Do peixe que assusta os amazonenses à árvore mais alta do Brasil, a biodiversidade da região mistura vida e imaginário popular. Nesta quinta-feira (5), é comemorado o Dia da Amazônia. A ocasião propõe uma reflexão sobre a importância de preservar a maior floresta tropical do mundo. Com um território de 6,7 milhões de km² que se estende por oito países (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela), a Amazônia representa um universo de vidas que despertam interesse global na região. A região é um santuário de biodiversidade, com espécies de plantas, peixes, aves, mamíferos, répteis, anfíbios e insetos. Portanto, é necessário conhecer um pouco mais sobre a fauna e a flora amazônica. Em referência ao Dia da Amazônia, o g1 Pará preparou uma lista de curiosidades inusitadas sobre a biodiversidade que só é encontrada na região. Confira: Periquito ou cobra-papagaio Periquito ou cobra-papagaio tem hábitos noturnos Divulgação/Centro Amazônico de Herpetologia É uma das atrações, por assim dizer, do Centro Amazônico de Herpetologia, em Benevides, Região Metropolitana de Belém. Esta espécie de cobra (Corallus batesii) É da mesma família da jibóia e vem nas cores vermelha e laranja. Segundo a gerente técnica do espaço, Milena Almeida, a cobra-papagaio começa a adquirir a coloração verde a partir do 6º mês. O animal vive na copa das árvores, não é venenoso e mata as presas por constrição. Visitas guiadas ao Centro de Herpetologia da Amazônia permitem conhecer espécies da região Divulgação/Centro de Herpetologia da Amazônia O parque mantém dezenas de espécies de répteis e outros animais silvestres que podem ser descobertos em visitas guiadas. Lagarto Jacarerana encontrado na Amazônia se assemelha a um bebê jacaré Divulgação / Centro Amazonense de Herpetologia Lagarto semiaquático encontrado na Amazônia. O jacaré (Crocodilurus amazonicus) habita rios e córregos e seu nado lembra o dos jacarés – o que faz com que muitas pessoas confundam esses animais com filhotes de jacarés. Lagarto Jacarerana nascido no Centro Amazônico de Herpetologia Um dos primeiros registros de reprodução desta espécie em cativeiro foi no Centro Amazônico de Herpetologia. Mata-mata ou matamatá Milene Almeida mostra os jabutis matamatá que vivem no parque Divulgação/Centro Amazônico de Herpetologia Outra espécie curiosa endêmica da Amazônia é o réptil conhecido como mata-mata (Chelus fimbriatus). É uma tartaruga encontrada em riachos e lama, que tem aparência que lembra um dinossauro. Ele apenas coloca a ponta do nariz fora da água e o formato lembra um pedaço de madeira. Sucuri verde Bonita, sucuri usada no remake da novela Pantanal da TV Globo Reprodução Uma curiosidade sobre o Centro de Herpetologia da Amazônia é que foi de lá que surgiu a cobra sucuri verde (Eunectes murinus) ‘Bonita’, que estrelou o remake de novela Pantanal, em 2022. Conheça a sucuri paraense que virou estrela da novela ‘Pantanal’ A sucuri é uma das maiores cobras do Brasil e na Amazônia figura no imaginário popular. Candiru Verdadeiro Candiru se alimenta do sangue do hospedeiro Reprodução/Pinterest Falando no imaginário popular, um peixinho é o ‘terror’ de quem mora na Amazônia e evita tomar banho em rios e córregos. O candiru (Vandellia cirrhosa) tem a capacidade de entrar nos orifícios humanos e utiliza espinhos para se fixar no interior do corpo humano. Alimenta-se de sangue. Poraquê Poraquê é o conhecido peixe elétrico que habita os rios da Amazônia Leandro Sousa/Acervo Pessoal Falando em peixe, o poraquê (Electrophorus electricus) também conhecido como peixe elétrico é uma das espécies mais emblemáticas da fauna brasileira, especialmente em Amazônia. Não possui escamas e seu corpo tem formato semelhante ao de uma enguia. Pode atingir até 2,5 metros de comprimento. Emite uma descarga elétrica que pode matar um ser humano. Acesse o canal g1 Pará no WhatsApp A árvore mais alta do Brasil fica na Amazônia . É um angelim vermelho (Dinizia excelsa) de 88,5 metros de altura encontrado na Floresta Estadual do Paru, no estado do Pará. Para se ter uma ideia, a altura da planta equivale a um prédio de 30 andares. A espécie está ameaçada de extinção. Castanheira Castanheira Agência Pará/Divulgação Embora alguns tentem chamar a fruta de ‘castanha-do-pará’, a castanheira (Bertholletia excelsa) é outro gigante encontrado na Amazônia. Essa árvore pode atingir 60 metros de altura e o fruto possui alto poder nutritivo. A castanha também é utilizada na produção de medicamentos e cosméticos naturais. Seringueiras Você sabia que existe uma árvore que produz borracha? Essa espécie de planta está diretamente ligada à história de diversas cidades da Amazônia, principalmente Belém, que passou por um grande e rápido processo de urbanização durante o período do Ciclo da Borracha. É da seringueira (Hevea brasiliensis) que se extrai o látex, matéria-prima para a produção da borracha. Flor de Carajás Flor de Carajás é espécie endêmica e ameaçada de extinção Reprodução A Flor de Carajás (Ipomoea cavalcantei) tornou-se símbolo oficial de Parauapebas, no sudeste do Pará, por meio de lei municipal. Encontrada apenas na Floresta Nacional de Carajás, está classificada como ‘em perigo’ de extinção na Lista Vermelha Oficial do Brasil. Espécie rara da Flor de Carajás vira símbolo de Parauapebas e atrai pesquisadores para a região Jaguar Jaguar Museu Jaguar Emilio Goeldi Falando em Flona de Carajás, o espaço abriga onças-pintadas (Panthera onca). Esses felinos são encontrados em diferentes biomas, mas os que vivem na Amazônia tendem a ser menores que os encontrados no Pantanal. Jacaré-açu Antônio Messias Costa, veterinário do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, ao lado do Alcino Museu Emilio Goeldi O jacaré-açu (Melanosuchus niger) é um animal endêmico da América do Sul e vive principalmente na Bacia Amazônica. Cerca de 70% da população desses animais está na Amazônia. Inclusive, um deles era atração do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, o Alcino, falecido em 2021, aos 70 anos. O menor macaco do mundo Sagui-pigmeu O sagui-pigmeu é a menor espécie de macaco e é encontrado no Reprodução Amazônica Na floresta amazônica vive o menor macaco do mundo: o sagui-pigmeu (Cebuella pygmaea), que atinge no máximo 15 centímetros (incluindo a cauda) e pesa aproximadamente 100 gramas. É encontrada no Brasil, Colômbia, Equador e Peru e Equador. VÍDEOS: veja todas as novidades do Pará no g1 Pará
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