De janeiro a junho, o governo federal gastou apenas 6% do valor autorizado para este ano com educação de jovens e adultos. É o que mostra uma pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos. Dos R$ 342 milhões disponibilizados para esse campo, foram utilizados R$ 20,8 milhões.
No Brasil, o analfabetismo atinge 7% da população com mais de 15 anos, o que corresponde a 163 milhões de pessoas, segundo o Censo 2022 do IBGE.
A pesquisa mostra, por outro lado, que a maioria dos programas de educação gastou um valor proporcional, 50%, no primeiro semestre.
Para Nathalie Beghin, membro do Conselho Gestor do Inesc, a baixa candidatura ao EJA é preocupante porque resulta em desigualdade.
‘Demora mais para enfrentar o desafio, o desafio de ter doze por cento de analfabetismo funcional no Brasil, uma economia que está entre as dez maiores do mundo, é, digamos, pouco aceitável, então você está apenas adiando um problema inacreditável , um problema inaceitável, que é a mesma coisa das outras políticas, sabe? Diante dos desafios sociais e ambientais que enfrentamos, se não destinarmos recursos suficientes para enfrentar esses desafios, estamos apenas perpetuando as desigualdades, o racismo, o sexismo, porque as populações mais afetadas pelo descumprimento das políticas públicas são os empobrecidos, os negros e as mulheres”.
O Ministério da Educação informou, em nota, que o Pacto pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA foi lançado em 5 de junho de 2024. E a implementação da política terá início no segundo semestre de 2024.
Segundo o estudo, com a catástrofe no Rio Grande do Sul, o governo federal executou 97% de todo o recurso de 2024 para a ação ‘Apoio Financeiro Reembolsável por meio de Financiamentos e outros Instrumentos Financeiros para Projetos de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas’.
No que diz respeito às cidades, a pesquisa chama ainda a atenção para o facto de programas que visam a melhoria da infraestrutura viária urbana, como o ‘Cidades Melhores’ e a ‘Periferia Viva’, não registarem qualquer despesa até 30 de junho.
Em relação aos direitos dos povos indígenas, o levantamento mostra que foram gastos menos de R$ 30 milhões. Dos R$ 315 milhões previstos para regularização fundiária, proteção e gestão de territórios, metade foi comprometida, mas ainda não foi liberada.
A distância entre os recursos comprometidos e os efetivamente pagos, na avaliação do Inesc, sinaliza dificuldades estruturais na implementação de uma política indigenista no país. O mesmo acontece com relação aos programas de proteção e garantia dos direitos das crianças, dos adolescentes, das mulheres e da população quilombola.
Quanto às ações ambientais, mais de 70% dos recursos previstos foram comprometidos, mas a execução ficou em torno de 30%. Em relação ao fundo nacional para as alterações climáticas, a execução foi de apenas 7%.
simulador de emprestimo itau consignado
quando vai ser liberado o empréstimo consignado 2023
emprestimo consignado banco pan
bancos que compram dívidas
empréstimo consignado não foi descontado em folha
banco pan empréstimo telefone
empréstimo para servidor público municipal