A Câmara Municipal do Rio isentou igrejas e templos religiosos do pagamento de taxas para legalizar os puxadinhos que eram construídos dentro de seus estabelecimentos na cidade. Caso o prefeito Eduardo Paes (PSD) sancione esse trecho da chamada ‘Lei Mais-Valerá’, esses espaços não precisarão pagar à prefeitura para autorizar a construção de um piso acima do máximo permitido – o que legalizaria a obra ilegal antes de ser construído. .
O projeto foi aprovado na semana passada e seguiu para Eduardo Paes para sanção. Segundo vereadores ouvidos pelo CBN, uma série de alterações foram acrescentadas ao texto e aprovadas sem discussão prévia dos temas. A isenção fiscal para igrejas foi apresentada pelos Republicanos, partido ligado à Igreja Universal.
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Procurada, a vereadora Tânia Bastos afirmou que a alteração «reforça o que já estava previsto em leis anteriores e que isenta a cobrança de impostos aos templos religiosos (todos) e equipamentos públicos de interesse coletivo».
Vereadores favoráveis à legalização prévia dos puxadinhos dizem que o instrumento vai legalizar imóveis cujos proprietários construam telhado ou varanda fora do projeto original.
Para Marcela Abla, presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil – RJ, algumas das alterações ajudaram a amenizar um projeto que é ruim – e é contraditório que seja aprovada uma medida para aumentar a receita da prefeitura isentando as igrejas de pagar para legalizar as mudanças às propriedades. Um dos riscos, segundo ela, é que essa lei seja renovada com frequência e o plano diretor não seja respeitado.
“A maior preocupação do IAB é que fique estabelecido que o Plano Diretor da cidade apenas estabeleça limites que possam ser flexibilizados posteriormente. É uma legislação que abre para arrecadação na cidade, mas que o próprio Plano Diretor poderia prever com regras mais fixas e melhor discutidas’, avaliou.
Para o vereador Pedro Duarte (Novo), a isenção para igrejas é mais um item do projeto que foi aprovado sem o devido debate dos vereadores.
‘Se a igreja de um determinado terreno for construir fora da legislação e quiser usar a legislação que foi votada, vai valer mais, que pague por isso. E não é que haja uma isenção que não faça sentido, não tem nada a ver com a sua atividade religiosa, com a sua atividade de fé. E o pior de tudo, lembro-me, é que nada disso foi discutido. E tem vários outros itens, vários outros pontos que deveriam ter sido discutidos e não foram. A cidade não pode funcionar assim, onde alguém paga para infringir a lei, isso é aceitável, sendo feito de forma desajeitada e acelerada’
O prefeito Eduardo Paes tem até a segunda semana de julho para sancionar total ou parcialmente o projeto.
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