O aumento das vendas de carros elétricos no Brasil representa, para alguns, um receio: o processo de carregamento desses carros em tomadas convencionais ou postos de recarga rápida poderia representar risco de incêndio em estacionamentos e garagens?
Não há dados no Brasil que apontem para isso, mas autoridades de vários estados decidiram antecipar esse risco.
Unidades do Corpo de Bombeiros de estados como São Paulo e Goiás, além do Distrito Federal, iniciaram estudos para definir regras de segurança para evitar incêndios.
Nos primeiros sete meses do ano foram vendidos quase 95 mil carros elétricos ou híbridos. O valor já supera o total de 2024, quando esse mercado bateu recorde.
O especialista em gestão de riscos Gerardo Portela considera o momento oportuno e explica que o processo de recarga da bateria é ainda mais seguro do que recarregar um celular com carregadores não oficiais, por exemplo. No entanto, ele destaca que é preciso seguir regras para minimizar os riscos.
“Os carros elétricos propõem um processo de reabastecimento dentro das garagens das pessoas. E isso envolve a transferência de muita energia. superaquecimento. Pode haver mau funcionamento da própria bateria e ocorrer acidente ou incêndio”, alerta Portela.
Ele defende que os espaços de carregamento não devem ser colocados no subsolo dos edifícios. Porém, devem ter piso de concreto, cobertura contra chuva e estar posicionados longe das vagas convencionais de estacionamento. Paredes corta-fogo podem ser uma proteção adicional para conter quaisquer chamas.
Esses debates também foram bem recebidos entre representantes das montadoras de automóveis e da construção civil, que participaram da consulta pública aberta pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo.
O Secovi, que reúne construtoras, propôs regras diferenciadas para edificações novas e existentes. Incluem dispositivos que desligam a energia da vaga em caso de incêndio e até chuveiros automáticos para apagar as chamas.
Para o vice-presidente de Tecnologia e Sustentabilidade da entidade, Carlos Alberto Borges, essas medidas não representariam um grande custo para incorporadoras e construtoras, mas exigem um período de adaptação de 1 a 3 anos.
“[O custo das adaptações] não é significativo. Se você pensa em instalar o sistema de cobrança atendendo às normas, instalar esses detectores de fumaça e temperatura e diminuir a distância, não é nada que atrapalhe economicamente a vida dos condomínios. Não é significativo e é bastante razoável”, afirma Borges.
Clemente Gauer, Coordenador do Grupo de Trabalho de Segurança da Associação Brasileira do Veículo Elétrico, alerta que propostas muito rígidas podem prejudicar a transição energética no país.
Ele destaca que os carros elétricos e os postos de recarga já contam com dispositivos para evitar incêndios.
“Como um veículo elétrico é novo no mercado, as atenções estão voltadas para ele. A maioria dos incêndios em veículos elétricos não ocorre durante o processo de recarga porque o carro elétrico em carregamento possui uma série de dispositivos de segurança que controlam esse processo de recarga. uma anomalia, esse processo é interrompido”, explica Gauer.
Para os especialistas, porém, seria importante que o Brasil definisse uma norma padrão para todos os estados, que seria de responsabilidade da ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Questionada, a ABNT não se posicionou.
* Sob supervisão de Lucas Soares
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