Quatro casos semelhantes foram notificados num período de 48 horas; A polícia afirma ter registrado boletim de ocorrência para apenas um caso. Roberta Cruz relata episódio de assédio próximo ao Centro de Treinamento Inter. A tranquilidade da rotina corrida da servidora Roberta Cruz na Orla do Guaíba, em Porto Alegre, foi interrompida por um episódio de assédio sexual no dia 1º de julho. Às 16h daquele dia, Roberta viu um homem se masturbando próximo ao Centro Internacional de Treinamento, a aproximadamente 500 metros da Avenida Edvaldo Pereira Paiva, em direção ao centro do bairro. Acesse o canal g1 RS no WhatsApp A mulher, de 39 anos, não é a primeira a denunciar casos de assédio em ruas e parques da capital – pelo menos quatro casos foram denunciados na última semana. “Eu estava correndo pelo litoral e vi um homem se masturbando. Ele estava apoiado em uma bicicleta, de frente para a calçada onde as pessoas corriam e caminhavam. Ele não tentava se esconder, queria ser visto fazendo isso”, conta Roberta. Chocada com o que presenciou, Roberta continuou seu treinamento, assustada e tentando processar o acontecimento. “Sentimentos de medo, revolta, nojo”, diz ela. Runner denuncia assédio sexual no Parque da Redenção, em Porto Alegre Roberta diz que ainda não registrou boletim de ocorrência porque encontrou “dificuldades no registro virtual”. Esta não é a primeira vez que Roberta sofre assédio e assédio sexual. Segundo ela, casos como esse acontecem desde a adolescência. Correr faz parte da vida do servidor público desde 2016. Praticar atividade física. Porém, desde este último evento, ela não consegue correr sem ser dominada pela preocupação e pela falta de segurança, nem mesmo à luz do dia. Roberta Cruz correndo pela orla do Guaíba, em Porto Alegre Arquivo pessoal No dia seguinte ao assédio, Roberta compartilhou sua história nas redes sociais e, na mesma semana, descobriu o caso de Aline Davila, também vítima de assédio sexual em Redenção. Esse encontro entre as duas mulheres revelou outros casos semelhantes, principalmente na área do parque mais famoso de Porto Alegre. A partir desses relatos surgiu um movimento de corredores autônomos que visa aumentar a segurança nas ruas de Porto Alegre. “Nosso movimento está em busca de mais segurança não só para as corredoras, mas para que todas as mulheres tenham o direito de sair às ruas e não sintam mais medo. Esses casos vieram à tona, mas passamos por essas situações diariamente”, diz Roberta. Porém, apesar dos diversos casos de assédio sexual, a delegada Fernanda Campos Hablich, da Delegacia da Mulher (DEAM), destaca que há apenas um boletim de ocorrência registrado. “Fala-se nas redes sociais de várias vítimas, só tenho boletim de ocorrência de uma vítima, então falamos com ela hoje para levar o seu depoimento de forma mais completa para que possamos identificar as outras vítimas, identificar o suspeito, identificar circunstâncias, para que possamos prosseguir com a investigação regular”, comenta o delegado. Uma petição, que contou com mais de 3,8 mil assinaturas na tarde desta sexta-feira (11), e um grupo de bate-papo para comunicação e apoio mútuo foram algumas das iniciativas já tomadas pela comunidade. O grupo organiza uma corrida coletiva que acontece neste sábado (13), às 6h30, como manifestação contra os casos de assédio e como símbolo de resistência e solidariedade entre as mulheres. A prova sairá de Redenção em direção ao litoral, passando pelos pontos onde ocorreram os abusos. “Esta prova coletiva é uma prova para acontecer em ritmo bem lento, para que todas as mulheres possam participar, desde as iniciantes até as mais experientes”, explicou Aline. Aline Davila correndo no Parque da Redenção, em Porto Alegre Arquivo pessoal VÍDEOS: Tudo sobre o RS
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