Existe uma hora ‘boa’ para consumir açúcar?

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Após uma refeição balanceada, a ingestão tende a ser menos prejudicial, segundo especialistas. O consumo excessivo está associado à obesidade e até ao aumento do risco de alguns tipos de câncer. Relógio de açúcar: Existe um momento “menos pior” para consumir açúcar? Adobe Stick Cortar o açúcar é, para muitas pessoas, um dos maiores desafios de quem adota uma dieta alimentar e busca uma vida mais saudável. O consumo excessivo da substância está associado à obesidade e até ao aumento do risco de certos tipos de câncer. Mas quando nos afastamos dos excessos, existe melhor momento para comer um doce sem prejudicar a saúde? Após uma refeição balanceada, o corpo já está em estado de digestão e absorção de nutrientes. Além disso, a presença de proteínas, fibras e gorduras retarda a absorção do açúcar, o que leva a um aumento menos abrupto da glicemia e, consequentemente, a um aumento menos abrupto da glicemia. , para uma resposta insulínica mais moderada. Vale explicar que: glicemia é a concentração de glicose, ou açúcar, no sangue. E a insulina é o hormônio responsável pela redução dos níveis de glicose no sangue. , por exemplo, ajuda a evitar picos de insulina que podem causar resistência à insulina ao longo do tempo, como explica Isolda Prado, nutricionista, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e professora de Nutrologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O consumo excessivo de açúcar não é o ideal em nenhum momento do dia. Mas a ingestão da substância pode ser menos prejudicial quando feita com moderação, após uma refeição balanceada ou antes de atividades físicas intensas. Alimentos doces podem ser consumidos com moderação, algumas vezes por semana. Confira abaixo outras curiosidades explicadas pelos especialistas: E qual o pior horário para consumir açúcar? O pior horário é o jejum, pela manhã, ou antes de dormir. O jejum pode causar um rápido aumento da glicose, seguido por uma queda abrupta, o que pode aumentar o apetite e causar irritabilidade. Antes de dormir, o açúcar pode prejudicar o sono, aumentando os níveis de energia, além de impactar negativamente na qualidade do sono. Vale ressaltar que carboidratos de alto índice glicêmico, como o pão branco e o arroz branco, também são rapidamente convertidos em açúcar no organismo e devem ser evitados nesses momentos, segundo a nutricionista Isolda Prado. Do meio da madrugada até o início da manhã, há pico de liberação do hormônio cortisol e do hormônio do crescimento a partir das 3h, com um pouco mais de intensidade. Há também liberação de adrenalina e noradrenalina na fase final do sono e no início da manhã, ao acordar. “Esses hormônios contrarregulam a ação da insulina, dificultando o controle da glicemia”, acrescenta Fernando Gerchman, professor do Departamento de Clínica Médica da UFRGS e diretor do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). O médico afirma ainda que há estudos que sugerem que o consumo alimentar noturno provoca maior propensão ao ganho de peso. E o pré-treino e pós-treino? Pré-treino, pequenas quantidades de açúcar podem fornecer energia rápida, principalmente se o treino for de alta intensidade. No pós-treino, o açúcar pode ajudar a repor o glicogênio muscular, mas deve ser acompanhado de proteínas e outros nutrientes para uma recuperação completa. O que acontece em nosso corpo quando comemos açúcar? Quando consumimos açúcar, ele é rapidamente absorvido pela corrente sanguínea, elevando os níveis de glicose no sangue. O pâncreas responde liberando insulina, um hormônio que ajuda a transportar a glicose para as células, onde é usada como energia. E o excesso de glicose pode ser armazenado como gordura, explica a nutricionista. Que testes mostram se uma pessoa realmente deveria ser proibida de comer açúcar em determinados horários? Exames como glicemia de jejum, hemoglobina glicada, insulina sérica e teste de tolerância à glicose podem ajudar a avaliar a resposta do organismo ao açúcar e determinar se há resistência à insulina ou diabetes, o que justificaria a restrição do consumo de açúcar em determinados momentos. E o chocolate amargo pode? O chocolate amargo com maior teor de cacau é o mais recomendado por conter menos açúcar e mais antioxidantes, como os flavonóides, que possuem propriedades antiinflamatórias e podem melhorar a saúde cardiovascular. Qual é a quantidade recomendada de açúcar por dia? A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão de açúcares livres não ultrapasse 10% das calorias diárias, o que corresponde a cerca de 25 a 50 gramas de açúcar por dia, dependendo das necessidades calóricas de cada pessoa. Que problemas o excesso de açúcar pode causar? O excesso de açúcar pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo ganho de peso, obesidade, resistência à insulina, diabetes tipo 2 – devido ao aumento das calorias consumidas e ao impacto negativo na regulação da insulina – doenças cardiovasculares, cáries dentárias e problemas hepáticos, como não -doença hepática gordurosa alcoólica. Além do açúcar, o consumo de alimentos com alto teor energético e ricos em gordura também são fatores que contribuem para o surgimento e agravamento de doenças crônicas. O cuidado se aplica apenas ao açúcar refinado? Os açúcares “livres” incluem não apenas o açúcar refinado, mas também o açúcar adicionado em alimentos processados, como refrigerantes, bebidas açucaradas, biscoitos recheados e doces em geral. Quais são os benefícios de reduzir o açúcar na dieta? A redução do açúcar na dieta pode ajudar a prevenir e controlar o ganho de peso, melhorar os níveis de energia e concentração, reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, melhorar a saúde oral e contribuir para uma melhor saúde geral e longevidade. LEIA TAMBÉM: 200 vezes mais doce que o açúcar e descoberto por acaso: o que é e onde é usado o aspartame A corrida bilionária para encontrar um substituto saudável e barato para o açúcar Rótulos dos alimentos: prazo para adaptar embalagens com informações sobre alto teor de sal, gordura saturada e açúcar; entenda Pesquisa do Ministério da Saúde diz que um em cada cinco brasileiros consome açúcar em excesso



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