Estabilidade, burocracia e salários: veja mitos e verdades sobre o serviço público

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O ingresso no serviço público exige atenção para desfazer mitos sobre a atividade. No dia 18 de agosto, a Competição Nacional Unificada (CNU) terá provas aplicadas em 220 cidades brasileiras. Foram confirmadas 2,14 milhões de inscrições, para uma oferta de 6.640 vagas nos níveis médio, técnico e superior, abrangendo diversas especialidades em 21 órgãos federais. Ao optar por essa seleção, o candidato busca estabilidade, além de salário competitivo, oportunidades de progressão na carreira e planos de saúde e aposentadoria. Mas o que é realmente verdade no serviço público? Os processos seletivos podem ser prolongados e altamente competitivos, o que exige dedicação e preparo. Para isso, é importante distinguir o que há de real nos papéis e nas carreiras, para não se arrepender da escolha. Verdades João Paulo Ribeiro, servidor público federal há mais de 15 anos, compartilha algumas verdades sobre o serviço público. — Não há atrasos salariais, pois os gestores do serviço público municipal, estadual e federal garantem que os salários estejam sempre em dia, o que nos permite ter uma organização financeira confiável — afirma. A exceção se deve a crises, como a vivida pelo Estado do Rio no final da era Sérgio Cabral/Pezão. Outra verdade, segundo ele, é a confiança no emprego, que permite aos trabalhadores planejar o seu futuro. Victor Dalton, funcionário da Câmara dos Deputados, destaca o dinamismo da atuação do servidor. — O trabalho no serviço público não é burocrático nem enfadonho. São vários trabalhos extremamente dinâmicos, que não são nada chatos, por assim dizer. São trabalhos que não se repetem – afirma. Mitos Há também outras questões a serem desmistificadas. Uma das mais comuns é a ideia de que os servidores públicos não trabalham. — Na verdade, ele trabalha e trabalha muito — diz Carlos Costa, professor do Gran Concursos e servidor há 20 anos: — Houve momentos em que, todos os dias, eu trabalhava muito mais do que as oito horas diárias. É importante dizer também que, ao contrário do que muitos pensam, o servidor não faz a mesma coisa todos os dias. — É mentira pensar que a pessoa vai ficar sentada numa cadeira, parada, fazendo mais do mesmo — acrescenta Costa. Ainda existe o mito de que quem entra no serviço público não vai sair, pois tem emprego garantido para o resto da vida. — Dizer que a estabilidade é inquestionável é mentira. Caso cometa determinados erros previstos na legislação ou no Regime Jurídico Único do estado, município ou da União, o empregado enfrenta um processo administrativo e poderá enfrentar demissão (exoneração), perdendo o cargo. O caminho para a satisfação é planejar Como servidor público, uma das maiores vantagens é poder planejar a vida, aponta Rodrigo Lelis, analista processual da Procuradoria-Geral da República do Estado do Rio de Janeiro (PGE): — Se você for um servidor público que cumpre suas tarefas e respeita seu código de ética e estatuto, você pode fazer planos de longo prazo, pois não será demitido. Juliana Saboia, mentora de carreira e negócios, destaca que a trajetória no serviço público é desafiadora, a começar pela escolha da área de atuação: — Construir uma carreira como servidor público requer um planejamento estratégico bem elaborado, onde os candidatos devem identificar áreas de atuação interesse e habilidades. Nesse processo é preciso considerar aspectos como demanda profissional na área, perspectivas de crescimento e realização pessoal. Saiba mais taboola



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