O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou de audiência pública na Câmara dos Deputados. Ele citou propostas dos candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris e Donald Trump. Presidente do Banco Central, Campos Neto, participa de audiência no Senado Pedro França/Agência Senado As promessas dos candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris e Donald Trump, têm potencial para pressionar a inflação norte-americana e geraria uma desaceleração da economia chinesa, o que, por extensão, afetaria o Brasil. A avaliação foi feita pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante audiência pública na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (13). Donald Trump é candidato presidencial pelo Partido Republicano e tem JD Vance como companheiro de chapa. Ele disputará a Casa Branca com a vice-presidente Kamala Harris, que concorre ao lado do governador de Minnesota, Tim Walz, pelo Partido Democrata. As eleições estão marcadas para 5 de novembro. Trump e Kamala AFP Segundo Campos Neto, as propostas dos candidatos norte-americanos para aumentar os gastos públicos, aumentar os impostos de importação de produtos chineses, bem como limitar a imigração de trabalhadores de outros países, poderão pressionar a inflação do país e, consequentemente, evitar uma queda ainda maior da taxa de juros daquele país. “Alguns novos fatores estruturais: as eleições americanas e o que está sendo dito pelos candidatos, basicamente temos um conjunto de políticas que nos levam a acreditar que a inflação americana será mais alta, basicamente temos um orçamento fiscal relativamente frouxo. [com mais gastos públicos]”, afirmou Campos Neto. E acrescentou: “e então independente de você ser democrata ou republicano, temos esse elemento em comum, temos uma questão de impostos tarifários de importação, que também está sendo veiculada em todos os lados e na política de anti-imigração, de limitar a imigração.” Salientou, no entanto, que “as promessas de campanha nem sempre são cumpridas”. Quanto ao potencial aumento das tarifas de importação de produtos chineses sobre, por exemplo, carros eléctricos, acrescentou Campos Neto, é pode gerar “uma queda relativamente grande no crescimento da China e isso afeta muito o mundo emergente e afetará muito o Brasil também. Portanto, este é um tema do qual estamos falando e, novamente, é um tema de campanha”. nos EUA dos dois lados e ambos os lados disseram que vão agir em relação ao que acontece na China, e a China tem um modelo que hoje se tornou um modelo de exportação que está focado em muitas coisas, como baterias, mas muito ligado à eletrificação “, concluiu o presidente do BC.
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