A obra ‘Visão de Minas’ foi pintada por Alberto da Veiga Guignard, na década de 1950. A pintura tinha quase cinco metros de largura e decorava a sala de uma casa na capital mineira. . Denúncia anônima leva MP a investigar desaparecimento de obra de arte de R$ 15 milhões em BH Uma denúncia anônima levou o Ministério Público, em Belo Horizonte, a investigar desaparecimento de obra do pintor Guignard avaliada em R$ 15 milhões. vegetação, montanhas e igrejas barrocas, pintadas por Alberto da Veiga Guignard, agora só resta o cinza do cimento fresco. A obra “Visão de Minas” tinha quase cinco metros de largura e decorava a sala de uma casa, em Belo Horizonte. “Foi a sensação de estar na sua sala olhando por uma janela e ver uma paisagem que pensamos ter sido pintada metade pela observação da natureza e metade pela imaginação do próprio artista. São as chamadas paisagens imaginativas, obra típica do artista Guinard”, diz Adriano Gomide, professor da Escola Guignard. MP investiga desaparecimento da obra ‘Visão de Minas’ avaliada em R$ 15 milhões em BH Reprodução/TV Globo A pintura, feita na década de 1950, foi avaliada em R$ 15 milhões. Toda a parede onde ela estava foi removida. Veja a imagem abaixo: . Toda a parede onde ficava a obra de Guinard, em BH, foi removida. Reprodução/TV Globo O imóvel. pertencia ao médico Caio Benjamim Dias, já falecido. Hoje, sua família é responsável pelo imóvel. O imóvel está em processo de tombamento pelo município desde 2007. Faz parte de um conjunto de imóveis projetados pelo arquiteto. Sylvio de Vasconcellos. No dossiê de tombamento, o painel está marcado como bem integrado ao bem “Os tribunais superiores, inclusive o Tribunal Superior, já possuem jurisprudência que reconhece a abertura do processo de tombamento como forma de salvaguarda dos bens culturais. nestes casos, as listagens são sempre integrais. São as fachadas, o volume, os pisos internos, os bens integrados, e qualquer intervenção nesses imóveis deverá ter análise e aprovação prévia dos órgãos de proteção”, afirma Carlos Henrique Bicalho, diretor de patrimônio da Fundação Municipal de Cultura de Belo. Horizonte Do lado de fora da casa, na mesma parede da pintura de Guignard, havia uma obra do escultor Franz Weissmann. Técnicos da cidade de Belo Horizonte foram até a casa e constataram que ali não havia nem a pintura de Guignard nem a obra de Franz Weissmann. Eles também perceberam que o imóvel estava sendo reformado sem autorização da Secretaria de Política Urbana. Por isso, a reforma foi embargada e agora a prefeitura quer que as obras de arte sejam trazidas de volta. Obra do escultor Franz Weissmann foi retirada da casa de BH. Reprodução/TV Globo O neto do médico proprietário, Bernardo Dias, não quis dar entrevista para explicar o que aconteceu com as obras. O Ministério Público iniciou um procedimento para apurar responsabilidades. LEIA TAMBÉM ‘Vive na rua’: sem trabalho após internação por Covid, brasileira está há dois anos sem teto em Roma Justiça do Rio absolve três policiais acusados de matar o adolescente João Pedro Mattos Pinto em maio de 2020
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