O cenário é preocupante e o abastecimento de água começa a ser afetado pela falta de chuvas. A onda de seca que atingiu o Estado do Rio, causada por uma combinação de fatores — em especial, baixa umidade, fumaça de queimadas em todo o país e falta de chuvas — afetou a qualidade do ar, o abastecimento de água e a saúde do Rio de Janeiro e Moradores do Rio de Janeiro. Sem chuva: seca prolongada no Estado do Rio deixa sistemas de abastecimento de água em estado de alerta Apreensão de recorde: PM apreende maior número de fuzis em um único mês no Rio de Janeiro, desde 2015 O boletim do Instituto Estadual do Meio Ambiente ( O Inea), a partir das 17h de ontem, a respeito do monitoramento das 24 horas anteriores, informou que, dos 55 postos disponíveis, quatro indicavam que a qualidade do ar era ruim: três na Baixada Fluminense e um em Barra Mansa. Em 27 emissoras foi considerada moderada. Nesta análise são medidos os poluentes: partículas em suspensão, ozônio e dióxido de enxofre. A situação não deverá melhorar nos próximos dias, segundo o gerente de qualidade do ar do Inea, Rafael Campos. Pelo contrário. Outra preocupação é o risco de incêndios, considerado alto e muito alto em todo o Estado do Rio no último relatório do Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ), da Defesa Civil. A situação é pior em cidades como Barra do Piraí, Barra Mansa, Vassouras, Resende, Miguel Pereira, Seropédica, Japeri e Itaguaí. — Houve mais incêndios nesta semana do que nas semanas anteriores, não há previsão de chuvas nos próximos dias e a umidade deve permanecer baixa — resume Rafael. Perto dos 40ºC Na capital, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê para hoje umidade relativa mínima de 20% e calor de 37°C, em pleno inverno. O sistema de monitoramento do ar da cidade do Rio, no levantamento mais recente, às 11h de ontem, revela que os moradores de Campo Grande, na Zona Oeste, foram os que mais sofreram, com o ar classificado como ruim. No Centro e em Copacabana a qualidade era boa; e em Pedra de Guaratiba, Bangu, Irajá e Tijuca, moderado. Assim como seu colega estadual, o gerente de monitoramento do ar da Secretaria de Meio Ambiente do município do Rio, Vinícius de Oliveira, não vê perspectiva de mudança na situação no curto prazo. — Eu diria que a qualidade do ar na cidade neste momento é moderada. Mas a tendência é piorar, devido à falta de chuvas e às ondas de calor. A situação é mais grave em locais que possuem sistemas de ventilação precários, devido ao seu terreno, mais confinados e distantes do mar, como é o caso dos bairros da Zona Oeste.
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