Entre as cinco cidades mais populosas da região, Americana apresentou o maior aumento percentual, 204% no período pesquisado. Em Campinas, o crescimento dos pedidos foi de 125%. Cresce número de pessoas que entram com ações judiciais para receber medicamentos em Campinas Entre 2020 e 2023, as ações judiciais de pessoas que abriram processos contra o serviço público ou planos de saúde para garantir tratamentos médicos e acesso a medicamentos na região aumentaram 182% em Campinas (SP). O número se refere às 31 cidades da área de abrangência do g1 Campinas e não inclui processos de medicamentos para tratamento de câncer. Os dados foram extraídos da plataforma do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Entre as cidades mais populosas da região, Americana (SP) teve o maior aumento, atingindo taxa de 204% em quatro anos. Já Hortolândia (SP) teve o menor crescimento, ainda em torno de 107%. Acesse o canal g1 Campinas no WhatsApp Índices das 5 cidades mais populosas abaixo Somando tanto os processos contra o Estado quanto os que tramitaram planos de saúde, em 2020 foram abertos 538 processos. No ano seguinte o número aumentou para 614 e a partir de 2022 mais que duplicou. No ano passado foram abertos 1.520 processos, o que corresponde a um aumento de 176% face a 2020. Este ano, considerando apenas o primeiro semestre, já foram iniciados 824 novos processos. Falta de remédios na farmácia de alto custo Jéssica conta que seu filho Arthur nasceu com malformação no fígado e foi operado aos dois anos. Desde então, ele precisou tomar remédios para prevenir infecções. O medicamento deverá ser oferecido pela farmácia de alto custo. No entanto, ela afirma que o medicamento está em falta desde junho deste ano e não tem previsão de chegada. Para garantir a continuidade do tratamento do filho, ela teve que tomar medidas legais. “Medo da rejeição, medo de uma infecção, porque ele já tinha várias infecções antes do transplante. Até chegar o transplante era uma burocracia, ele estava internado e não quero que ele passe por isso de novo”, afirma. Doações e sorteios para pagar remédio do filho Em quatro anos, número de ações judiciais para obtenção de medicamentos aumenta 182% na região de Campinas Reprodução/EPTV Filho de Viviane Polato, Davi Marques, tem epilepsia refratária e precisa de canabidiol para controlar crises convulsivas. Apesar de terem adquirido o direito ao medicamento na Justiça em 2022, desde maio de 2024 não conseguem obter o medicamento na farmácia de alto custo. “Estamos fazendo o que podemos para manter Davi sob medicação. Estamos fazendo uma rifa, recebendo doações de amigos e familiares, para podermos pagar esse remédio”, explica. Posição da Secretaria Regional de Saúde Em relação ao caso de Davi, filho de Viviane, a Secretaria de Estado de Saúde afirma que tentará remanejar a medicação e avisar a família até que a situação seja resolvida. Em relação à medicação de Arthur, o estado disse apenas que está verificando a situação. Quem pode ser atendido pela Defensoria Pública Casos semelhantes podem ser abertos com auxílio da Defensoria Pública. A organização atende pessoas que não possuem condições financeiras para pagar pelos serviços de um advogado. Portanto, para utilizar os serviços é necessário atender alguns requisitos: Renda familiar de até três salários mínimos por mês; Ao solicitar medicamentos é necessário ter negação do Sistema Único de Saúde; Prescrição médica e relatório médico explicando a necessidade do medicamento. O limite pode subir para quatro salários mínimos mensais em alguns casos, como: Família com mais de cinco pessoas; Despesas mensais comprovadas com tratamento médico por doença grave ou aquisição de medicamentos de uso contínuo; Família que tenha pessoa com deficiência ou transtorno global do desenvolvimento; Família com pessoa idosa ou libertada do sistema prisional, desde que composta por quatro ou mais membros. VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e região Veja mais novidades da região no g1 Campinas
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