Levantamento feito pela ginecologista e obstetra Júnea Chagas garante que o aparelho não só não aumenta o risco de trombose, como também é uma alternativa viável para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Reprodução do DIU “Dizer que o DIU aumenta o risco de trombose é um mito. Faltam informações e conteúdos sobre ciclo menstrual e métodos contraceptivos, principalmente nas escolas”. A afirmação é da ginecologista e obstetra Júnea Chagas, que concluiu em estudo que os métodos anticoncepcionais hormonais não aumentam o risco de trombose e reduzem o volume do sangramento uterino. O assunto foi tema da pesquisadora, mestre em saúde da mulher pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que também apontou o método como uma alternativa viável para melhorar a qualidade de vida das pacientes. “Muitas mulheres com histórico de trombose não têm orientação anticoncepcional adequada. Nesse perfil de paciente, principalmente aquelas que fazem uso de anticoagulantes, podem apresentar aumento do sangramento menstrual, afetando sua qualidade de vida”, explicou o médico. O dispositivo intrauterino (DIU) é um dos métodos contraceptivos oferecidos pelo Ministério da Saúde Reprodução/TV Globo Segundo ela, o objetivo da pesquisa foi revisar sistematicamente o uso do DIU hormonal nessa população. Júnea explicou ainda que o anticoncepcional é eficaz e aprovado para o tratamento de sangramento uterino anormal. “Além disso, por ser um método com apenas um hormônio (um progestágeno), não aumenta o risco de trombose”. A especialista disse que teve interesse em se aprofundar no assunto por falta de informações. “Como ginecologista observo uma falta geral de informação sobre possibilidades contraceptivas, riscos e benefícios. Ainda existem muitos mitos sobre o DIU e na população que tem alguma condição especial (como mulheres com episódio anterior de trombose) a existência desses mitos é ainda maior”. Como funciona o DIU Júnea explicou como funciona o DIU no corpo: O principal mecanismo é a alteração do muco, altera o movimento das trompas e inibe cerca de 25% das ovulações; Mulheres que usam DIU hormonal têm maiores chances de ter um bom padrão de sangramento, ou seja, sangrar um pouco uma vez por mês, a cada dois ou três meses, ou não sangrar nada. Reduz o volume do fluxo menstrual para mulheres que sangram muito; Os DIUs hormonais estão associados a reduções de até 90% nas perdas menstruais em mulheres saudáveis. Tromboembolismo O tromboembolismo venoso é uma condição clínica que inclui trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar. É uma doença com incidência anual estimada em dois casos por 10.000 mulheres em idade reprodutiva. Apesar da baixa incidência descrita, pode causar morbidade e mortalidade significativas. A terapia anticoagulante oral é o principal tratamento para complicações trombóticas. O sangramento uterino, que varia de episódios leves a sangramentos graves e fatais, é uma complicação frequente e pode afetar até 70% das mulheres que recebem anticoagulação oral. Dissertação A dissertação de mestrado de Júnea Chagas apontou evidências sobre a melhoria da qualidade de vida em mulheres com histórico de tromboembolismo venoso que usam DIU como contracepção. Na sua dissertação, Júnea afirmou que os contracetivos intrauterinos hormonais “superam os riscos teóricos ou comprovados em mulheres com episódios tromboembólicos anteriores”, revelando-se adequados para mulheres com predisposição para trombose. Baixa adesão No Brasil, a taxa de gravidez não planejada é de 55,4%. Por outro lado, o uso de anticoncepcionais pelas mulheres chega a 80%. A possível explicação para esta diferença é o baixo acesso aos contraceptivos de longa duração (Larcs). Segundo o Ministério da Saúde, apenas 2% das mulheres brasileiras usam DIU ou implante anticoncepcional. DIU no SUS: 5 passos para conseguir o dispositivo gratuitamente Segundo Júnea Chagas, a dificuldade em aumentar a adesão das mulheres aos métodos mais eficazes é causada pela desinformação, falta de equipamentos e capacitação dos profissionais de saúde. O DIU hormonal é um método reversível, pois contém apenas progestágeno, e sua eficácia é comparável à da cirurgia de esterilização, que não compromete a fertilidade futura. Segundo a pesquisadora, ele está aprovado para o tratamento de sangramento uterino anormal, servindo como opção para reduzir o sangramento em mulheres com alterações no fluxo menstrual, como pacientes em uso de anticoagulação. Vídeos mais assistidos do g1 Minas
emprestimo banco juros
emprestimo consignado bradesco simulação
refinanciamento empréstimo
sac c6 consignado
quantos empréstimos o aposentado pode fazer
emprestimo pessoal em curitiba
simulador emprestimo consignado banco do brasil
simulador empréstimo consignado caixa
0