectativas. Também foi divulgado um número menor do que o esperado de pedidos de seguro-desemprego, indicando um mercado de trabalho forte. Se antes o medo era de uma recessão nos EUA, agora o medo é que a economia esteja muito aquecida, colocando nova pressão sobre a inflação americana. A nomeação de Galípolo é pressionada pela inflação e pela incerteza nas taxas de juros Contas públicas no Brasil Enquanto a situação nos EUA oscila entre o otimismo e o pessimismo, o sentimento com o Brasil continua mais amargo. Os investidores ainda estão muito preocupados em trazer dinheiro para o Brasil devido à situação (ainda não resolvida) das contas públicas. O mercado tem dúvidas sobre a capacidade do governo de pagar as suas dívidas e os dados mais recentes, divulgados esta sexta-feira, reforçam esta impressão. O setor público consolidado registrou déficit de R$ 21,3 bilhões em julho, segundo o BC, muito superior às expectativas do mercado. Uma pesquisa da Reuters com economistas apontou projeção de saldo negativo de R$ 5 bilhões. Os números do BC indicam que o saldo negativo do mês foi composto por déficits de: R$ 8,6 bilhões do governo central R$ 11,1 bilhões dos governos regionais R$ 1,7 bilhão de reais das estatais Com isso, a dívida pública bruta do Brasil como proporção do PIB passou de 77,8% no mês anterior para 78,5%. No ano passado, o governo apresentou o novo quadro fiscal para conter a trajetória da dívida pública, mas a sua eficácia ainda não convenceu o mercado financeiro. A situação vai ao encontro de discurso do presidente do BC, Roberto Campos Neto. Em evento nesta quinta-feira (29), ele disse que “a parte mais difícil da economia brasileira é administrar a conta tributária hoje. As despesas continuam subindo acima das receitas”. É por isso que o dólar não reage fortemente aos momentos de otimismo fora do país. Para que os investidores se sentissem mais confortáveis com o risco que o país oferece, precisariam de taxas de juro mais elevadas que tornassem as suas apostas mais lucrativas. Enquanto os estrangeiros percebem mais risco no Brasil, o dólar permanece em patamares mais elevados. Entre outras coisas, um dólar mais alto significa mais inflação. Muitas cadeias produtivas dependem de insumos importados e alguns produtores nacionais aproveitam o momento para vender fora do país. Uma forma de resolver o problema, portanto, é ter taxas de juros mais altas. E mesmo Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência do BC no próximo ano, já reconhece que esta é uma possibilidade real. “Consumiremos os dados em cada reunião do Copom para poder tomar decisões. E abertos, com todas as alternativas na mesa de política monetária [sobre taxa de juros]para que possamos tomar a nossa decisão”, disse Galípolo esta semana. Após a última reunião do Copom, o BC informou que estava mais preocupado com a alta do dólar e seu impacto na inflação futura, e informou que “não hesitará em elevar a taxa de juros para garantir a convergência da inflação à meta se julgar conveniente”. O Copom avaliou ainda que há uma “percepção mais recente” dos agentes de mercado em relação ao crescimento dos gastos públicos e à sustentabilidade do atual quadro fiscal, o regra para as contas públicas, além de outros fatores, e que isso “tem tido impactos relevantes nos preços dos ativos (como o dólar e as taxas de juros futuras) e nas expectativas (de inflação, que estão em alta)”. próximos anos subiram e que o cenário atual é marcado por mais riscos, sendo “desafiadores” os riscos que estão no radar, as empresas brasileiras não parecem sentir os juros mais elevados Os resultados dos balanços do segundo trimestre foram. interpretado pelos analistas como majoritariamente positivo, com destaque para o setor financeiro, que registrou os maiores lucros no trimestre. Não só chamaram a atenção os balanços, mas também o preço pelo qual as ações e a bolsa brasileira, em geral, estão sendo negociadas. O consultor de investimentos Danilo Paske, da Critéria, afirma que o indicador preço-lucro (P/L) da bolsa ficou em um dos níveis mais baixos da história neste mês, cerca de 7 vezes o lucro. Este indicador mostra quanto os investidores aceitam pagar por uma ação em relação aos lucros que ela traz. Quanto menor o número, mais barato é o ativo. “Isso tornou os preços atrativos para os investidores retornarem ao mercado de ações. Estamos nos níveis mais baixos desde 2021 (em P/L), enquanto os lucros das empresas vêm batendo recordes”, afirma Pake. Ou seja: à medida que os resultados vão chegando, o investidor mais “corajoso” ainda fica atento às empresas brasileiras quando tiram seu dinheiro dos ativos mais seguros com a melhora dos juros nas economias desenvolvidas. O resultado são recordes de pontuação. 22 empresas da bolsa brasileira tiveram lucro superior a R$ 1 bilhão no 2º trimestre; veja a lista
emprestimo banco juros
emprestimo consignado bradesco simulação
refinanciamento empréstimo
sac c6 consignado
quantos empréstimos o aposentado pode fazer
emprestimo pessoal em curitiba
simulador emprestimo consignado banco do brasil
simulador empréstimo consignado caixa
0