Nas Olimpíadas de Paris de 2024, sejam elas femininas ou masculinas, o Japão dominou o skate street. Foi apenas uma continuação do que já havia acontecido em Tóquio, em 2021, quando também houve uma grande apresentação na pista de skate.
Naquele ano, Momiji Nishiya, de 16 anos, ganhou o ouro e Funa Nakayama, de 19, ganhou o bronze na prova feminina, enquanto Yuto Horigome, de 25 anos, ganhou o ouro na prova masculina. Este ano, Horigome conquistou seu segundo campeonato olímpico, enquanto o pódio feminino teve Coco Yoshizawa, 14, com a medalha de ouro e Liz Akama, 15, com a prata. Em 2021, o país conquistou medalhas em três das quatro modalidades do skate e, na categoria feminina, apenas duas das seis medalhistas não eram japonesas.
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O sucesso do país no esporte fez muita gente questionar como um esporte que nasceu nos Estados Unidos, na Califórnia, na década de 1950, e sempre esteve associado à rebelião, teve tanto impacto em um país reconhecido por ser completamente diferente daquele.
E esse fenômeno foi recente no país. Andar de skate nas ruas do Japão é considerado desconfortável e problemático até hoje. Além disso, com poucos espaços para a prática esportiva, nunca teve muito apoio da sociedade.
Yuto Horigome realizando manobra em Paris 2024. — Foto: Divulgação/International Skate Federation
Há cerca de 10 anos, as coisas mudaram. Influenciado por vídeos do YouTube de skatistas americanos e competições famosas, como os X Games, o hoje bicampeão olímpico Yuto Horigome foi um dos primeiros a expandir o esporte. Começou a postar vídeos de manobras e competições em que participava em suas próprias redes (atualmente tem 1,7 milhão de seguidores no Instagram).
No Google Trends, ferramenta que mede as buscas no Google, o termo ‘skate’ atingiu o pico de buscas em 2010 e continua em alta desde então, com um novo aumento nas buscas após os títulos olímpicos.
Em entrevista ao site das Olimpíadas, o treinador de skate Hayakawa Daisuke, que inclusive ajudou a orientar Horigome no início da carreira, afirma que a internet mudou completamente a forma como os jovens têm contato com o esporte.
Apesar disso, as coisas são diferentes no Japão. Em vez de ensinar manobras e maiores dificuldades, as escolas de formação procuram, desde cedo, garantir que os atletas tenham um equilíbrio especial no skate. Além disso, ao contrário de outros esportes, a atmosfera de ajuda mútua é um padrão, com os patinadores emprestando equipamentos uns aos outros e ajudando-se mutuamente a crescer. Isso fez com que o esporte não tivesse apenas um destaque, mas vários.
Na mesma entrevista, Daisuke também destaca como o skate cresceu ‘na hora certa’:
“Paralelamente a tudo isso, o skate passa a fazer parte das Olimpíadas. O que se segue é uma conversão – as crianças que estavam de olho no mundo agora estão de olho nas Olimpíadas, e o momento não poderia ter sido melhor. O crescimento do skate japonês e das Olimpíadas se cruzaram na hora certa”, afirmou.
Mesmo assim, os japoneses ainda têm uma grande dificuldade quando o assunto é skate: o espaço. São poucos os locais e parques com pistas, o que faz com que muitos atletas renomados que competem profissionalmente acabem indo para os Estados Unidos.
Não à toa, em 2021, após conquistar o ouro na categoria feminina, o primeiro discurso de Momiji Nishiya ao Los Angeles Times foi:
‘Espero que tenhamos muitos mais parques para praticar no Japão’.
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