Moradores da segunda cidade mais populosa do Estado do Rio exigem qualificação profissional e abertura de empregos Segundo município mais populoso do Estado do Rio, São Gonçalo enfrenta uma série de desafios compartilhados por outras cidades dormitório da Região Metropolitana, mas também tem algumas particularidades. Segundo dados divulgados pelo Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), embora a situação das contas continue boa desde 2013 — tornando-se difícil em 2016 (governo de Neílton Mulim), 2017 e 2018 (gestão de José Luiz Nanci) —, o nível do município do investimento é considerado baixo, tendo sido crítico em 2013 e 2014 e entre 2017 e 2021 (governos Nanci e Capitão Nelson). A população agora pretende criar empregos. A situação financeira do município, segundo o IFGF, é explicada pelo seu cuidadoso planejamento financeiro. Mas, em termos fiscais, os principais desafios que o futuro prefeito enfrentará são o baixo nível de autonomia para cobrir os custos da prefeitura sem depender de repasses do Estado do Rio ou da União e o baixo nível de investimentos públicos. O relatório da Firjan indica ainda que São Gonçalo enfrenta problemas como a venda de produtos ilegais, associados à falta de incentivo ao empreendedorismo local legalizado. Uma das sugestões apontadas no relatório é coibir o roubo de cargas — em parceria com o governo do estado, responsável pela área de Segurança Pública — bem como melhorar as condições de trânsito, especialmente no trecho BR-101 São Gonçalo-Itaboraí, que envolve a governo federal. Outra sugestão voltada ao desenvolvimento econômico é ampliar a implementação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, regulamentando o crédito empresarial para incentivar a participação do setor nos editais municipais. A promoção do empreendedorismo, além de crucial, é também apoiada por programas de qualificação, especialmente para jovens. A proposta é partilhada pela vendedora e moradora de Alcântara Maria Pereira, de 66 anos. Para ela, o que falta à cidade “são escolas”: — Falta investimento nos jovens que vivem em locais mais críticos. Você tem que dar trabalho a eles. Evasão nas escolas é preocupante Os indicadores de educação em São Gonçalo são preocupantes. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) mostra que os alunos estão bem abaixo da média de aprendizagem esperada, sendo 4,5 para os anos iniciais e 3,9 para os anos finais do Ensino Fundamental — a meta para os anos iniciais é 6,0, e para os anos finais é é 5,5. Outro indicador do Ideb é a evasão escolar: nos anos finais do Ensino Fundamental, em 2022, atingiu mais de 4%; a taxa de reprovação no mesmo grupo chega a 18,7%. Estima-se que 11% dos nascidos em 2004 estão fora da escola; para os nascidos em 2003, o número chega a 16%, indicando que menos de 85% da geração está matriculada na escola. O que a população quer para a cidade Do transporte integrado à criação de empregos, passando por melhorias no sistema de saúde. Para os moradores, não faltam áreas que precisam de investimento em São Gonçalo. Jonata Tavares, morador de São Gonçalo, sugere melhorias no transporte público Arquivo pessoal — Uma moeda social, como a criada em Maricá, seria importante. São Gonçalo também precisa de melhorias no transporte, de um meio de locomoção mais rápido, como o BRT, e de integração com outros sistemas — afirma Jonata Tavares, morador do bairro Pita, que também cita a necessidade de recuperação e padronização das calçadas, o que evitar acidentes. Para Gabriel Pereira, morador do bairro Boa Vista, além da falta de segurança —questão ligada ao governo do estado—, a criação de empregos e o investimento em infraestrutura precisam de maior atenção do futuro prefeito. — São Gonçalo tornou-se uma cidade dormitório, sem investimentos adequados, o que reduziu seu potencial econômico e levou os moradores a procurar emprego nos municípios vizinhos — diz Gabriel, ao falar sobre o futuro: — É preciso investir em políticas que atraiam receitas para o cidade. cidade, como a realização de grandes eventos e a chegada de novas empresas. Melhorar a saúde também é importante. Vítor Medeiros é graduando em Ciências Sociais (UFRJ), sob orientação de Marcelo Remigio PROJETO TAMO JUNTO É uma parceria entre o EXTRA e o Laboratório de Partidos, Eleições e Política Comparada (Lappcom) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em que jornalistas e pesquisadores se concentram no processo eleitoral deste ano em dez cidades da Região Metropolitana e do Interior do Rio de Janeiro, abordando problemas, apontando soluções e apresentando os candidatos e seus planos de governo.
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