Estudantes de escola na BA relatam surpresa com prisão de diretor condenado por homicídio em MG: ‘choque muito grande’

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Nascido em Minas Gerais, Élio Camilo era policial militar e morava há 13 anos em Ubaitaba, onde, por meio de documentos falsos, estabeleceu carreira como servidor público e constituiu família. Diretor de escola é preso por homicídio, peculato e falsidade ideológica na Bahia Reprodução/TVBA Alunos do Colégio Estadual de Tempo Integral Octávio Manoel Gomes, em Ubaitaba, sul da Bahia, relataram surpresa ao verem o diretor da escola preso por homicídio e fraude. Ex-policial militar, Élio Camilo morava no município há pelo menos 13 anos e se apresentava como Geraldo Dantas Silva. “Foi algo que nos pegou muito de surpresa, porque ninguém imagina uma situação dessas. Uma pessoa que esteve conosco todos os dias”, disse o estudante Reinaldo Nogueira, 18 anos. A estudante Maria Clara Damasceno, também de 18 anos, disse que o presidiário tinha relacionamento próximo com alunos da escola. “Ele conversava no intervalo, estava sempre muito próximo dos alunos. Foi um choque enorme, tanto para mim quanto para a direção e demais professores”, relatou. Descubra quem é o diretor da escola que usou identidade falsa no Sul da Bahia; homem era procurado por homicídio e acusado de peculato Maria Clara Damasceno falou sobre a relação do diretor com os alunos Reprodução/TV Santa Cruz Valdemir Cursino, é artista e presta serviços à escola. O profissional disse que a conduta do diretor sempre foi respeitosa. “Ele prestou o serviço normal de diretor. Fomos enganados e a Justiça vai julgar”, disse o artista Valdemir Cursino. Conhecido como Geraldo Dantas Silva, o homem se chamava na verdade Élio Camilo. Ele é natural de Belo Horizonte e foragido da justiça mineira. Élio foi condenado por homicídio e cumpriu parte da pena. Em 2009, após uma pausa temporária, nunca mais regressou à prisão. Desde então, ele é considerado foragido da justiça. Segundo a polícia, antes de se mudar para a Bahia, Élio morava na cidade de Vilhena, em Rondônia, onde é acusado de peculato. Há 13 anos foi aprovado em concurso público na Bahia e trabalhou como professor. Em 2022, foi nomeado diretor do Colégio Estadual de Tempo Integral Octávio Manoel Gomes, em Ubaitaba. Colégio Estadual de Tempo Integral Octávio Manoel Gomes, em Ubaitaba, Sul da Bahia Reprodução/TV Santa Cruz No município, ainda usando a identidade falsa de Geraldo Dantas Silva, constituiu família e morou em uma casa no bairro Ruinha. Ele tem dois filhos, um deles com a atual esposa. A mulher não quis gravar entrevista para a reportagem da TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia na região, mas disse não saber a verdadeira identidade do marido, nem os crimes cometidos por ele em outros estados. Uma vizinha, que não quis ser identificada, também disse que ficou surpresa. “Para nós foi um choque, porque não imaginávamos. Ele era uma pessoa boa, muito interessado no seu trabalho, dedicado ao seu serviço. Para nós foi um choque.” Na quarta-feira (28), o Centro Regional de Ensino se reuniu com os alunos e informou que está sendo providenciado um substituto para o cargo de gestão. A Secretaria de Estado de Educação demitiu o diretor. Élio foi levado ao Complexo Penal de Itabuna e deverá ser devolvido a Minas Gerais. Ainda não há uma data definida para que isso aconteça. “Víamos o nosso diretor como uma pessoa muito próxima. Ele sempre nos apoiou, então a princípio não acreditamos. Foi muito difícil receber essa notícia”, disse a estudante Ana Caroline de Souza. Caroline de Souza relatou sua surpresa ao descobrir que o diretor era foragido da Justiça Reprodução/TV Santa Cruz Veja abaixo o que se sabe sobre os crimes: Carreira Élio foi aprovado em pelo menos dois concursos docentes —nas cidades de Maraú e Ubaitaba. A direção do Centro Regional de Ensino informou que ele era servidor público do estado há 13 anos, tendo passado pouco mais de dois anos gerenciando o Colégio Estadual Octacílio Manoel Gomes. A descoberta de sua verdadeira identidade e antecedentes criminais gerou comoção na comunidade escolar. As aulas foram suspensas, mas foram retomadas nesta quarta-feira (28). Em entrevista à TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia na região, os estudantes destacaram o choque com a notícia. “Foi algo que nos pegou muito de surpresa, porque ninguém imagina uma situação como essa”, disse o estudante Reinaldo Nogueira. Maria Clara Damasceno descreveu a falsa identidade do diretor, que costumava permanecer próximo dos jovens, como “revoltante”. “Ele conversava conosco nos intervalos, estava sempre muito próximo de nós e foi um grande choque para mim, para a diretoria e para os professores”. Em nota, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) informou que demitiu imediatamente o servidor do cargo. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (28). NOTÍCIA: faça parte do canal g1BA no WhatsApp O g1 perguntou ao departamento quais cargos Élio Camilo ocupou ao longo de sua carreira como servidor público, mas a SEC apenas disse que abriu processo para investigação. A gestão do Instituto de Educação a Tempo Integral será gerida temporariamente pelo vice-diretor. Passado criminoso Élio estava foragido da justiça mineira há 15 anos, condenado por dois homicídios ocorridos há cerca de 30 anos. A Polícia Civil de Minas Gerais afirma que ele fugiu em 2009, quando saiu do presídio em “fuga temporária”. Suspeito de estelionato é preso na BA após ser pego usando identidade falsa; homem abriu conta em nome de terceiro Após oito anos de buscas, suspeito de usar identidades falsas em SE, BA e SP e fazer cirurgia plástica para dificultar identificação é preso Homem é preso suspeito de peculato após pedir empréstimo de R$ 300 mil com uma identidade falsa em BA Em plena fuga, o homem morava em Vilhena, cidade de Rondônia. Lá, ele também foi acusado de peculato, acumulando outro mandado de prisão. Ao ser capturado no sul da Bahia, não ofereceu resistência e disse ter consciência de que um dia poderia ser encontrado. Na ocasião, Élio também foi preso por uso de documentos falsos. A prisão contou com apoio do Setor de Inteligência da Coordenação de Operações Estratégicas (COE) da Polícia Civil de Minas Gerais. Policiais da 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Ilhéus) também participaram da operação. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista vídeos do g1 e da TV Bahia



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