O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou três ações na área ambiental para tentar conter os incêndios que se espalham pelo Brasil. Ele disse que o presidente Lula assinou uma Medida Provisória, a ser publicada em edição extra do Diário Oficial, que prevê crédito extraordinário de R$ 514 milhões.
O valor será distribuído em diversas áreas do governo para combate a incêndios. E disse que novos créditos deveriam ser abertos a partir da demanda dos governadores. Foi marcada uma reunião entre o governo federal e os chefes de estado para quinta-feira (19).
Rui Costa afirmou ainda que Lula deu ordem para reestruturar as equipes do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e da Guarda Municipal para controlar o incêndio. E disse que haverá a compra de equipamentos, como aeronaves e kits de combate a incêndio.
O ministro também anunciou que, esta semana, deverá ser publicada uma Medida Provisória que permitirá flexibilizar a legislação para que o BNDES possa agilizar a análise dos recursos do Fundo Clima. E falou na possibilidade de criação de outros fundos para diferentes biomas.
Rui Costa disse ainda que deve haver uma revisão dos valores das sanções administrativas.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse ainda que Lula avalia a possibilidade de criação do Conselho Nacional de Segurança Climática, seguindo o exemplo do Conselho Nacional de Segurança Alimentar.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu o aumento das penas para crimes ambientais.
“Temos crimes ambientais que são: queimadas, desmatamento, extração ilegal de madeira, garimpo ilegal e contrabando associado ao garimpo ilegal e à extração ilegal de madeira. Como as penas são muito pequenas, elas acabam não tendo o efeito necessário. colocar na mesa essa questão, a gravidade da situação dos crimes ambientais E, em relação aos incêndios criminosos, acho que precisamos criar uma barreira para a regularização fundiária”, defendeu.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que há um movimento que busca colocar fogo no Brasil e sinalizou que poderá haver um debate sobre o aumento das penas para os criminosos. Contudo, considerou que é necessária prudência para não cometer populismo legislativo, afetando a justiça criminal brasileira com medidas desproporcionais.
“Quando há situações de crise como essa, é natural que haja muito voluntarismo dentro do Legislativo – o presidente Arthur Lira, na Câmara, entende isso; eu, no Senado, entendo isso – de buscar soluções que parecem milagrosos, um aumento excessivo da combinação de penas, a inclusão deste tipo de crime como crime hediondo. Temos que conter e buscar um equilíbrio na formatação das leis, caso contrário corremos o risco de cair num populismo legislativo que não resolverá. o problema e acabará afetando a justiça criminal brasileira com medidas desproporcionais”, afirmou.
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