Série especial de reportagens do Jornal Nacional, produzida pela RBS TV, mostra evidências da resistência do povo gaúcho neste novo começo. Série especial mostra que é hora de reconstrução no Rio Grande do Sul Nesta semana, a maior catástrofe natural da história do Rio Grande do Sul completa dois meses. As inundações afetaram mais de 2 milhões de pessoas e causaram 179 mortes. De segunda (1º) até sexta (5), o Jornal Nacional exibirá uma série de reportagens especiais produzidas pela RBS TV. A equipe de nossa filial percorreu 2.000 km pelas regiões mais afetadas e registrou muitas provas da resistência do povo gaúcho neste novo começo, neste momento de reconstrução. Siga em frente, um passo de cada vez. Ainda há muito a ser feito, mas a esperança renasce a todo momento. Começamos a jornada para entender de onde vem a força dos gaúchos na região devastada três vezes em menos de um ano. Em Estrela, no Vale do Taquari, a fúria das águas deixou bairros inteiros em ruínas. Mas isso não tirou os sonhos. “Quando começou a subir, eu estava tão cansado que não tive forças nem para me mexer. Aí minha esposa e minhas filhas se aproximaram: ‘Vamos, pai, vamos em frente. Vai dar certo’”, afirma Luiz Ângelo Bruxel, sócio-diretor da padaria. Deu certo e chegou a hora de pendurar o banner informando aos clientes o novo endereço. O ponto comercial, na parte mais alta da cidade, estava para alugar. Foi o empurrãozinho que o dono da padaria precisava para recomeçar. Em 25 dias, a empresa mudou de endereço. Já reabriu, e tem pão quentinho saindo do forno. Os 29 funcionários permaneceram contratados. “Com o apoio de todos – colaboradores, familiares, amigos – estamos aqui hoje e muito vivos. Tenho uma palavra do fundo do meu coração para dizer. A palavra gratidão. A gratidão por tudo que conquistamos neste curto espaço de tempo está de volta aos nossos pés”, afirma Luiz Ângelo. Justo e cheio de planos. “Construindo uma nova história em um novo lugar”, afirma Luiz Ângelo. Dois meses depois das enchentes, é hora de reconstrução no Rio Grande do Sul Jornal Nacional/ Reprodução A sinfonia afinada no centro da capital é o som de um novo começo. Um canto já está cheio de flores. “Somos guerreiros e nunca desistimos. Enquanto pudermos sempre reconstruir, nós o faremos. Mantenha sempre a cabeça erguida”, afirma a florista Fabiene Pereira. As cores trazem vida de volta a este lugar querido. A Rua dos Andradas é um lugar cheio de restaurantes, daqueles que têm mesas nas ruas. Um local muito frequentado, principalmente nos finais de semana. O povo de Porto Alegre sentia falta deste lugar. Não faltam opções de almoço. “Aqui, nos mobilizamos muito rapidamente. Porque é o proprietário quem cuida do estabelecimento. Então, fizemos de tudo para abrir o mais rápido possível”, afirma o trader Romulo Zanon Cuzzioli. É o mesmo lugar que passou todo o mês de maio debaixo d’água. “Até recentemente, tínhamos todos os bares fechados. E agora a gente tem essa alegria de todo mundo estar aberto, todo mundo trabalhando, correndo atrás do que é seu”, diz a comerciante Caroline dos Santos. Repórter: Qual a lição de tudo que passou? e elas passam para que venham coisas boas”, diz Caroline. No dia 20 de maio, o balconista Marcelo Cesário Dias apareceu no Jornal Nacional limpando a farmácia onde trabalha. Agora, a vida voltou ao normal. “Já voltei para casa, já estamos nos recuperando novamente. Agora também dá trabalho”, diz o balconista. E para que a cidade esteja viva, o seu coração precisa bater. “Aqui o mercado público é uma família, entendeu? Todos. Quando estamos aqui nos sentimos bem”, diz o feirante Mateus de Souza dos Santos. E muita gente sentiu falta do Mercado Público. Tanto que algumas barracas têm até fila. “Pé direito para entrar, que foi o que fiz quando entrei. Acho que até as pessoas estavam olhando para mim. Mas realmente entrei com o pé direito para nunca mais passarmos pelo que passamos”, afirma Suziane Rosa de Souza, supervisora de faturamento. Dois meses depois das enchentes, é hora de reconstrução no Rio Grande do Sul Jornal Nacional/ Reprodução Nem tudo está pronto. O processo de reinicialização é lento. “Nossa casa, nossa casa. Moro aqui há mais de 40 anos. Senti falta da minha casa, das minhas coisas”, diz a dona de casa Mara Rejane da Rosa. Mara mora no bairro Sarandi, em Porto Alegre. Ela passou mais de um mês fora de casa. “É triste quando você vê isso. Mas então isso passa. Aos poucos, isso passa. Minhas filhas me ajudaram. Eles limparam metade das coisas. O que é realmente ruim é que eles limparam”, diz ela. No auge das enchentes, mais de 600 mil gaúchos tiveram que deixar suas casas. Só nos abrigos, foram mais de 80 mil. A maioria voltou para casa. Mas 6.500 ainda aguardam por um novo lar. O que os gaúchos mais recebem é ajuda – que vem de familiares, amigos, desconhecidos, pessoas de todos os cantos do país. A Marinha está reconstruindo escolas. Um trabalho de limpeza, pintura. E nesta segunda-feira (1º), a Escola Municipal Santa Rita de Cássia, em Guaíba, Região Metropolitana de Porto Alegre, está de cara nova. “Escola é vida. Ao conseguirem levar os filhos à escola, eles podem ter normalidade e, sobretudo, aliviar os pais para que possam limpar as casas e ter uma vida normal”, afirma Gonçalves Maia, comandante da Marinha de Apoio ao RS. também receberam equipamentos de cozinha e salas de aula e cadeiras doadas por uma ONG de São Paulo e Santa Catarina “Esperamos muito para dar esse presente para vocês e não veio da nossa escola, que foi a cidade que nos acolheu, aquela. doaram praticamente tudo o que temos aqui. Tudo o que foi perdido, foram eles que nos deram. E também tiveram a gentileza de enviar um presente para cada um dos nossos alunos.” doces e cartas cheias de carinho “Sentimento de gratidão, gratidão e esperança de que o que passamos não aconteça novamente”, diz Laura Bueno Dias, mãe de estudante. O bairro Jardim Santa Rita é o mais populoso da cidade. do Guaíba. Só lá vivem mais de 30 mil pessoas. Toda a região foi alagada durante o mês de maio. Agora, aos poucos, as famílias conseguem voltar para casa depois de muito trabalho de limpeza e remoção de entulhos. família grande. A casa já parece um lar E tudo ali foi doação “Tanta gente nos ajudou, então a gente pode ficar aqui com um sofá lindo, uma poltrona, camas. a psicóloga Geise Devit da Silva Cada um dos seis filhos já tem seu cantinho reconstruído “Os amigos do pai foram muito generosos para sair de casa para nós. é muito bom descansar, sentir-se em casa novamente”, diz Pedro. Voltar para casa é motivo de alegria. “Saber que a vida continuará. Também passamos por coisas difíceis. Perdas, lutas, lutos… E isso sempre passa e depois vêm outras coisas”, diz Geise. Pedro estuda música na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E, em casa, usa seu talento para unir a família. um pedido Na terça (2), o Jornal Nacional mostrará como o turismo pode ajudar muito o Rio Grande do Sul.
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