Estudantes criam ‘voz’ para colega com paralisia cerebral participar das aulas; entenda

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Alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal desenvolveram um sistema de programação de voz para incluir Ana nas aulas. Usando um teclado, uma menina de 12 anos digita textos que se tornam a ‘voz de Ana’; veja o vídeo. Alunos que se uniram para realizar o projeto ‘A Voz da Ana’ monitoram o uso do equipamento, o que facilita Ana Vitória André Amendoeira/SEEDF alunos do 7º ano do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 213 de Santa Maria, repartição pública escolar no Distrito Federal, criou uma solução para superar as dificuldades de comunicação de um colega com paralisia cerebral. A “Voz de Ana”, como foi chamado o protótipo, permite que Ana Vitória, de 12 anos, se comunique com os colegas (veja vídeo abaixo). Clique aqui para acompanhar o canal do g1 DF no WhatsApp. A paralisia cerebral é uma deficiência caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo. No caso de Ana Vitória, que cursa uma turma regular de ensino, a inclusão envolveu a combinação do projeto Roboticraf, da unidade de ensino, e do M²CE, da Universidade de Brasília (UnB), que estimula o interesse de mulheres por ciência precisa, promovendo maior presença deles nesta área do conhecimento. O professor William Viera percebeu que mesmo sem falar, Ana Vitória tem extrema facilidade para escrever e ler. A partir daí, a menina passou a usar um tablet escolar e a professora propôs um desafio aos colegas: Que tal dar voz à Ana, através de um dispositivo tecnológico, e permitir uma maior interação na sala de aula? “Quando trouxe o tablet para Ana, notei sua capacidade de escrever e ler rapidamente com o programa […] Levei esse assunto para as meninas do projeto e elas já estavam entusiasmadas em tentar resolver essa situação. Começamos a estudar mais a fundo o programa”, conta a professora. Programando a Voz da Ana 2.0 Com muita facilidade, Ana se comunica escrevendo no tablet e interage na sala de aula Divulgação/SEEDF Para produzir o equipamento, a base foi o programa Scratch – um linguagem de programação que permite a criação de histórias, animações, jogos e outras produções Coube aos colegas de Ana desenvolver habilidades de programação e também pensar na engenharia do equipamento, que no início era feito com papelão (veja imagem abaixo). Um grupo de 11 adolescentes criou o dispositivo de voz que foi adaptado a um teclado Usando o teclado, Ana pode digitar o que quiser ou pressionar botões na interface inicial, que dão respostas frequentemente utilizadas de forma mais ágil. , ela[Ana} rapidamente começou a digitar e escrever coisas que estavam na cabeça dela, e a gente percebeu como a Ana via o mundo. Ela começou a interagir na sala de aula, conversando com os professores, falando os nomes dos colegas. “, diz a professora. O equipamento desenvolvido pelos alunos teve uma versão de teste em papelão para criar a “Voz da Ana” TV Globo. Com o passar do tempo, Ana começou a interagir tanto com a turma que até ajudou a fazer a ligação. “Isso fez com que ela começar a entender melhor e participar mais do processo de ensino-aprendizagem”, afirma o professor William Viera. “Um exemplo inspirador de inclusão, que reflete o poder da tecnologia e da colaboração na transformação de realidades e na construção de um ambiente educacional mais acolhedor”, afirma o professor . Para a mãe de Ana, Rejane Soares, o projeto traz benefícios que vão além da sala de aula “É gratificante ver que ela está incluída e junto com a turma. Ela tem mais vontade de estar na escola, quer fazer as atividades”, afirma Rejane. ASSISTA VÍDEO: ‘A voz de Ana’ Alunos de escola pública criam programa que ‘dá voz a colega com paralisia LEIA TAMBÉM: CULTURA E EDUCAÇÃO: Unidade de internação no DF é finalista como ‘melhor escola do mundo’ RECONHECIMENTO: Veja como um sócio -unidade educacional do DF virou referência Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.



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