As pulgas são o principal vetor da bactéria Bartonella henselae, que vai parar na corrente sanguínea dos felinos e, ao arranhar ou morder os humanos, acabam transmitindo a doença. Gato ‘atacou’ dono que lhe servia comida em São Vicente (SP) Arquivo Pessoal Um gato de estimação, com comportamento agressivo, rasgou o braço da dona enquanto ela servia comida para ele em São Vicente, litoral de São Paulo. Segundo especialistas ouvidos pelo g1, crises desse tipo podem causar, além da já conhecida raiva humana, a doença da arranhadura do gato (DAC), que causa desde desconfortos até problemas neurológicos, em casos raros. Clique aqui para acompanhar o canal g1 Santos no WhatsApp. Luciana Nascimento, 49 anos, mora com as duas filhas, de 22 e 16 anos, em São Vicente. A família tem dois gatos de estimação: Thor, de sete anos, e Nina, de quatro anos. Ao g1, a dona disse que o felino mais velho ‘grudou’ no braço e depois na perna. Depois de alguns minutos, muitos cortes e arranhões, o gato a soltou. Segundo o infectologista Leandro Curi, a ‘doença da arranhadura do gato’ é causada pela bactéria Bartonella henselae. Como o nome sugere, a infecção é causada por arranhões, mas também ocorre quando o animal o morde ou lambe. “Na maioria dos casos, é [doença] é mais suave, mais tênue, branco. Pode ser grave, principalmente em pessoas com distúrbio de imunidade ou crianças menores”, afirmou o especialista. O veterinário Artur Pereira explicou que a infecção dos gatos geralmente ocorre por meio de pulgas. Quando uma pulga pica um gato, a bactéria é transmitida pela saliva. Além disso, seu animal de estimação pode ser infectado ao coçar e ingerir pulgas contaminadas. “Uma vez infectado, um gato pode transmitir a bactéria sem apresentar sintomas, mas pode transmiti-la aos humanos arranhando, mordendo ou lambendo áreas de pele ferida”, disse ele. O que isso faz aos humanos? Gato Ragdoll é fotografado no colo de seu dono. Vadim Ghirda/AP Curi destacou que a bactéria é autolimitada, ou seja, a infecção tem começo, meio e fim. Na maioria das vezes, o próprio corpo pode curar a doença sem antibióticos. Para uma recuperação mais eficaz, a maioria dos médicos prescreve medicamentos. Poucos dias após a arranhadura, a pessoa infectada pode desenvolver os seguintes sintomas: Bolhas no local da arranhadura, com ou sem pus; Febre; Ingue (gânglios linfáticos na região das axilas ou pescoço, por exemplo); Mal-estar; Dor de cabeça; Prostração. O infectologista destacou que, se o quadro piorar significativamente, a doença pode causar problemas físicos e no baço, além de complicações neurológicas. Pereira, por sua vez, disse que em caso de ataque de gato é importante lavar imediatamente a área afetada com água e sabão para diminuir o risco de infecção. A aplicação de um anti-séptico pode ajudar a desinfetar a ferida. “Se a mordida ou arranhão for profundo, ou se houver sinais de infecção como vermelhidão, inchaço ou pus, é fundamental procurar atendimento médico o mais rápido possível. Além disso, você deve relatar o incidente às autoridades de saúde, especialmente se houver há suspeita de raiva”, disse ele. Outras doenças A veterinária explicou ao g1 que, além da DAG, as crises de gatos podem transmitir doenças como esporotricose e raiva. “A esporotricose é uma infecção fúngica causada pelo fungo do gênero Sporothrix, transmitida através de arranhões ou mordidas de gatos infectados. É uma doença grave e deve ter acompanhamento médico”, afirmou o veterinário. A raiva, por sua vez, é uma doença viral grave que afeta o sistema nervoso central e é quase sempre fatal após o início dos sintomas. “Embora mais comum em cães, os gatos também podem transmitir raiva se infectados. Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça e fraqueza, seguidos de sintomas neurológicos como confusão, agitação e paralisia”, acrescentou. Medidas de controle Homem interagindo com um gato. Freepik/Imagem ilustrativa Para evitar ataques de gatos, o veterinário recomenda: Respeitar o espaço do animal e evitar provocá-lo, principalmente quando ele estiver comendo ou cuidando de filhotes; Ensine as crianças a interagir de forma segura e gentil com os gatos; Manter os gatos domésticos vacinados, inclusive contra a raiva; Trate qualquer infecção ou infestação por pulgas. De modo geral, as principais medidas de controle para prevenir TEA, raiva e esporotricose incluem: Impedir o acesso do animal à rua; Realizar exames anuais sob supervisão de um veterinário; Utilizar medicamentos para controle de ectoparasitas; Vacinação (contra a raiva). O caso Tutora teve braços e pernas ‘rasgados’ durante um ‘ataque’ de gato em casa Arquivo Pessoal Ao g1, Luciana relembrou o momento do ataque. “A casa [ficou] sangrenta, e eu estava praticamente desmaiando de dor”, lembrou ela, que mantém as filhas em quartos separados do gato. “Preservação da minha vida e da minha família”, disse ela. Apesar da situação, a moradora de São Vicente procura um resultado positivo para o animal. “Eu amo Thor. Estamos juntos há sete anos. Estou completamente abalada física e emocionalmente”, disse ela. A mulher disse que já tentou diversas alternativas para acalmar o animal desde o início da situação, mas sem sucesso. Segundo ela, Thor fez consultas com médicos veterinários especializados em gatos, que chegou a mencionar a possibilidade de eutanásia, sessões de Reiki – modalidade terapêutica com origem na medicina tradicional oriental. “Mesmo sendo ‘perigoso’, porque me atacou e machucou algumas vezes, minhas mãos estão atadas”, explicou ela e posso. nem faço isso porque ninguém estaria [com o animal]uma vez que ele soube da agressividade.” VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
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